Alfredo Barroso
Alfredo Barroso Nome completo Alfredo José Somera Simões Barroso Nascimento 21 de janeiro de 1945 (75 anos)
Roma, ItáliaNacionalidade portuguesa Ocupação jornalista e político
Biografia
Família
Filho de pai Português, Virgílio Simões Barroso, e mãe Italiana, Celide Somera, é primo-irmão de Mário Barroso e de Eduardo Barroso e de João Barroso Soares, sobrinho paterno de Maria Barroso e sobrinho paterno por afinidade de Mário Soares.[2]
Formação
Em 1968 licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.[1]
Jornalismo
Jornalista profissional, trabalhou como redactor nos jornais "A Capital"[3] (1969-1973), "O Século" (1973-1974) e "O Tempo e o Modo".[4]
Política
Alfredo Barroso, pertenceu à Acção Socialista Portuguesa, em 1969, fez parte da Comissão Coordenadora da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD)[2] e foi também um dos membros fundadores do Partido Socialista.[5]
Foi eleito deputado do grupo parlamentar do Partido Socialista pelo Círculo de Lisboa à Assembleia da República[2] nas Eleições legislativas de 1980,[6] nas de 1983[7] e nas de 1985.[8]
No IX Governo Constitucional de Portugal (Bloco Central), chefiado por Mário Soares foi Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.[9]
Foi chefe da Casa Civil do Presidente da República Mário Soares.[10]
A 13 de Fevereiro de 1996 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[11]
Foi comentador ocasional no Jornal das 9 da SIC Notícias.
Em Abril de 2014, declarou o seu apoio à lista do Bloco de Esquerda às Eleições Europeias.[12]
A 26 de Fevereiro de 2015, decidiu abandonar o Partido Socialista, por causa das declarações do seu líder e líder da oposição António Costa, que elogiou a forma como Portugal estava a vencer a crise, concluindo que o país está diferente de há quatro anos.[13]
Em Junho de 2015, acusou a direcção do seu antigo Partido de estar a ser cobarde e hipócrita na gestão do Caso José Sócrates (que então se encontrava em prisão preventiva).[14]
Condecorações[15][11]
- Grã-Cruz da Ordem Real da Estrela Polar da Suécia (28 de Janeiro de 1987)
- Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil (15 de Abril de 1987)
- Comendador da Ordem de Rio Branco do Brasil (21 de Maio de 1987)
- Comendador da Real Ordem Norueguesa de Santo Olavo da Noruega (21 de Maio de 1987)
- Grande-Oficial da Ordem do Mérito do Senegal (21 de Maio de 1987)
- Grande-Oficial da Ordem de Rio Branco do Brasil (21 de Maio de 1987)
- Comendador da Ordem Nacional do Mérito de França (22 de Maio de 1987)
- Grã-Cruz da Ordem do Libertador da Venezuela (18 de Novembro de 1987)
- Grã-Cruz da Ordem Pro Merito Melitensi da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (9 de Maio de 1989)
- Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Equador (19 de Janeiro de 1990)
- Grande-Oficial da Ordem Nacional do Mérito de França (7 de Maio de 1990)
- Grã-Cruz do Mérito com Estrela da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha Ocidental (17 de Julho de 1990)
- Grã-Cruz da Ordem da Fénix da Grécia (15 de Novembro de 1990)
- Grã-Cruz da Ordem do Mérito de Chipre (20 de Dezembro de 1990)
- Grã-Cruz da Ordem do Leão da Finlândia da Finlândia (12 de Março de 1991)
- Grã-Cruz da Ordem de Orange-Nassau da Holanda (25 de Março de 1992)
- Grã-Cruz da Ordem de Bernardo O'Higgins do Chile (5 de Março de 1993)
- Excelentíssimo Senhor Grã-Cruz da Ordem do Mérito Civil de Espanha (16 de Setembro de 1993)
- Grã-Cruz da Ordem da República da Tunísia (26 de Outubro de 1993)
- Grã-Cruz da Ordem de Ouissam Alaoui de Marrocos (20 de Fevereiro de 1995)
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal (13 de Fevereiro de 1996)
- Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil (25 de Julho de 1996)
Livros editados
- Portugal, a democracia difícil (1975)[16]
- Poemas rudimentares (1978)[17]
- PS, fronteira da liberdade: entre militantes (1979)[18]
- Janela indiscreta: diários, crónicas e retratos (1990)[19]
- A televisão que temos (1995)[20]
- Contra a Regionalização (1999)[21]
- O futebol visto do sofá: do mundial de 1994 ao mundial de 2002 (2002)[22]
- Guerras Limpas (2005) com prefácio de Mário Soares[23]
- A Crise da Esquerda Europeia (2012)[24]
Referências
- «Textos Mário Soares» (pdf). Arquivo e Biblioteca da Fundação Mário Soares. 22 de Fevereiro de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Alfredo Barroso vai ser director de campanha de Mário Soares». Diário de Notícias. 27 de Agosto de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2013
- Daniel Ricardo
(Janeiro–Março de 2009).
[www.clubedejornalistas.pt/uploads/jj37/JJ37_53_Capital.pdf «A Capital /
Contestação pelo sensacionalismo»] Verifique valor
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(ajuda) (pdf). Clube de Jornalistas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013 - «O Tempo e o Modo (1963)». Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 13 de maio de 2012
- «Fundadores do PS». Fórum Cidadania. Consultado em 9 de Dezembro de 2013
- «Deputados na II Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Deputados na III Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Deputados na IV Legislatura». Demo.Cratica. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Composição do IX Governo Constitucional 1983-1985». Governo de Portugal. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Carta do Chefe da Casa Civil, Alfredo Barroso, dirigida ao Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro, dando a conhecer a composição da representação oficial do Estado Português, no funeral do Presidente da República Popular de Moçambique, Samora Moisés Machel, em 28 de Outubro de 1986, em Maputo». Arquivo Histórico da Presidência da República. 1986. Consultado em 8 de Dezembro de 2013
- «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alfredo José Somera Simões Barroso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015
- «Alfredo Barroso explica apoio à lista do Bloco». Esquerda. Consultado em 13 de dezembro de 2015
- «Alfredo Barroso abandona PS, furioso com António Costa»
- «Sócrates. Fundador do PS acusa direcção do partido de "cobardia"»
- «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Alfredo José Sommera Simões Barroso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015
- «Portugal, a democracia difícil». Decibel. 1975. 96 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Poemas rudimentares». Perspectivas & Realidades. 1978. 61 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «PS, fronteira da liberdade: entre militantes». Edições "Portugal Socialista". 1979. 515 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Janela indiscreta: diários, crónicas e retratos». Quetzal. 1990. 225 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «A televisão que temos». Contexto. 1995. 225 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Contra a Regionalização». Fundação Mário soares. 1990. 59 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «O futebol visto do sofá: do mundial de 1994 ao mundial de 2002». Quetzal. 2002. 284 páginas. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
- «Guerras Limpas» lançado domingo na Feira do Livro de Lisboa». Diário digital. 9 de Junho de 2005. Consultado em 7 de Dezembro de 2013
Caros amigos (poucos), simpatizantes (alguns) e conhecidos (muitos),
Cumpro o «doloroso dever» de participar – para gáudio de quem detesta as minhas opiniões e não me pode ver nem pintado – que fui esta tarde «removido», por telefone, do programa «Frente-a-Frente» da SIC Notícias, no qual participava desde o ano de 2004.
Digo «removido», porque me parece ser um bom compromisso entre o termo «dispensado» (politicamente correcto) e os termos «despedido» ou «corrido» (politicamente incorrectos).
Justificações da «remoção»: i) necessidade de «renovar» a lista de «paineleiros», naturalmente «remoçando-a» (presumo que um velho rezingão como eu será substituído por um daqueles moçoilos geniais que agora dirigem o PS); ii) deixar de pagar as participações no «Frente-a-Frente» (150 euros cada uma), porque a SIC Notícias está paupérrima e passará a aceitar apenas «voluntários» (claro que tiveram o cuidado de não me perguntar se eu queria ser um deles…).
Terminam assim 17 anos consecutivos de colaboração com órgãos de comunicação social do grupo «Impresa»: oito anos e meio como cronista do EXPRESSO, de que fui removido no auge da invasão do Iraque; outros oito anos e meio como colaborador da SIC Notícias, de que fui removido no auge da «guerra» declarada há poucos dias pelo «megafone» de Vitor Gaspar, Pedro Passos Coelho. Suponho que é uma «guerra» contra a esmagadora maioria dos portugueses, que continuam a empanturrar-se de bifes todos os dias…
Mas é claro que não deixa de ser exaltante imaginar a satisfação que esta notícia irá causar em figuras tão proeminentes como a augusta vice-presidente (da AR) Teresa Caeiro, o austero advogado José Luís Arnaut ou o venerável empresário Ângelo Correia – que se recusavam a enfrentar-me há já alguns meses com o beneplácito dos responsáveis pelo programa.
Não ignoro, todavia, que o gáudio não se confina ao chamado «arco do poder», nos seus três tons habituais: cor de laranja azeda, azul cueca e cor-de-rosa fanada. Também vai entrar de roldão em alguns órgãos de comunicação social do regime, politicamente correctos, onde não faltam opinadores tão chatos ou peneirentos como «intocáveis», e digníssimos «pilares» do statu quo que não apreciam dissidências políticas nem franco-atiradores (a não ser quando haja escândalo que aumente as audiências e/ou os leitores).
A única coisa que se me oferece dizer, sem me rir, neste momento, é a seguinte: quando se perde poder ou a aparência dele, por mais ínfimo que seja; quando não se tem a protecção de um partido, ou de uma «igreja», ou de uma associação «cívica» semi-clandestina, ou de um grupo de pressão, ou de um «sacristão», ou de um «patrão», ou de um «padrinho», etc., etc., etc. – o «lonesome cowboy» escusa de armar ao pingarelho, e não tem outro remédio se não o de meter a viola no saco e ir para a caça aos gambozinos.
Saudações democráticas,
Alfredo Barroso