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1.3.20

AÇORES. PROPOSTA DA S.P.E.A . PARA A CAÇA NA REGIÃO


SPEA propõe alterações à caça nos Açores



"A SPEA defende que a proposta de decreto legislativo regional deveria ser reformulada. (...) Se esta posição for seguida, a região dos Açores poderá ser reconhecida como um território na vanguarda da caça sustentável a nível da União Europeia, trazendo benefícios ambientais, económicos e sociais à escala local e regional", sublinha a SPEA, em comunicado.
A posição da SPEA surge na sequência de vários pareceres que organizações e associações estão a emitir, por solicitação da comissão de Economia do parlamento dos Açores, à proposta de decreto legislativo regional que aprova o "Novo Regime Jurídico da Gestão dos Recursos Cinegéticos e do Exercício da Caça na Região Autónoma dos Açores".
A organização frisa que "os Açores constituem cada vez mais um destino turístico de natureza de eleição, não fazendo sentido que pedestrianistas e turistas se sintam condicionados ou em risco nos dias de caça". 
Assim, a SPEA considera "urgente" que o Governo Regional tome algumas medidas sobre determinadas espécies, entre elas a suspensão da caça aos patos, alegando que populações de Pato-real, Marrequinha e Piadeira (Anas penelope), "estão presentes nos Açores essencialmente como migradoras, sempre num número muito reduzido".


Pato-real

O pato-real é uma ave anseriforme que habita áreas temperadas e sub-tropicais da América do Norte, Europa e Ásia. A espécie tem forte dimorfismo sexual, tendo os machos uma cabeça de cor verde iridescente e asas e barriga cinzenta,enquanto que as fêmeas têem uma plumagem castanha salpicada. É o antecessor da maioria dos patos domesticados actuais. Sendo uma espécie migratória, frequenta também as regiões da América Central e Caraíbas e foi introduzido em várias regiões, desde a Austrália e Nova Zelândia até países da América do Sul. Em Curitiba, no Paraná, registou-se um exemplar híbrido de Anas platyrhynchos x Anas bahamensis, encontrado no Zoológico Municipal do Iguaçu em 2007.
  • Nome científico: Anas platyrhynchos
  • Classificação biológica: Espécie
  • Classificação mais alta: Anas
  • Envergadura: 0,81 m – 0,98 m
  • Peso: 0,7 kg (1,54 libra) – 1,6 kg (3,53 libra)
  • Esperança de vida: 20 anos em média

Marrequinha-comum

Marrequinha-comum
A marrequinha-comum é uma ave anseriforme. É o menor pato da Europa. Tal como os outros membros da sua família, apresenta dimorfismo sexual, sendo os machos mais coloridos, com a cabeça vermelha e verde e o dorso cinzento, enquanto que as fêmeas são mais acastanhadas.
  • Classificação mais alta: Anas
  • Nome científico: Anas crecca
  • Classificação biológica: Espécie

Piadeira

Piadeira
A piadeira é uma ave da família Anatidae. A espécie foi descrita por Lineu em 1758 na décima edição de Systema Naturae, sob o nome binomial corrente. A espécie é monotípica. O macho tem a cabeça rosada com a testa amarela, a fêmea é acastanhada.
  • Classificação mais alta: Anas
  • Nome científico: Anas penelope
  • Género: Mareca
  • Classificação biológica: Espécie
A SPEA defende igualmente que se deve suspender a caça de Galinhola (Scolopax rusticola) e Narceja (Gallinago gallinago), alertando que se tratam de "espécies com populações nidificantes em estado de conservação preocupante nos Açores".
"Não permitir a utilização de furão


Furão

O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico, utilizado como animal de estimação em vários países do mundo. O termo é geralmente utilizado como referência ao furão-doméstico, descendente do tourão ou eventualmente do tourão-das-estepes, mas também há duas espécies de mustelídeos americanos que ocorrem do México à Argentina, conhecidas como furão-grande. e furão-pequeno.
  • Nome científico: Mustela putorius furo
  • Classificação biológica: Subespécie
  • Classificação mais alta: Tourão
  • Peso: 0,7 kg (1,54 libra) – 2 kg (4,41 libra)
  • Esperança de vida: 8 anos em média
  • Período de gestação: 42 dias


 e de aves de presa como meios de caça, pois, ao serem espécies exóticas, a sua introdução pode colocar em risco os ecossistemas nativos dos Açores", são outras das medidas propostas pela SPEA,

 
As aves de rapina, rapinantes, raptores ou aves predatórias são aves carnívoras que compartilham características semelhantes, como bicos recurvados e pontiagudos, garras fortes e visão de longo alcance. Assim, as rapinantes são aves ágeis na captura de seus alimentos: grandes artrópodes, peixes, anfíbios, pequenos mamíferos e pequenas aves. Mas cada rapinante está adaptada para caçar um tipo de animal, ou um certo grupo deles.
Variação do tamanho e forma de várias aves de rapina
 
Falconiformes - aves de rapina diurnas
Strigiformes - aves de rapina nocturnas

Ver também

Ave de rapina
Exemplo de rapinante (harpia)
Exemplo de rapinante (harpia)
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Super-reino: Opisthokonta
Reino: Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Aves
Famílias


 que defende ainda a proibição do uso de cartuchos carregados com projéteis de chumbo na região.

 Ver a imagem de origem

"É hoje reconhecido que as munições com chumbo devem ser banidas porque contaminam os recursos hídricos e são responsáveis pela morte de aves aquáticas", salienta o comunicado.
"Impedir a caça nas imediações dos trilhos pedestres classificados, permitindo o seu usufruto em qualquer altura do ano e da semana", acrescenta ainda o parecer da SPEA.
Na proposta de Decreto Legislativo Regional, o executivo açoriano justifica que o processo de revisão do regime jurídico da gestão dos recursos cinegéticos procurou ajustar os processos e meios de caça, tendo em conta a experiência dos últimos anos, e em resultado do aumento do conhecimento das espécies.
Além disso, da análise a esse regime "conclui-se que o mesmo se encontra desajustado face à evolução que se tem vindo a verificar em matéria de gestão dos recursos cinéticos e do exercício da caça numa região", sustenta a proposta.