Faz HOJE 706 anos...
, último Grão-Mestre dos Templários, foi condenado à morte na fogueira.
«Ter
sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-mestre dos Templários,
e combater, sempre em toda a parte, os seus três assassinos — a
ignorância, o fanatismo e a tirania.» (Fernando Pessoa)
in "TEMPLÁRIOS, Vol. 3 - A Perseguição e a Política de Sigilo de Portugal: a Missão Marítima", Eduardo Amarante
Consultar:
https://www.apeiron-edicoes.com/…/templarios-de-milicia-cr…/
Jacques de Molay
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Jacques De Molay, o último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, em representação do século XIX.
Hoje não existe nenhum retrato seu feito em vida.
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Nome completo
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Jacques de Molay
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Nascimento
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1243/1244 ou 1249/1250
Molay, França
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Morte
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18 de março de 1314
Paris, França
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Nacionalidade
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Borgonhês (pois o território não pertencia ao Reino da França à época em que Jacques de Molay nasceu)
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Ocupação
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Cavaleiro e último grão-mestre da Ordem dos Templários
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Jacques de Molay, por vezes também chamado
Tiago de Molay,
(em
latim:
Iacobus Burgundus;
em
francês:
Jacques de Molay;
[Pronúncia: (ʒak də molɛ) Jak Demolé];
Molay,
1244 —
Paris,
18 de março de
1314) foi um
nobre,
militar,
cavaleiro e o último
grão-mestre da
Ordem dos Cavaleiros Templários.
[2] Nascido em
Molay, pertencia a uma família da pequena
nobreza francesa.
É hoje o patrono da
Ordem DeMolay.
[3]
Biografia
Nascido em Molay,
comuna francesa atualmente localizada no
departamento de
Alto Sona,
França, embora à época o
vilarejo pertencesse ao
Condado da Borgonha.
Muito pouco se sabe sobre sua
infância e
adolescência; aos seus 21 anos de idade, como muitos filhos da nobreza
europeia, de Molay entrou para a
Ordem dos Cavaleiros Templários (organização sancionada pela
Igreja Católica para proteger as estradas entre
Jerusalém e
Acre - importante
porto no
mar Mediterrâneo).
Nobres de toda a Europa enviavam os filhos para serem cavaleiros
templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e
popular em todo o continente europeu e
Oriente Médio.
Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado
grão-mestre dos templários (assumiu o cargo após a morte de seu antecessor,
Teobaldo Galdino), uma posição de poder e prestígio.
Mas passou por uma difícil situação: as
Cruzadas não estavam atingindo seus objetivos.
O
anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais dos cavaleiros templários e dos
hospitalários (outra ordem de cavalaria). Restou apenas um único grupo do confronto contra os sarracenos.
Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua força.
Viajaram para a ilha de
Chipre,
esperando que a população se levantasse em apoio à outra Cruzada. Em
vez de apoio público, os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos
senhores feudais, muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se pertencer à nobreza.
Em 1305, o
rei da França Filipe IV, o Belo (r. 1285–1314) resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da
Igreja Católica.
O rei era amigo de Jacques de Molay devido ao parentesco deles; o
delfim Carlos, mais tarde
Carlos IV (r. 1322–1328),
afilhado de Jacques.
Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou
juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as
duas formavam uma grande potência económica e sabia que a Ordem dos
Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza.
Sem obter o sucesso desejado, de juntar as duas ordens e se
tornar um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para
acabar com a Ordem dos Templários.
Chamou o nobre francês
Esquino de Floyran
com a missão de denegrir a imagem dos templários e de seu grão-mestre, e
como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após
derrubá-los. O ano de 1307 marcou o começo da perseguição aos
cavaleiros.
Apesar de possuir um exército com cerca de 15 000 homens,
Jacques foi a França para o
funeral de um membro
feminino da realeza francesa e levou consigo alguns cavaleiros. Onde foram capturados na madrugada de 13 de outubro por
Guilherme de Nogaret, homem de confiança do rei Filipe IV.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados na
masmorra sofreram torturas e viveram em condições subumanas.
Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do
papa Clemente V (1305–1314)
para condenar os templários e suas riquezas e propriedades foram
confiscadas e dadas a proteção do rei.
Mesmo após três julgamentos
Jacques continuou sendo leal com seus amigos e cavaleiros, recusando-se a
revelar o local das riquezas da Ordem e denunciar seus companheiros.
Em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à Corte
Especial. Como evidências, a corte dependia de confissões forjadas,
supostamente assinadas pelo grão-mestre.
Desmentiu as confissões, sob as
leis da época a pena por desmentir era a morte.
Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay o cavaleiro Guido de Auvérnia
desmentiu sua confissão e ambos foram condenados.
Filipe IV ordenou que
ambos fossem queimados naquele mesmo dia.
Durante sua morte na fogueira
intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França.
Grão-mestrado
Jacques
de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1298, não se sabendo no
entanto a data exata da sua eleição.
Eleito em detrimento de outra
figura de peso dentro da ordem,
Hugo de Pairaud, sobrinho do visitador do
templo em França.
O inicio do seu mestrado é marcado pela ação a favor de uma nova
cruzada, desenvolvendo uma campanha
diplomática na França,
Catalunha,
Inglaterra, nos estados da
península Itálica e nos
Estados Pontifícios.
Esta campanha visou não só resolver problemas internos da ordem, problemas locais, como disputas entre a ordem e
bispos, e também pressionar as coroas e a
igreja a uma nova cruzada.
Organizou a partir da ilha de
Chipre ataques contra as costas egípcias e
síria para enfraquecer os
mamelucos, providenciando apoio logístico e armado ao
Reino Arménio da Cilícia, e também intentou uma aliança com o
Canato da Pérsia, sem resultados visíveis.
Outro assunto discutido durante o seu mestrado foi a fusão entre as duas maiores
ordens militares, a dos
Templários e a dos
Hospitalários.
A Ordem do Templo com a perda de
Acre começava a ser questionada quanto à razão da sua existência. As suas funções de proteger os
peregrinos e de defender a
Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de Chipre.
Em maio de 1307 em
Poitiers, Jacques de Molay junto do
papa Clemente V apresentou uma defesa contra a fusão e ela não se realiza.
A prisão e o processo
Dia 13 de outubro de 1307 no
Reino da França, os
templários foram presos em massa por ordem de
Filipe IV, o
rei de França. O
grão-mestre Jacques de Molay é capturado em
Paris. Imediatamente após a prisão,
Guilherme de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à
Igreja, discreto e desenvolvido com base no
direito canônico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre (De Molay
nunca confessou as acusações como menciona anteriormente), criam um
conflito diplomático com a
Santa Sé,
sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação.
Depois de
uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre
Filipe, o Belo e
Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o
grão-mestre e o
preceptor da
Normandia,
Godofredo de Charnay sob custódia dos agentes do
rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados
heréticos.
Placa assinalando o lugar da execução de Jacques de Molay, na
Ilha da Cidade, em Paris:
Neste local, Jacques de Molay, último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado, em 18 de março de 1314
Em 1314, o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos
prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas
hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena
que uma comissão de bispos trate da questão.
As suas ordens seriam a
salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua
sob custódia
apostólica
e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será
efetuada. Perante a comissão, Jacques de Molay e Godofredo de Charnay
proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela,
a comissão para o processo e decide consultar a vontade do papa neste
assunto.
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente,
Filipe IV, o Belo,
decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada.
Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Godofredo de Charnay, então sob a
custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados numa
fogueira na
Ilha da Cidade, pouco depois das vésperas, em 18 de março de 1314.
Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um símbolo
de lealdade e companheirismo, pois preferiu morrer a entregar seus
companheiros ou faltar com seu juramento.
Teatro e cinema
No cinema o ator francês
Gerard Depardieu interpretou De Molay no filme
Os Reis Malditos (2005).
No teatro, o ator brasileiro
John Vaz interpretou De Molay no espetáculo
Jacques de Molay: O Fim da Ordem do Templo, em turnê pelo Brasil.