Cascais ativa nadadores-salvadores mas sublinha insegurança das praias
A Câmara de Cascais acionou nadadores-salvadores nas suas praias, mas sublinhou que estes locais "não são um lugar seguro neste tempo e neste contexto" e apelou ao "espírito de cidadania responsável", admitindo mesmo a possibilidade de interdição dos areais.
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Foram, assim, ativados seis nadadores-salvadores para a praia de Carcavelos, quatro para a do Guincho, quatro para os areais de Cascais (Conceição, Duquesa, Rainha e Moitas), três para o Tamariz, dois para São Pedro e outros dois para a Parede.
Na quarta-feira foram registadas nos areais do concelho 20 ocorrências -- 10 relativas a primeiros socorros e outras 10 de salvamento, numa altura em que "o mar de inverno tem grande amplitude de marés, com correntes e ondulações fortes".
"Vivemos num contexto de pandemia. É altamente desaconselhada a deslocação até às zonas balneares ou de grande concentração de pessoas. Vale sempre reafirmar o óbvio: a contenção do novo coronavírus é feita em casa, não é feitas nas ruas ou nas praias", escreve o município, liderado pelo social-democrata Carlos Carreiras.
A autarquia sublinha que o reforço de vigilância não implica que esta seja feita nos moldes e contingentes habituais, mas apenas que "há vigilância mínima assegurada por nadadores-salvadores, para que, ao problema grave de saúde pública, não se some outro de segurança".
Pedindo para que os cidadãos não vão a banhos, o município refere que, "caso as indicações não sejam seguidas, a Câmara de Cascais pondera ações mais drásticas como a interdição das praias do concelho", em articulação com a autoridade marítima.