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14.12.19

PEFC E A CERTIFICAÇÃO FLORESTAL

PEFC promove certificação florestal regional da Área Metropolitana de Lisboa

 O PEFC é uma aliança Internacional que conta com mais de 50 esquemas nacionais reconhecidos e mais de 325 milhões de hectares de floresta certificada, sendo o maior Sistema de Certificação Florestal no mundo.

 

Garantimos aos consumidores que os produtos com certificado PEFC derivam de uma gestão florestal onde são aplicados, de forma consistente, princípios de sustentabilidade assentes em três pilares básicos: (1) Social (2) Ambiental (3) Económico.
A Certificação Florestal compreende dois níveis distintos:
  • na floresta com a verificação da gestão florestal sustentável e,
  • na indústria e comércio de produtos de base florestal, com a certificação de cadeia de responsabilidade.
Assegurando assim, a rastreabilidade da matéria prima certificada desde a sua origem até ao consumidor final.

O nosso impacto

No PEFC Portugal acreditamos que a nossa missão só será possível alcançar se envolvermos um largo número de entidades com a mesma motivação para a preservação das florestas ao nível local e global.
A gestão florestal sustentável requer uma abordagem inclusiva e de colaboração entre todas as partes interessadas. Por essa razão procuramos estabelecer parcerias estratégicas com organizações e empresas que permitam ampliar o nosso impacto coletivo e o reconhecimento da Certificação PEFC.
Fazemo-lo por meio de projetos, campanhas, eventos e formação colaborando com diversas entidades de âmbito nacional, regional e local na promoção de iniciativas que promovam a visibilidade do PEFC e que contribuam para o aumento da área com gestão florestal sustentável certificada.
O PEFC Portugal, Programa para o Reconhecimento da Certificação Florestal, realizou no dia 29 de Novembro, no Auditório da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, em Lisboa, uma sessão de indução à Certificação Florestal Regional PEFC da Área Metropolitana de Lisboa.
O PEFC Portugal integra o movimento de certificação internacional – PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) com 51 esquemas nacionais reconhecidos e mais de 300 milhões de hectares de floresta certificada, representando dois terços da área florestal certificada globalmente.

Certificação florestal regional

Através da certificação florestal regional, o PEFC disponibiliza aos proprietários e gestores florestais, um mecanismo inovador de participação que permite, independentemente da sua natureza ou dimensão, evidenciar que as suas áreas florestais são geridas de forma ecologicamente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável.
Esta sessão contribuiu para uma melhor compreensão pública da relevância da certificação regional e as vantagens da promoção de 5 Certificados Regionais coincidentes com as regiões plano de Portugal, NUT II.
Foram abordados os mais recentes desenvolvimentos, de enquadramento e implementação da certificação em contexto rural e urbano, incluindo as iniciativas europeias PEFC para a certificação de parques urbanos e Trees outside Forests.
A certificação florestal assume particular importância, no momento particular colectivo, de rápida mudança do clima, drásticas alterações do uso do território e da sua população.

Agricultura e Mar Actual

12.12.19

REPRESA DO RIO DA MULA

REPRESA DO RIO DA MULA EM DEZEMBRO DE 2019 ( Foto J.P.L.) 
  
 
 
 
Barragem do Rio da Mula. Ano de 2019

Estamos a meio de Dezembro e o panorama é o que vemos na foto. 
 
 
 
Rio da Mula
Ribeira das Vinhas
Ribeira dos Marmeleiros
Ribeira do Pisão
Rio Doce
Ribeira da Penha Longa
Ribeira da Atrozela
Ribeira de Alvide
Ribeira do Outeiro da Vela
Vale e leito da ribeira das Vinhas entre as Fontainhas e o Cobre, à entrada de Cascais.
Mapa
Comprimento 11,8 km
Nascente Serra de Sintra
Altitude da nascente 478 m
Foz Atlântico, Cascais
Área da bacia 27,9 km²
Afluentes
principais
Ribeira da Penha Longa
País(es) Portugal Portugal
Passagem por
  • Pisão de Cima
  • Pisão de Baixo
  • Cabreiro
  • Penhas do Marmeleiro
  • Carrascal de Alvide
  • Cobre
  • Alvide
  • Fontainhas
  • Pampilheira
  • Cascais


O rio da Mula,

 conhecido por diferentes nomes conforme os locais por onde passa      [1][2],    é um rio português que tem a sua nascente na serra de Sintra (a montante da lagoa Azul) e a sua foz no oceano Atlântico, em Cascais, na Praia da Ribeira.     [3]

 No seu percurso de cerca de 10 quilómetros, passa pelas localidades de Pisão e Alvide.   [4][5][6][7]

O rio, juntamente com o de Manique/Caparide, é uma das linhas de água mais importantes do concelho de Cascais devido à sua extensão e às características específicas do seu caudal.

 O seu leito mantém-se em grande parte naturalizado, que permite o surgimento de galerias ripícolas abundantes propícias ao desenvolvimento de ecossistemas ribeirinhos.

 Possui um dos declives longitudinais mais acentuados dentre as ribeiras do concelho, sendo este menos acentuado a jusante da localidade do Pisão, com o consequente aproveitamento dos terrenos circundantes para atividades agrícolas.

 A partir das Fontainhas, o seu leito passa a ser delimitado por muros de pedra e de betão.     .[8]
 
A ribeira está encanada a partir do Mercado da Vila, em Cascais, e até à sua foz, por debaixo do pontão da Praia da Ribeira .     .[9]

 Este caneiro, completado na década de 1940 com a construção da Estrada Marginal, permitiu resolver os problemas de salubridade devidos à estagnação das águas e à utilização da ribeira enquanto depósito de lixo e esgotos.    [10]

  À diferença dos restantes cursos de água que atravessam o concelho, esta ribeira é a única que apresenta um padrão de drenagem de tipo dendrítico   .[8]

28.11.19

CHAFARIZ DO COBRE

Foto JPL

Foto JPL
Estas imagens do velho chafariz, leva-me aos tempos em que, menino, olhava com admiração, todos os que faziam deste local a sua rotina diária.

20.11.19

CINE - PARAISO em Cascais era o Cine - Académico

1990 - Vencedor do Óscar da Academia
             Melhor filme Estrangeiro





 Um filme que me fez recordar os tempos da minha infância. os anos 60..

 Sim, aqui em Cascais também houve um Cinema Paraíso. Chamava-se Cine Académico e muitas semelhanças encontrei com " ele " neste belo filme.
 Ainda bem que vivi esses tempos.


Descrição Cinema Paraíso

O nome de Alfredo lhe traz lembranças de sua infância e principalmente do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado de Totó, fugia sempre que podia. Ali, o menino fascinado pela magia do cinema fazia companhia ao bom Alfredo, o projecionista. De menino travesso a jovem sonhador, Totó aprende a amar o cinema através das mãos de Alfredo. Mas, após um caso de amor frustrado com Elena, a filha do banqueiro, ele deixa sua pequena cidade para tomar o caminho de Roma. Ele só retornará 20 anos depois, com a morte de Alfredo, para enfrentar as lembranças de sua infância.
Esta obra-prima do relaizador Giuseppe Tornatore é um olhar nostálgico sobre a vida de um jovem na Itália do pós-guerra e o seu fascínio pelo cinema, tendo vencido o Oscar para o Melhor Filme Estrangeiro e o Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes.

9.11.19

PALEONTOLOGIA - FÓSSEIS


Ameijoa Fóssil ( Foto J.P.L. )

Concha Fóssil  ( Foto J.P.L. )

O que são fósseis?

Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, como moldes do corpo ou partes deste, rastros e pegadas.
A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que significa "ser desenterrado".
A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido possível. Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de fossilização.

Quando é que se começaram a estudar os fósseis?

Desde sempre o Homem observa e tenta interpretar a natureza. Desde muito cedo ele encontrou rochas com impressões em forma de conchas, ossos de animais e folhas de plantas, ou seja, fósseis.
Ao longo de muitos séculos estas impressões estimularam a imaginação do ser humano, tendo originado inúmeras explicações. Algumas destas explicações, elas foram consideradas criações de espíritos maus ou bons, sendo designadas de “cobras de pedra”, “pedras mágicas”, “pedras de trovão” e “pedras de sapo”.
Em outras interpretações, as impressões foram vistas como o resultado da ação das radiações do sol ou das estrelas. Houve, ainda, quem preferisse olhá-las como brincadeiras do reino mineral, que imitava formas de plantas e animais existentes na natureza.
Ainda no século XVII havia a teoria de que as impressões deixadas nas rochas seriam o resultado de uma propriedade inerente à Terra, a qual originaria estas marcas como ornamento das regiões ocultas do globo, da mesma maneira que as flores são o ornamento da superfície. Mesmo no século XIX, um estudo da Igreja Cristã afirmava que o Diabo tinha colocado aquelas impressões nas rochas para enganar e embaraçar a humanidade.
Embora muitas teorias tenham surgido ao longo dos tempos para interpretar o significado dos fósseis, o seu estudo científico só começou há cerca de 300 anos.

A sua verdadeira origem e natureza só foi estabelecida no séculos XVII por alguns naturalistas, que conseguiram estabelecer a relação entre os dentes de tubarão da altura e outros semelhantes, mas fossilizados. Um século antes tinha surgido a designação de “fóssil”.

Ela derivou da palavra latina “fossilis”, que significa “desenterrado”, e foi inicialmente usada para designar toda a espécie de minerais e metais extraídos da crosta terrestre.

Como se chamam as pessoas que estudam os fósseis?

Os cientistas que fazem o papel de detetives de fósseis são chamados de “paleontólogos”, pois o ramo das Ciências da Terra e da Vida que se dedica ao estudo dos fósseis chama-se “Paleontologia”.
Os paleontólogos têm encontrado fósseis em todo o mundo, a uma velocidade espetacular – de sete em sete semanas um novo fóssil é encontrado.

 Mas não é fácil achar um fóssil. Por isso, encontrar restos fossilizados de um animal ou planta é uma experiência emocionante. Os penhascos marinhos, as pedreiras e outras rochas expostas são locais de grande interesse para a descoberta de fósseis.

Também as grutas, como antigos abrigos de homens e animais, podem proporcionar valiosas descobertas paleontológicas.

Onde se podem encontrar os fósseis?

 

Na maior parte das vezes, por mais que se conheçam as características geológicas de um local, não é possível dizer com certeza se aí existirão fósseis ou não.

No entanto, determinados fatores podem ser indicadores da sua presença e são estes fatores que os paleontólogos seguem nas suas pesquisas.

Estas hipóteses referem-se, principalmente, ao tipo de rochas mais relacionadas com a preservação de fósseis, ou seja, as sedimentares, e à idade da rocha, que é determinada através de análises químicas da sua composição.
Também existe uma outra forma de atuar – ir escavando cegamente até ter a sorte de encontrar algo. Alguns fósseis são encontrados ao acaso, em obras ou áreas de exploração mineira, por exemplo.
Apesar da dificuldade em achar fósseis, os paleontólogos já encontraram fósseis microscópicos de algas azuis, cuja idade foi calculada em quase 2000 milhões de anos.

Recentemente foram descobertos fósseis de bactérias que terão cerca de 3000 milhões de anos.

Como se estudam fósseis?

 

Quando o cientista atinge uma área provável de formação fósseis, começa por procurar indícios nos pontos em que a erosão retirou o solo de cima das rochas, investigando, depois, os estratos sedimentares.

 Caso aí encontre vestígios, como esqueletos ou fragmentos de ossos fossilizados, o cientista retira a rocha que se encontra por cima deles, para conseguir fotografá-los e, posteriormente, retirá-los, sem os danificar.Só muito raramente é encontrada uma ossada totalmente preservada.

Na maior parte dos casos, os esqueletos estão bastante fragmentados, podendo faltar muitos pedaços. Há que identificar os ossos com números, para ser mais fácil a posterior reconstituição do animal Depois é tentar montar um verdadeiro quebra-cabeças. O resultado destes trabalhos pode ser visto nos museus de história natural, onde normalmente são expostos.
Mas mesmo sem termos fósseis de ossos que permitam a reconstituição dos seres vivos, outros tipos de vestígios podem fornecer informações bastante interessantes. Para cada tipo existem técnicas de estudo apropriadas, que permitem retirar diferentes conclusões.

 Por exemplo, num conjunto de pegadas, os cientistas medem a distância entre elas para verem o comprimento e a velocidade do animal, e a sua profundidade para determinarem o seu peso. Já através dos excrementos (coprólitos), o tipo de conclusões retiradas é diferente. Eles são amassados até se tornarem num pó fininho que, depois de analisado, pode dar informações relativas, por exemplo, ao tipo de alimentação do animal.

Qual a importância da paleontologia?

 

A paleontologia é a ciência que estuda os organismos que povoaram a terra ao longo do tempo e cujo os restos e marcas de atividade se encontram preservados nos sedimentos.

 O estudo dos organismos é de grande importância para a compreensão e estudo da história da terra. Assim, a paleontologia interessa à biologia pois permite estudar a evolução do seres vivos.
Para o estudo dos animais que outrora habitaram o planeta não são só os seus fósseis que são importantes mas também as marcas deixadas da sua atividade ou seja, os rastos, as pegadas e as pistas.

Tipos de fossilização

Para que se dê a fossilização é necessário que o organismo fique rapidamente ao abrigo dos agentes de erosão, o que acontece quando este ou algumas das suas partes constituintes ou os seus restos são rapidamente cobertos por sedimentos. Este processo desenvolve-se em quatro fases:

1- Quando morreram os animais depositaram-se no fundo do mar sendo rapidamente cobertos por sedimentos;
2- Ao ficarem incorporados nos sedimentos sofreram os mesmos fenômenos de diagénese e metamorfismo, fossilizando;
3- As rochas onde os fósseis se encontram incorporados sofrem modificações que fazem elevar alguns estratos;
4- Os fósseis, devido à erosão ou a outros fatores aparecem a superfície alguns milhões de anos mais tarde. Os tipos de fossilização são:
 Moldagem
As partes duras dos organismos vão desaparecendo deixando nas rochas as suas marcas (impressões), ou seja, o organismo é destruído mas o molde persiste.
Como é conhecido existem dois tipos principais de moldes, o externo em que a concha fica imprimida nos sedimentos sendo posteriormente removida, e o interno em que os sedimentos cobrem a concha que depois é removida ficando apenas o molde da superfície interna. Existem ainda o contra-molde que é o molde do molde externo.

EXCELENTE FÓSSIL


Mumificação
Os restos dos organismos preservam-se total ou parcialmente, normalmente em materiais como o âmbar, o gelo, resina fóssil.

INSECTOS MUMIFICADOS PELO ÂMBAR




Mineralização
As partes duras dos organismos tais como ossos, conchas desaparecem ficando no lugar deles minerais. São transportados em águas subterrâneas. Os troncos das árvores são bons exemplos deste tipo de fossilização.

CUIDADO NA REMOÇÃO DESTE VESTÍGIOS DO PASSADO


Marcas fósseis
São pegadas, marcas de reputação ou até fezes fossilizadas.


MARCAS DE ESCAMAS DE HADROSSAURO VISÍVEIS NA ROCHA

24.10.19

ONDE ESTAMOS NO UNIVERSO ?

O que é grande e o que é pequeno ?

   Uma gota de água, para nós, nada representa; mas, para muitos seres, é um mundo maior do que este que habitamos.
Onde está o imenso e onde está o infinitamente pequeno ?

   A Terra é um ínfimo ponto no sistema planetário e nós convence-mo-nos de que ela é enorme, e concebemos então que grande é o globo terrestre e pequeno, por exemplo, a ameba, um ser microscópico.
 E tudo que é microscópico, como a ameba, ficou fazendo parte do nosso mundo como pequeno; e aquilo que é demasiado para compararmos com o nosso corpo ou com o planeta que habitamos, ficou sendo grande, como o elefante ou os espaços interplanetários.

    Mas os métodos da Natureza não têm valores, nem conhecem limites; estes são estabelecidos pela mentalidade dos homens que arranjaram os números para exprimir o grande e o pequeno, mas que nada representam junto dos valores reais da Natureza.


  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEMFY3ykLewovpRIB5W59etRTcYFTzE_PZne0EXdehxziG21emOMSB0m-YFx_toAnObrCMYd-Ro6v0JwUfrfZ3HAbbIXKYioTO4sIkWu_oZsVjA9jyJtC9-swqR9fW_F9XCPYpXLK6wGJz/s1600/Via-Lactea-Sistema-Solar.jpg

20.10.19

CORO CHRISTUS ENSEMBLE. Ano de 2019



 CORO CHRISTUS ENSEMBLE

CONCERTO DE MÚSICA SACRA
IGREJA DE SANT'ANA

Decorreu ontem, ao fim da tarde, na Igreja do Bairro Santana, bairro este situado na periferia de Cascais, um Concerto de música Sacra.


 Temas 

Look at the world - John Rutter

In your arms - Tore W. Ass

Down to the river to pray - Ken Medema

Draw me close - Kelly Carpenter

We lift our hands - Tore W. Ass

Breathe - Marie Barnett

Avé Maria - Giullo Caccini

Thousand storms - Heather Sorenson

10.000 Reasons ( Bless the Lord ) - Matt redman

You Raise me up - Brenda Graham




   Novidade para alguns, não tanto para outros, poder-se à dizer que o evento atraiu ao local algumas dezenas de atentos espectadores e espectadoras, que, a avaliar pelo resultado final, não deram o seu tempo por mal empregue, como aliás era de esperar.
   As opiniões eram, duma maneira geral ou até direi na totalidade, favoráveis e, também, as pessoas manifestavam-se  já saudosas de uma próxima oportunidade.




Igreja Santana ES-09.jpg
Igreja de Santana                                            


18.10.19

R.T.P.




Telejornal. Há 60 anos a dar notícias aos portugueses

O Telejornal fez a sua estreia faz esta sexta-feira 60 anos exatos. E o primeiro pivô era um jornalista

A emissão desta sexta-feira  do Telejornal é festa:

 o formato noticioso cumpre 60 anos com uma emissão especial entre as 20:00 e as 22:00, conduzida por José Rodrigues dos Santos e João Adelino Faria. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa é um dos convidados. 

O Telejornal é, segundo a estação pública, a principal marca da empresa depois da própria RTP. Nasceu a 18 de ​​​outubro de 1959. Esta é a sua história:

- Quase três anos depois da primeira emissão experimental, em setembro de 1956, e do início das emissões regulares a 7 de março de 1957, começava o Telejornal.
 Foi a 18 de outubro de 1959 e os apresentadores foram Mário Pires, do Diário de Notícias, e Alberto Lopes, de O Século. Era uma novidade. Pela primeira vez, o espaço noticioso era conduzido por dois jornalistas profissionais.


- O primeiro de todos os Telejornal, ainda a preto e branco, tinha duas edições diárias: uma de meia hora e outra de 10 minutos no final da emissão, por volta das 23:30.

- O nome do Telejornal, que se mantém e nunca mudou ao longo de 60 anos, foi inspirado no Telegiornale da televisão italiana, como lembrou ao DN Vasco Hogan Teves, chefe de redação da RTP em 1957, por ocasião dos 50 anos da emissão.

- Porém, a novidade de ter dois jornalistas na condução do espaço informativo não foi bem acolhida.

Pouco tempo depois, eram substituídos por locutores do quadro da RTP como Fernando Balsinha (1948-2003) e José Fialho Gouveia (1935-2004), que, em última hora, deram a conhecer as movimentações dos militares no 25 de abril e a rendição do governo de Marcelo Caetano que entregou o comando ao Movimento das Forças Armadas. "A partir deste momento, o Movimento das Forças Armadas controla totalmente a rede emissora da Rádio Televisão Portuguesa", informou Balsinha.


A Informação que, em 1969, e não considerando o desporto, emitiu 421 h. de programas (total do ano: 3 166 h. 35 m.), indo o destaque, naturalmente, para o Telejornal que se viu enriquecido – e já era tempo que isso sucedesse! – com o serviço de troca de notícias da Eurovisão (conhecido sob a sigla EVN) que é, nem mais, uma bolsa informativa constituída no âmbito da UER e para a qual convergem com as suas contribuições (na forma de reportagem-actualidade) os organismos membros activos e associados, incluindo agências noticiosas especializadas.

Quer isto dizer que, a partir da segunda quinzena de Junho,27 o Telejornal passou a dispor das imagens precisas para dar o indispensável suporte visual aos acontecimentos do dia-a-dia no estrangeiro com maior actualidade e melhor teor documental.

 Até aí, essa “ilustração” dependia dos filmes enviados pelas agências e que se recebiam por via área; ou, na sua ausência, por imagens fixas, geralmente telefotos, para o que a Redacção dispunha de equipamento de recepção apropriado.
 Com a troca diária de notícias via Eurovisão ao seu alcance, o Telejornal da RTP conseguiu um considerável ganho de tempo em relação aos acontecimentos.

 As imagens recebidas a determinadas horas do dia (precedidas de uma conferência telefónica com o coordenador UER, em Genebra) eram gravadas em vídeo e neste trabalhadas para emissão.


Acontecimentos no cenário europeu tinham imagens certas no próprio dia em que ocorriam. Algumas vezes, também as enviadas do continente americano chegavam a boas horas, após serem recepcionadas em Londres e só depois injectadas na rede da Eurovisão.

 Com a abertura de uma delegação da UER em Nova Iorque obtiveram-se ainda melhores resultados. O material proveniente da troca de notícias tornou-se pois, um elemento imprescindível nos alinhamentos do Telejornal.
E, graças à presença da nossa Televisão nesse serviço da Eurovisão, passou a RTP a ter novas possibilidades de colocar extra-fronteiras assuntos que, embora de âmbito nacional, podiam merecer a atenção dos serviços noticiosos das suas congéneres estrangeiras.
 Bom exemplo dessas possibilidades foi o facto de, no ano de 1969, a RTP ter enviado para a rede da Eurovisão (para visionamento de milhões de espectadores de, praticamente, todos os países que a integravam) quase tantos assuntos-imagens como os que, nos 5 anos anteriores, foram, por métodos menos rápidos e precisos, divulgados no estrangeiro.

Edições normais e especiais do Telejornal (bem como largos espaços em rubricas de informação não diária, como “TV 7” e “Em Foco”) dedicaram especial atenção à primeira visita de um chefe do Governo Português ao Ultramar (Guiné, Angola e Moçambique), trabalho de que se ocupou uma equipa de enviados especiais constituída por: Carlos de Melo, subchefe da Redacção; Adriano Cerqueira, redactor; José Manuel Tudela e Sebastião Pinheiro, operadores de imagem; João Lourenço, operador de som; e João Mendes, assistente. João Terramoto, correspondente da RTP em Moçambique, colaborou, também, nas reportagens.

 Uma outra equipa da RTP, com o realizador José Elyseu e o operador de câmara Silva Campos, produziu alguns serviços especiais ainda relacionados com a presença do prof. dr. Marcello Caetano em África. Mais tarde, uma nova visita do Presidente do Conselho, dessa feita ao Brasil, foi reportada por novos enviados especiais: Horácio Caio, redactor-chefe; António Ribeiro Soares, redactor; Henrique Mendes, locutor; Pozal Domingues, Artur Moura e João Rocha, operadores de imagem; João Lourenço, operador de som; e Sebastião Fernandes, assistente.

Por ocasião das eleições para deputados à Assembleia Nacional, em Outubro, a RTP projectou e consolidou uma transmissão que fez frequentes apelos a intervenções em directo (efectuadas a partir de um centro coordenador de operações, instalado na sala de redacção da secretaria de Estado da Informação e Turismo) e a sucessivas conexões Lumiar - exterior - Lumiar.

 Houve, ainda, que desdobrar a Redacção do Telejornal para que se desempenhasse das missões confiadas nas duas frentes. Também equipas de reportagem actuaram em todas as capitais de distrito do Continente, de modo a que o espectador interessado pudesse seguir o acto eleitoral.

Pela primeira vez, e com regularidade, começaram a ser utilizadas locutoras na apresentação do Telejornal.
 Já algumas vezes se havia recorrido a vozes femininas para leituras “off” mas, raríssimas vezes, para intervenções “in”.
 E embora os locutores mais antigos, e experimentados, continuassem a ser as presenças mais frequentes para a leitura das notícias, registe-se que dois novos começaram a ser chamados a intervir nessa área: Raúl Durão e José Côrte-Real.


 Ver a imagem de origem

Com o surgimento do cinema, a iniciativa para filmar notas de tipo informativo ficou latente, de tal modo que o primeiro filme produzido foi a saída dos operários de uma fábrica, mostrando-se assim as capacidades informativas do cinema como meio.

De tal modo, uma vez estabelecido tecnicamente, o cinema foi transmissor de notícias. As primeiras companhias cinematográficas estabeleceram diversos equipamentos para a confecção de noticiários em filme (cinejornais), que têm como característica a periodicidade e a multiplicidade - em alguns casos - para "localizar" (tornar local) a informação, oferecendo conteúdos de interesse para zonas específicas e sobretudo no idioma de cada população.

Com a chegada da televisão e o final da II Guerra Mundial, os noticiários de cinema foram gradualmente perdendo relevância. A televisão prometia imediatismo em vários sentidos: a notícia em um momento mais próximo e a localização em casa.

O primeiro evento televisivo noticioso foi no mês de agosto de 1928, nos Estados Unidos. A emissora WGY transmitiu simultaneamente em rádio e TV (WGY, 2XAF e 2XAD) o senhor Al Smith, pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, aceitando a indicação oficial. Foi o primeiro sinal ao vivo (em directo) e o primeiro evento de notícias.

Nas origens, o jornalismo de televisão copiou o formato do rádio. As primeiras notícias eram lidas diante da câmera, mas logo se notou a importância do apresentador, que demonstrava o jornalismo através de sua aparência, de sua expressão facial e de sua entonação. Algum tempo depois, surgiram as imagens que, no início não possuiam som. Mais tarde, os filmes passaram a ser sonoros, com a utilização de uma câmara-gravadora. Logo depois, surgiu o video-teipe e a transmissão de imagens via satélite, o que acelerou o ritmo das transmissões.

O telejornalismo no Brasil surgiu nos anos 50 com a TV Tupi, que entra no ar com o papel exclusivo de apresentadora de espetáculos. Mais tarde, Heron Domingues, o Repórter Esso do radiojornalismo, transforma-se numa das maiores expressões do telejornalismo nascente. Sem explorar imagens, o que fazia era rádio na televisão. Até o início da década de 60, não existiam redatores e locutores no universo da TV. Sem as imagens, sem redação própria e sem o recurso de câmeras, os telejornais apostavam tudo no locutor. Alguns anos depois, alguns telejornais adotaram novos formatos que duram até hoje, como por exemplo o Jornal Nacional e Jornal do SBT.

18 - 10 -  2019

Fontes: Hemeroteca Portuguesa
             Wikipédia.

16.10.19

PALÁCIO DE MONSERRATE.

Ver a imagem de origem
PALÁCIO DE MONSERRATE NA SERRA DE SINTRA

 Primeiro Centro de Interpretação da Natureza da Serra de Sintra abre quinta feira 17 de Outubro  ( Ano de 2019 )

É o primeiro no parque na região e vai ser inaugurado com várias visitas dos mais pequenos. Lá dentro há viveiros, materiais didáticos e ferramentas digitais para ver como era a área noutro tempo.


O INCÊNDIO NO PINHAL DE LEIRIA em 1916 e em 2017.

Há 101 anos, um grande incêndio consumiu o Pinhal de Leiria.

 Foi assim.

Em 1916, 150 hectares de pinhal arderam em Leiria e levantaram dúvidas sobre as políticas de proteção da floresta.

 Cento e um anos depois, tudo parece repetir-se.




 Na época, foi assim que aconteceu.


  • Em 1916, Portugal tinha uma luta em mãos: o país, especialmente a região centro, estava constantemente a ser fustigada por incêndios de grandes dimensões.
     Acácio de Paiva — poeta e jornalista leiriense que também contribuía para jornais como o “Diário de Notícias” e “O Mensageiro” — dizia que “os repetidos incêndios no pinhal de Leiria, a maior e melhor mata do Estado, constituindo uma verdadeira riqueza natural, tem chamado a atenção de toda a imprensa, que reclama, com os habitantes da região, providências urgentes dos poderes públicos”.
     E depois opinava: “Estes ouviram as reclamações, mas triste foi que se tivessem de formular, porque remediar vale muito menos do que prevenir.
    .
    As perguntas que Acácio de Paiva assinava numa crónica da Ilustração Portuguesa eram muito semelhantes às que hoje ainda se formulam: “Serão [os planos para diminuir os incêndios] ao menos eficazes? 
     Conseguir-se-á uma vigilância suficiente e permanente? Não se voltará, passada a impressão da catástrofe, à indiferença do costume?
      Será necessário fundar uma Sociedade dos Amigos do Pinhal de Leiria, como se fundou a dos Amigos do Jardim Zoológicos, a dos Amigos do Castelo de Leiria, a dos Amigos da Amadora, etc., e todas elas mais cuidadosas do que as repartições cujo fim é, precisamente, a defesa do património geral?”

    A revolta de Acácio Paiva tinha raízes num incêndio que consumiu grande parte do Pinhal d’El Rei, mandado construir por D. Afonso III e aperfeiçoado por D. Dinis, no início de setembro daquele ano.
     O mesmo que este domingo ( 15 de Outubro de 2017 )foi ameaçado pelas chamas, obrigando a evacuar aldeias e vilas no distrito de Leiria. 

    A 4 de Setembro de 1916 na Ilustração Portuguesa suplemento que acompanhava o jornal “O Século”, enchia quatro páginas de jornal com um texto assinado por Floreano sobre o que havia acontecido dois dias antes no pinhal da Marinha Grande e de como a população lutou contra o fogo. Pode lê-lo na íntegra aqui em baixo.

    O fogo extinguira-se dois dias antes. Que pena não ter passado por ali naquela ocasião! Devia ser um espetáculo assombroso! Parecia que o chão ainda escaldava debaixo dos pés e que no ar mal de dissipavam os últimos novelos de fumo e de cinzas.

    Trepei ao alto de uma duna fixada e convertida pelo precioso trabalho dos pinheiros num monte sólido e fértil. Era simplesmente desolador! Estendia-se diante de mim, a perder de vista, um trato de muitos hectares de pinhal novo, com as suas ramas torrificadas, mas ainda aderentes pela sua resistência excecional.
     Ao de cima dessa extensa massa carbonizada erguiam-se tristonhos, aqui e além, os pinheiros velhos, de cuja semente haviam nascido os outros. 
     Apesar de uma altura de 20 metros ou mais, as suas comas haviam sido alcançadas pelas labaredas! Mortas e bem mortas, aquelas gigantes sentinelas das dunas! Recordavam as heróicas sentinelas de Pompeia, surpreendidas e incineradas nos seus postos pela lava do Vesúvio, conservadas na mesma forma e na mesma atitude, através de séculos, ao abrigo das abóbadas sob que ficaram sepultadas.
     Desfizeram-se com a primeira lufada de ar fresco que lhes trouxeram as excavações dos arqueólogos. 
    Também os primeiros sopros ásperos de outono hão de reduzir às linhas hirtas e falhadas do seu esqueleto tantos milhares de árvores, há poucas horas ainda tão verdes e orgulhosas do seu porte, se antes disso o machado do lenheiro não fizer desaparecer a obra infame do incendiário.

    Que dor de alma ver tanta floresta destruída numa época tão angustiosamente falha de madeira e de lenha! Aquele crime enormíssimo nem parece ter sido cometido por portugueses contra sua própria terra, contra a sua própria vida e a da sua família; porque, devorado pelo fogo o Pinhal de Leiria, essa majestosa floresta de 25 quilómetros por 9, deixou de ter razão a existência de todos os povos que vivem à sua sombra saudável e hospitaleira.

    E como essa dor se refletia nos olhos e nas palavras de um pobre velho, que ainda hoje é dos primeiros a acudir os fogos do Pinhal, que lhe doem, que o afligem como se da sua casinha em chamas! Não tinha memória de outro em semelhantes circunstâncias.
     Sempre foram 150 hectares, ou seja um milhão e quinhentos mil metros quadrados de pinhal, novo e velho, absolutamente perdidos.
     As chamas rebentaram em três pontos ao mesmo tempo. Tocadas pelo vento e alimentadas pelo mato miúdo e pela caruma seca que cobriam o solo, não tardaram a cruzar-se num grande mar de fogo. Uma coisa sublimemente horrível!

    Buzinas, apitos, toques de sino, gritaria, alvoroçaram as povoações convizinhas, das quais a principal é a vila da Marinha Grande. Nas fábricas, nos campos, em casa não ficou ninguém.
      Todos munidos de enxadas, machados, pás, forquilhas, ancinhos, do primeiro instrumento que topavam à mão, abalaram desordenadamente para atacar o fogo; e centenas de mulheres também se puseram a caminho, com cântaros de água da cabeça para matar a sede aos homens, que devia ser insaciável no meio da faina debaixo daquela torreira.

    Na fúria com que toda a gente se atirava ao fogo não havia visivelmente um plano de ataque, executando a uma voz imperiosa de comando; mas havia uma perícia e uma tática individuais que davam ao conjunto dos esforços uma admirável unidade de ação.
     Abrem-se aceiros, compridos e largos, machadando sem piedade belas árvores para atalhar a marcha galopante do fogo, que as devoraria, a elas e a muitas mais, sendo admirável como essa gente se estendia numa linha rigorosa de combate, sem se estorvar uma à outra.

    Já se sentia o bafão estiolante do fogo, o crepitar do lenho verde abarcado pelas labaredas, o rugir surdo da fornalha rolante, em que esses valentes se podiam ver, de um momento para o outro e irremediavelmente, envolvidos; mas eles continuavam a manejar o machado, com o rosto afogueado, escorrendo em suor e arfando fortemente como os antigos ciclopes na forja abrasadora.
     Outros roçavam o mato e procuravam arredá-lo do caminho do fogo; estes deitavam pás de terra sobre a vegetação miúda para o abafar; aqueles abriam arrifes à enxada tentando atalhar-lhe a marcha de todas as formas possíveis.
     Daqui como se despegavam chamas para ir levar o incêndio muitos metros além, cercando por vezes os homens com tal surpresa que dificilmente saíam ilesos.

    São tão rápidos estes saltos do fogo, tão caprichosas e vivas as voltas que ele dá, que nem aos bichos que vivem acoitados na floresta lhes vale o instinto e a agilidade para escaparem.
      Raposas, coelhos, lebres, cobras, ouriços, texugos, parecem todos tomados de loucura e, na sua fuga, esbarram nos homens, metem-se debaixo das enxadas e dos machados, caem carbonizados dos matagais ardentes! As próprias aves, como as rolas — as pobrezinhas! — nem se desenvecilham num voo alto por entre os pinheiros espessos a tempo de se salvar.
    Também se lhes encontram os restos nas cinzas do imenso braseiro.

    Mas a fase culminante da batalha é o contrafogo. Abre-se um aceiro largo. Lança-se lumo, bem entendido, do lado onde lavra o incêndio. Este novo fogo vai ao encontro do outro.
     Avançam ambos velozes, rosnam cóleras tremendas, chocam-se com estranho estampido e ambos expiram numa explosão medonha, indo as últimas línguas de fogo e rolos de fumo desfazer-se bem alto na atmosfera.

    Segue-se então brusco um silêncio de morte. Se o mar encrespado, bramindo furioso, se estagnasse de súbito num lago dormente, não nos chocaria mais brutal impressão de contraste. Até o vento se acalmou.
     A forte exclamação de vitória, de alívio, saiu uníssona de tantas bocas, sucedeu o arfar surdo do cansaço e o sorvo ansioso de muitos cântaros de água, atirando-se toda essa gente, extenuadíssima, para o chão, onde não andara o lume, e contemplando com os olhos embaciados de água tão hediondo quadro de devastação.

    E o que iria talvez a essa hora, de remorso no espírito dos bárbaros incendiários ao contemplarem, sabe Deus de onde, os horrorosos efeitos da sua obra nefasta? Daí…
    Ou Nero mandasse deitar, ou não, fogo a Roma para deliciar a sua alma negra com os horrores de tão estranho espetáculo; o que é facto é que ele pôs-se, todo enlevado, a entoar ao som da lira um hino ao célebre incêndio de Tróia!”