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10.5.12

ALFRED MUSSET e GEORGE SAND

O amor tudo perdoa ? Não parece ser o caso da tempestuosa relação de Alfred de Musset e George Sand. 

 Ele escreveu 

 : " Estou perdido, bem vês, sufocado, inundado de amor; já não sei se vivo, se como, se ando, se respiro, se falo. Sei que te amo."


Alfred de Musset
Campa de Alfred de Musset. Cemitério de Perelachaise


   E ela respondeu.

 " O que é que eu te fiz, insensato, para que venhas despedaçar tudo na minha alma, a minha confiança em ti e em mim própria ? Consumei o meu suicídio no dia em que acreditei poder salvar-te por meio da amizade. "

George Sand
George Sand nasceu no n°15 da rua Meslay, no dia 1 de julho de 1804. Era filha de Maurice e Sofia Dupin. Seu pai faleceu após uma queda de cavalo, quando acompanhava o príncipe Murat em campanhas armadas. Amandine é então mandada para Nohant, aos cuidados de sua avó, Marie-Aurore de Saxe.


 Alfred de Musset nasceu em Paris, filho de Victor-Donatien de Musset-Pathay e de sua mulher Edmée Guyot-Desherbiers, uma família culta e equilibrada, desde há longa data ligada às letras. O seu avô fora poeta e o seu pai, também escritor de mérito, mantinha uma relação estreita com Jean-Jacques Rousseau, cujas obras editava. Por esta via, Rousseau exerceu uma grande influência sobre o jovem poeta, em cuja obra recebe diversas homenagens, enquanto atacava violentamente Voltaire, o grande adversário de Rousseau.


A polémica e os comentários despertados pela sua célebre relação amorosa entre Musset e George Sand, que durou entre 1833 e 1835, levou a que escrevesse a novela autobiográfica La Confession d'un Enfant du Siècle, a que ela ripostou com Elle et lui, recontando a história do seu ponto de vista. Esta obra de Sand, publicada em 1859, não foi bem recebida pelos admiradores de Musset, em particular por Paul de Musset, o irmão do visado, que a parodiou seis meses mais tarde com a obra Lui et Elle.
Sobre esta relação têm sido publicadas diversas obras, entre as quais Les Amants de Venise, George Sand et Musset de Charles Maurras (1902), que leva a cabo um aturado estudo do envolvimento amoroso e do relacionamento intelectual entre eles.