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31.7.11

GRUTAS DO POÇO VELHO. CASCAIS

A ENTRADA PARA O MONUMENTO NATURAL ( Foto de J.P.L. Julho de 2011 )
      Cascais já era um povoado conhecido no tempo em que os romanos dominaram a Península Ibérica Chamavam-lhe então Cascale.
 Talvez abrigasse  um " Castro ", uma praia de pescadores , " vilas " de luxo para uso dos patrícios.


GRUTAS DO POÇO VELHO. ENCERRADAS E PROTEGIDAS POR GRADEAMENTO ( Foto de J.P.L. )               


   
Nada se sabe ao certo da origem de Cascais.

 Mas é de supor que o seu chão seja um antigo solo histórico em que as citânias se sobrepuseram às citâneas.

 O significado integral das grutas do Poço Velho ainda não foi inteiramente compreendido

   Mesmo no coração de Cascais, nos terrenos vizinhos da estação ferroviária, numa barreira ao fundo do jardim do visconde da Luz, abrem-se as três bocarras dessas grutas.
 Local acessível, fácil de ver. 
As grutas, cujas cavernas são obra da Natureza, serviram de cemitério a uma desaparecida humanidade- -milenária , decerto então residente no termo de Cascais ,mas cuja recordação se perdeu no grande tempo sem contagem.
 Pode supor-se que as suas cavernas de vivos vizinhassem com as dos mortos.
 Pode fantasiar-se que há cinco mil anos já existia um aglomerado humano no solo da vila histórica, e tão estuante de paixões e vaidades como todos os aglomerados humanos - sobre cujos vestígios se ergueram sucessivamente a Cascale romana, a aldeia mosárabe, a vila dos pescadores medievos , a antiga povoação da cidadela, e a urbe aristocrática que foi a praia querida dos nossos últimos reis.

Sobre as barreiras ocas dessas cavernas tumulares do homem primitivo erguem-se agora alguns prédios da moderna Cascais.

    Já em 1879 as furnas do Poço Velho tinham sido exploradas pelo geólogo Carlos Ribeiro. o espólio que deram, rico em elementos de estudo  - machados de pedra polida, cilindros de calcáreo, setas e facas de sílex, vasilhas de cerâmica, objectos de osso, contas de colar,placas de xisto gravadas, um crescente lunar em calcáreo, ossos humanos e de vários animais domésticos que ainda hoje servem a humanidade  - encontra-se actualmente num museu e tem sido observado por vários arqueólogos.

 Ultimamente, o arqueólogo Afonso do Paço estudou detidamente todas essas peças, fotografou-as, relacionou-as, comentou-as, e publicou num livro o resultado dos seus trabalhos de investigação sobre as relíquias deixadas pelos homens que habitaram, talvez com prioridade, essa terra de Cascais, a via maravilhosa da Costa do Sol. *
 
* Do livro de  Branca de Gonta Colaço e Maria Archer
                      " Memórias da Linha de Cascais "
                       Publicação do ano de 1943 .                                      

30.7.11

CARLOS PAIÃO



                                        Vou contar-vos uma história que não me sai da memória.
                                        Foi para mim uma vitória nesta era espacial.
                                         Outro dia estremeci, quando abri a porta e vi
                                         Um grandessíssimo O.V.N.I. pousado no meu quintal.

                                         Fui logo bater à porta. Veio uma figura torta, eu disse:
                                       " Se não se importa poderia ir-se embora ? "
                                         Tenho esta roupa a secar e ainda se vai sujar
                                         Se essa coisa aí ficar a deitar fumo pra fora.

                                         O senhor extraterrestre viu-se um pouco atrapalhado.
                                         Quis falar mas disse " pi " estava mal sintonizado.
                                          Mexeu lá no botão e pode contar-me, então,
                                          Que tinha sido multado por o terem apanhado sem carta de                                                      condução.

                                          O senhor desculpe lá. Não quero passar por má,
                                          Pois você aonde está não me adianta nem me atrasa.
                                          O pior é a vizinha que parece que adivinha.
                                          Quando vir que estou sózinha com um estranho em minha casa.

                                           Mas já que está aí de pé, venha tomar um café.
                                           Faz-me pena pois você nem tem cara de ser mau.
                                           Eu queria saber, também, se na terra donde vem
                                           Não conhece lá ninguém que me arranje bacalhau



                                                                                  
                                            O senhor extraterrestre viu-se um pouco atrapalhado.
                                            Quis falar mas disse " pi " estava mal sintonizado.
                                            Mexeu lá no botão, disse para me pôr a pau
                                            Pois na terra donde vinha nem há cheiro de sardinha
                                            Quanto mais de bacalhau.

                                            Conte agora novidades. É casado ? Tem saudades ?
                                            Já tem filhos ? De que idades ? Só um ? A quem é que sai ?
                                            Tem retratos, com certeza. Mostre lá, ai que riqueza !
                                            Não é mesmo uma beleza ? Tão gordinho, sai ao pai.

                                            Já está de chaves na mão ? Vai voltar para o avião ?
                                            Espere que já ali estão umas sandes pra viagem.
                                            E vista também aquela camisinha de flanela,
                                             Para quando abrir a janela não se constipar co'aragem.

                                            O senhor extraterrestre viu-se um pouco atrapalhado.
                                            Quis falar mas disse " pi " estava mal sintonizado.
                                            Mexeu lá no botão e pôde-me dizer então
                                            Que quer que eu vá visitá-lo, que acha graça
                                             Quando eu falo.Ou ao menos para escrever.

                                            O senhor extraterrestre viu-se um pouco atrapalhado.
                                            Quis falar mas disse " pi " estava mal sintonizado.
                                            Mexeu lá no botão só pra dizer
                                            " Deus lhe pague "

                                            Eu dei-lhe um copo de vinho e lá foi no seu caminho
                                            Que era um pouco em ziguezague.  ( * )
                                                                                                    

                 ( * ) De autoria do falecido Carlos Paião .
                              Interpretação do grupo MESA.                          
              


Cumprem-se no dia 26 de agosto 30 anos sobre a morte de Carlos Paião, NUM ACIDENTE NA EN 1, quando vinha a caminho das festas de Penalva do Castelo.
Corria o ano de 1988. Mês de agosto. Mês de todas as festas em todos os lugares. Mês de grande azáfama, potenciada pelos emigrantes que se deslocavam anualmente à sua terra natal, como, afinal, ainda agora fazem. Era sexta-feira, não 13 mas 26 de agosto, dia após o terrível incêndio do Chiado, em Lisboa.

Carlos Paião, o médico, sobretudo o cantor e compositor, vinha por aí acima. Rumava às festas de Penalva do Castelo onde nessa noite iria efetuar mais um concerto, dos muitos que já carregava no currículo. Em agosto era sempre assim, era mês de concertos quase diários por todo o país e Carlos Paião era dos artistas mais solicitados por terras de Portugal, de lés a lés.

Porém, na nacional 1, nas imediações de Rio Maior, o sonho de um dos maiores compositores e letristas portugueses e também intérprete, encontrou a morte, de frente, num camião que seguia em sentido contrário.

Jorge Esteves, o condutor da viatura Datsun Urvan, que sobreviveu ao acidente, contou à revista Sábado, em 2017, que os seus dois colegas, ambos declarados mortos no local, iam a dormir e que ele de nada se lembra a não ser que “estava sentado no alcatrão, a acordar, com um monte de pernas à minha volta”, tendo sido transportado para o hospital com graves ferimentos.

Jorge Esteves soube da morte dos seus companheiros de viagem bem depois.

Em Penalva do Castelo, onde no próximo fim de semana vão ter lugar as festas do concelho, de 2018, festas em torno de São Genésio, que se comemora a 25 de julho, Carlos Paião ainda hoje é recordado.
Não há ninguém, acima dos 50 anos, das muitas pessoas com quem contactámos, que não se recorde desse dia. E lembram-se com tristeza dessa fatídica sexta-feira.

Nessa noite, em 1988, o palco em Penalva do Castelo, esse, ficou vazio. Carlos Paião que ali haveria de subir para interpretar as suas inúmeras cantigas (Playback, Pó de arroz, Cinderela, Vinho do Porto, Os namorados..) que faziam parte do seu reportório, havia partido para outro palco.



  1. Carlos Paião

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Carlos Paião
    Informação geral
    Nome completo Carlos Manuel Marques Paião
    Nascimento 1 de novembro de 1957
    Origem Coimbra
    País Portugal Portugal
    Morte 26 de agosto de 1988 (30 anos)
    Género(s) Pop, Rock
    Instrumento(s) Voz, Piano
    Período em atividade 1978 - 1988


    Carlos Manuel de Marques Paião (Coimbra, 1 de novembro de 1957 — Rio Maior, 26 de agosto de 1988) foi um cantor e compositor português. Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Lisboa (1983), acabando por se dedicar exclusivamente à música.

29.7.11

DE MÃE PARA FILHO !


  Pois meu filho é assim a vida. 

Olha cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas.

 Como tinha ficado de te enviar a fotografia do teu primo aquando do dia de festa cá da terra aí a tens.

 

 ... A festa foi bonita.

Houve um concurso de porcos. 

Foi pena não estares cá .
  Tinhas ganho de certeza.

 Olha fiz-te uma camisa nova com as velhas de teu pai.

 O teu pai caiu na tina de vinho.
 Foi um castigo para o tirar de lá, empurrava todos e dizia para o deixarem sózinho, até parecia o teu tio quando caiu no depósito da cerveja lá na fábrica onde trabalha. 

 Não se deixava tirar e gritava por tremoços. 

Já se vê. 

É da família estes desastres.

 Vou acabar dizendo-te a pena que tenho de te não enviar os vinte euros dentro da carta, como pediste, mas quando me lembrei disso já tinha fechado o envelope.

 Beijinhos de todos.

 Menos do teu irmão que bateu com a cara no muro quando corria a apanhar caracóis.

 

28.7.11

POBRES




                                                             Sonhei que...

 ... O que me espera nos próximos dias meses e anos. 
Imagino uma situação deveras tranquila refastelado sob a sombra de alguma árvore se for Verão, ou, ao calor do fogo, se for Inverno.

 Se a Primavera for a estação eis-me a passear por este país maravilhoso , se for Outono, que bom o cheirinho das castanhas assadas.

 Mereço este bem estar pois à semelhança dos meus patrícios dediquei uma vida ao trabalho contribuindo com os meus descontos para esta reforma tida sempre como garantida, o que se confirmou ser verdade.

  Receio uma qualquer dor ou mal estar físico, claro está, mas, enfim se houver necessidade tenho a segurança social ao meu dispor.

 Tenho visto grupos de idosos como eu que partem em excursões pelo país e pelo estrangeiro fomentadas e incentivadas pelo Estado forma gentil de retribuir todos os sacrifícios que lhe dedicaram ao longo de uma vida útil.

 Ainda bem que é assim em quase toda a Europa. 

Eu estou tentado a aceitar um desses convites porém, e, graças a este mesmo Estado que tanto nos ajuda a todos, ando a poupar uma parte substancial da reforma afim de efectivar um cruzeiro por  esse Mundo embora a assistência à velhice ache isso desnecessário pois no fim acabamos todos por visitar o mesmo.

 Quem diria que quando se construiram diversas infra-estruturas auto estradas, pontes e barragens.

 Se melhoraram  aeroportos, vias férreas etc. com os empréstimos da União Europeia seria tão cómodo o seu pagamento e que bom sentir as gerações vindouras gratas aos políticos deste tempo.

 Sinto-me tão feliz !

 Obrigado meu Portugal pelos brilhantes filhos que criaste.

    Em conclusão do meu raciocínio edito esta foto para realçar e agradecer à Classe Política  que sempre nos tem governado o nunca permitir que cenas destas ou outras semelhantes que decerto deverão existir no estrangeiro fossem possíveis por cá.

 Ainda bem.

 Benditos sejam durante muitas e muitas gerações. 

Continuarei a votar sempre convicto de contribuir para o bem estar geral independente do partido que for eleito. 

A abstenção é tão baixa o que prova a nossa confiança nos deputados ou presidente, pois todos têm dado sobejas provas de só se preocuparem com o nosso bem estar.

 A não ser assim como é que nós portugueses temos tão pouco desemprego e até se diz que só não trabalha quem não quer.

 Vou-me deitar não sem antes lembrar o passeio que acabei de dar pelas ruas aqui da vila. 

Tanta gente, tanta alegria e que sensação de segurança transmite ver um cívico ou como é mais usual dizer, um agente da polícia  passar por mim e cumprimentar com um sorriso.... ( 1 )



 ( 1 )  -  "  Aqui soprei a vela e adormeci enrolado num cobertor frio. A fome fizera-me acordar deste sonho para a realidade. "

Origem do texto. Algures na Internet                                                           

26.7.11

O MAIOR RESERVATÓRIO DE ÁGUA DO UNIVERSO



    Uma boa notícia...para variar.
                                   
     Segundo li em 24  -07 -2011 ; " Duas equipas de astrónomos  lideradas por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, descobriram o maior e mais distante reservatório de água alguma vez encontrado no universo.

     Localizada a 12 mil milhões de anos luz  ( o que  significa que as imagens são de uma altura em que o universo tinha só 1,6 mil mil milhões de anos ) a massa de vapor de água é 140 biliões de vezes superior `a quantidade de água de todos os oceanos da Terra.


           A 12 mil milhões de anos luz .Água em quantidade de 140 biliões de vezes superior à   existente nos nossos mares.

       A massa de água encontra-se à volta de um quasar, um dos objectos mais brilhantes do universo  "

Então sendo assim e considerando a velocidade da luz ( 300.000 km / segundo ) algo como 7 minutos do Sol à Terra, será que ainda lá estará hoje ?  Como dizia um ex dirigente político cá na urbe " é fazer as contas "!
 De qualquer das formas não deixa de ser animador confirmar, na prática a teoria de que, onde há água há vida.
 Pena é que nunca, neste caso, a humanidade em termos técnicos e materiais jamais lá possa ir e voltar para contar o que viu.
 Decerto haverá  " algo " mais perto.
 Aguardemos pois.
 Será que algum ser, desse imenso cosmos nos dará uma dica ?
  Andará por aí, com essa vontade ?
 Gostava tanto de saber o que se esconde sob a capa do desconhecido!  ?

                                                   

PETRARCA E LAURA



                                                  
    PETRARCA  e LAURA.

              São poucos os dados que a história nos reserva acerca dos amores de Petrarca e Laura.


Petrarca e Laura  ( Século  X I V  )  






       Sabe-se que o celebrado poeta e pensador italiano, nascido no ano de 1304, viu pela primeira vez a sua amada numa Sexta - Feira  Santa, durante os sagrados ofícios, na igreja de Santa Clara de Avinhão.
      Concebeu uma paixão imensa e aliás impossível, pois não era livre a dama tão loucamente amada. Não obstante, Petrarca dedicou a vida inteira a cantar aquele grande Amor. Quando Laura morreu, vítima da peste que assolou a cidade de Avinhão, escreveu Petrarca uma poesia maravilhosa: " In morte de Madona Laura ". E quis recolher a um convento.
     Tal passo não lhe foi permitido, porém, por seus parentes e amigos. De Petrarca são os belos versos que bendizem o instante em que conheceu a Amada.

                     
Bendito seja o ano, o sítio, o dia,
     A estação, o lugar,o mês, a hora calma
    E o país em que seu encantador olhar
        Se encandeou na minha alma...

                                            
 
Francesco Petrarca foi um intelectual, poeta e humanista italiano, famoso, principalmente, devido ao seu romanceiro. Aperfeiçoou o soneto, um tipo de poema composto de 14 versos cuja invenção é atribuída a Jacopo da Lentini. Foi baseado no trabalho de Petrarca que Pietro Bembo, no século XVI, criou o modelo para o italiano moderno, mais tarde adotado pela Accademia della Crusca.

25.7.11

HERANÇA DO HOMEM RICO

                   
                     Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e pena , e escreveu assim :
Ver a imagem de origem


                                                            
 " Deixo todos os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada  para os pobres ".

                        Não teve tempo de pontuar e morreu.
                                                 
                           A quem deixa ele a fortuna ?
                                                 
                         Eram quatro os concorrentes.

     Chegou o sobrinho e fez as pontuações numa cópia do bilhete:

    " Deixo todos os meus bens à minha irmã ?  Não.

    A meu sobrinho.


      Jamais será paga a conta do alfaiate.  Nada  para os pobres. 

     A irmã do morto, chegou em seguida, com outra cópia do escrito e fez as pontuações deste modo:


      " Deixo todos os meus bens à minha irmã.

         Não a meu sobrinho.
        Jamais será paga a conta do alfaiate.  Nada  para os pobres."

    Surgiu o alfaiate, que pedindo cópia do original, fez estas pontuações:

     " Deixo todos os meus bens a minha irmã ? Não.  A meu sobrinho ?
        Jamais.

   Será paga a conta do alfaiate .
   Nada  para os pobres. "


  O Juíz estudava o caso quando chegaram os pobres da cidade e um deles mais sabido, tomando de outra cópia, pontuou assim


    " Deixo todos os meus bens a minha irmã ?
   Não. 
   A meu sobrinho ?
   Jamais. 
  Será paga a conta do alfaiate ?  Nada.
  
 Para os pobres. 

22.7.11

VISITA HOSPITALAR ( reflexões )

São o dia a dia de muitos de nós todas estas adversidades  sociais e  por vezes familiares.

 Poderia chamar-lhe de custo de vida mas isso já engloba outras reflexões. 
Para o caso em apreço, a minha experiência diária obriga a olhar cada dia que passa como 24 horas de incertezas, considerando até o sono pois nada me garante um descanso sem interrupções seja as que proveem do exterior ou seja ;  veículos , vento , animais etc... ou, até, um sonho agitado.
 O facto é que, quando acordo, parece que não descansei o suficiente e sei que dificilmente compensarei o corpo e o espírito dessas más jornadas. 
Há-de haver sempre algo que perturbará uma ou outra eventual sequência de horas mais ou menos sossegadas.
 Depois tenho notado que, não vivendo numa ilha, tenho solicitações familiares a que devo assistir em colaboração despreocupada mas que acarretam sempre, para o espírito, mais umas cargas a livrar em vãs tentativas no tal futuro que chega.
 Isto sucede comigo e só de mim escrevo. Acredito e sei de algumas pessoas a quem o destino, ou lá o que lhe queiram chamar, bem que gostariam de estar no meu lugar.
 Afinal de que me queixo ?

HOSPITAL DR: ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA OU O NOVO HOSPITAL DE CASCAIS ( Foto de J.P.L. Julho de 2011 )

    Assim é a natureza humana.
 Eternos insatisfeitos e nunca de bem com o que temos.
 Experimentar visitar alguma unidade de saúde talvez constitua uma boa terapêutica.
 Apenas como visitante, pois ninguém pode afirmar ao observar tanto infortúnio que " dessa água não beberei " .
 Ao referir isto saliento o maior respeito que me devem tais instituições e seus colaboradores, é claro, apenas as citei para que olhando para mim senti uma íntima satisfação por não estar no lugar daqueles  que ali se encontram lutando pela saúde do corpo, porque da alma,  a solução segue outras vias.
 Agora resta saber até quando.
 Bem que gostaria como quase todos nós, decerto, que ao chegar o fim da  " caminhada " pudesse encontrar a serenidade mental e física em que primassem pela ausência o esquecimento e a dor.
 A chamada " morte súbita ". 
Seja como for também ninguém se acha preparado para tal. 
A vida custa a todos  diz-se  conotando-a com o custo social e material.
 Mas há outra vida bem mais custosa quando falta a saúde.
 É disso que me lembrei ao ir hoje ao hospital visitar um familiar.
 Todos sofremos.

21.7.11

MUROS E MAR



   Importante é de facto estar de bem com o nosso modo de vida  e estar inclinado a acreditar nisso.. No entanto tal não será o parecer de todos, ou de cada um, até porque andamos sempre em busca da chamada vida melhor.
 Natural e louvável atitude mas que esbarra,  quer queiramos quer não,  de encontro a " muros " erguidos por outros que, como nós, os   " edificaram " afim de atingirem semelhantes objectivos ou seja, estarem bem com o mal dos outros. 
Sempre assim foi e sempre assim será. 
Haverá forma de contornar isto e, quando se consegue, resulta então no ponto de vista contrário sermos nós os causadores do mal estar daqueles outros.
 Surge daqui esta constante corrida que vemos em volta e em que também somos atletas.
 Corrida contra o tempo!  


MAR DO GUINCHO  ( Foto de J.P.L. Julho de 2011 )
                                           A natureza parece ser igual ou agir igual. 
Ainda agora ouço o vento em nortada furiosa e fria a maltratar tudo deste litoral de Cascais.
 Que terá de útil  ?
 Presentemente nada, direi, seja de noite ou de dia.
  Errado ! 
Dirão alguns.
 Então e os desportos dele dependentes. e a limpeza da atmosfera. No entanto para quem desejava um Verão de esplanada está insatisfeito. 
Parece que dentro de oito dias   vai estar um calor abrasador cá por esta região. Se assim for lá estaremos de novo com razões de queixa, mas isto é a natureza e temos de agir em conformidade.

 Faço por vezes a mim mesmo a pergunta sobre o que será " o trabalho, "  " que profissão terão, "  " que tempo têm,  "os meus conterrâneos que justifique estarem as nossas estradas sempre repletas de trânsito seja a que horas for e todos os dias do ano. Se chove os centros comerciais estão cheios. Se faz sol estão as praias.
 Para ver isto é porque lá ando e tenho tempo, também, claro.
 Mas não é todos os dias ( com muita pena minha ) .
 Já disse um pouco do que penso acerca de bem estar connosco próprios convicto de que para tal se concluir com  algum sucesso  tenho de  " ter tempo " e " estar bem " dentro do " sistema " em  permanente risco de ir contra o " muro ", como vou de vez em quando, e erguer também eu o meu  para outros nele baterem. 
Mas... sempre há o mar ! 

17.7.11

HOMENS & DEUSES

   
  OS HOMENS SÃO OS DEUSES ?
 
 Imaginemos o seguinte cenário;

 Esgotadas as hipóteses de vida num qualquer recanto desse universo uma forma de vida, inteligente, detentora de avançada tecnologia com a qual domina as viagens interplanetárias encontra-se forçada a imigrar.
 Ou então imaginemos algo semelhante ao que nos levou a nós portugueses de quinhentos a entrar nas naus do Cabral ou do Gama.
 Chegamos de súbito a um local não préviamente anunciado, decerto, por um grito de " terra à vista " mas algo parecido.
 Com cautelas enviamos uma " jangada " ou  " nave " de reconhecimento. 
De lá respondem ser impossível o desembarque por tal local estar infestado de vida agressiva dizendo o emissário algo como " Acho que são carnívoros até..."  ou então " São os indígenas parecidos com alguns de nós mas " atrasados " milhares de anos. 
 Ordem imediata de regresso às origens, naus ou naves.
  Debates acesos e controvérsias várias mas finalmente uma conclusão ou melhor duas.


Foto gentilmente cedida por JOMY TOYS  & COLLECTIBLES
                                                    

   A ) No 1º caso e como as formas de vida são hostis capturemos algum A.D.N. e elimine-se de imediato todas os restantes de forma a que possamos criar condições para a nossa espécie. Fogo neles já !

Assim se fez e, assim se eliminou aqueles a que, quem sabe, os descendentes destes primeiros colonizadores milénios mais tarde, optaram por classificar de fósseis chamados por ex:   Dinossaurios ou dinossauros.

 Para mim o que me intriga é onde foi parar o chamado " elo perdido " se considerar estas conjecturas como absurdas e nós sermos meros descendentes de símios.

   B ) No 2º caso vamos evitar alertar os indígenas deixando por lá a nossa semente chamem eles depois o que lhes quiserem chamar.
 Que tal Adão e Eva ?

 Bom ...mas aproveitemos para prosseguir a nossa viagem pelo cosmos na certeza que por aqui passaremos, dentro de alguns anos, deixando entretanto a natureza fazer o seu trabalho evolutivo, trabalho esse que seguiremos à distância afim de sabermos, quiçá, como foi a nossa evolução.

   À cautela visitaremos este recanto da galáxia mas evitando contactos, pois se os houver decerto ser-nos-ão nefastos. 
Afinal são " nossos filhos ." 

A seu tempo falaremos com eles logo que o seu estádio evolutivo seja tal que constitua um risco, para eles e para o Planeta. Em suma colonizemo-los não deixando de os avisar de certos perigos. Crescei e multiplicai-vos etc...etc...!

  Esta é uma das muitas leituras que me levam a reflexões acerca de certos mistérios desde o desaparecimento súbito de toda a fauna e flora acerca de 65 milhões de anos, o tal impacto do asteróide.
 E também o que seriam os deuses?

 Astronautas ?

 Se não o que eram então?

Vou continuar a procurar as respostas entre o Céu e a Terra.

 Tenho mais e mais teorias e como estou em casa posso falar à vontade sem sentir  o dever de em " Roma ser  romano. "

  No entanto admito até uma coisa tão abstracta como as respostas a quiasquer perguntas formuladas serem o simples. "

 Sei lá...foi Deus ; 

  deus ;... !!??? " 

   Até quando.    


16.7.11

MONUMENTO A IBN MUCANA

Ibne Mucana. Natural de Alcabideche, Abu Zeide Abdarramão Ibne Mucana, Al - Qabdeq Al - Isbuni, é o primeiro homem ilustre do território ocupado pelo actual munícipio cascalense.

   Viveu no século XI, durante os reinos das Taifas do domínio árabe.

 Nasceu nos primeiros anos desse século ou nos últimos do anterior, época de grandes alterações mundiais, e morreu em Alcabideche nos finais do século, quando a reconquista cristã ganhava terreno aos Agarenos, atravéz das expedições de Afonso VI de Leão, num período anterior à existência de Cascais e, até, de Portugal.


BONITO ENQUADRAMENTO ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )


... Celebrizou-se Ibn Mucana na Poesia. ( ... ) Quando recita o derradeiro poema, encontrava-se assentado num valado, a olhar para os lavradores que laboravam um dos campos de Alcabideche, acompanhado por um antigo conhecido que o encontrara a roçar silvas com uma foice e, mais tarde, descreveu a Ibn Baçade. O encontro transmitiu-lhe a poesia preferida, que este transcreve na " Adaquira " sendo esta a compilação que fez de todos os poetas árabes da Andaluzia. 
                                               

IBN MUCANA MEMORIAL ( Foto de J.P.L. Julho 2011 )
                

Tipo imóvel:
Arte Pública

Nº imóvel:
5209

Designação:
Monumento a Ibn Mucana

Descrição:
 
Monumento de homenagem a Ibn Mucana (Abu Zayd 'Abd ar-Rahman ibn Muqãna), poeta que viveu durante o século XI, natural de Alcabideche (Al-Qabdaq) e que, segundo alguns biógrafos, seria de origem muladi ou moçarabe. Foi o primeiro que referiu a existência dos moinhos de vento na Europa. É composto por uma laje comemorativa e por duas grandes pedras colocadas na vertical. O monumento é de autoria do mestre António Duarte. A homenagem ao poeta ocorreu em 1965 durante a realização, em Cascais, da primeira reunião internacional de molinólogos - o Simpósio de Molinologia.Inaugurado quando ainda beneficiava de um idílico cenário campestre do qual sobressaíam dois dos mais antigos moinhos de vento peninsulares, e que ainda se situam a Norte, o monumento corporifica, de algum modo, a herança da cultura árabe na região.
                                                                                                            
                                     
                                     POEMA DE ALCABIDECHE

            

Ó tu que habitas Alcabideche! Oxalá nunca te faltem
cereais para semear, nem cebolas nem abóboras
Se és homem decidido precisas de um moinho
que trabalhe com as nuvens sem dependeres dos regatos.

Quando o ano é bom a terra de Alcabideche
não vai além das vinte cargas de cereais.
Se rende mais, então sucedem-se,
ininterruptamente e em grupos compactos,
os javalis dos descampados.

Alcabideche pouco tem do que é bom e útil.
como eu próprio quase surdo como sabes.
Deixei os reis cobertos com os seus mantos
e renunciei a acompanhá-los nos cortejos…
Eis-me em Alcabideche colhendo silvas com uma podoa ágil e cortante.

Se te disserem: gostas deste trabalho?, responde; sim.
O amor da liberdade é o timbre de um carácter nobre.
Tão bem me governam o amor e os
benefícios de Abu Bacre Almofadar
que parti para um campo primaveril.

15.7.11

ROMEU E JULIETA

  
Verona


 Na pitoresca cidade de Verona, em Itália, era notória a rivalidade das famílias Montesco e Capuleto.
   Contudo, e apesar do ódio secular, brotou de súbito entre Julieta Capuleto e Romeu Montesco, qual estranha flor de luz celeste, uma paixão louca. Paixão esta que teve de ser oculta e dissimulada ante a férrea oposição dos respectivos parentes. Tratando de se tornar livre para poder unir-se ao seu amado, recorre Julieta ao ardil de beber um licor que lhe dá aparência de morta.

                                                             
ROMEU E JULIETA DA NATUREZA  ( Foto de J.P.L. Julho de 2011 )
                                                                      
   Ignorando Romeu o ardil e supondo morta a sua adorada, toma um veneno afim de pôr termo à existência que, sem Julieta, lhe transforma em suplício do inferno a Vida.
   Quando ao voltar a si Julieta encontra o cadáver de Romeu, chama desesperada. E beijando seus lábios, com o próprio punhal do ente amado atravessa o peito, exclamando;

                                             " Doce ferro dá descanso ao meu coração ! "  

     Com esta tragédia, William Shakespeare imortalizou os dois jovens apaixonados, eternizando-os para a posteridade como símbolo de indissolúvel Amor.

               
Romeu e Julieta é uma tragédia escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira literária de William Shakespeare, sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra. A peça ficou entre as mais populares na época de Shakespeare e, ao lado de Hamlet, é uma das suas obras mais levadas aos palcos do mundo inteiro. Hoje, o relacionamento dos dois jovens é considerado como o arquétipo do amor juvenil.
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  • Autor: William Shakespeare
  • Primeira publicação: 1597
  • Personagens: Julieta Capuleto · Romeu Montecchio · Mercúcio · Teobaldo · Benvólio · A Ama · Frei Lourenço · Páris · Rosalina
  • Adaptações: Romeu e Julieta (1996) · Romeu e Julieta (1968) · West Side Story (1957) · Romeu e Julieta (2013) · Romeu e Julieta
  • Géneros: Tragédia · Peça teatral
  • Língua original: Língua inglesa

14.7.11

A ORIGEM DO NOME CASCAIS

CONCELHO DE CASCAIS  ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
 
A imagem do que se ama é como a nossa sombra. Segue-nos sempre.

    Não é possível encontrar uma certeza etimológica do topónimo Cascais.
 Defendem alguns a origem romana proveniente de Cascales.
 Outras pessoas pelo contrário afirmam derivar de Encascar, verbo que teria derivado d'os primeiros habitantes, homens do mar, ao lançarem as redes as envolviam em folhas de aroeira, as quais ficavam de molho em tinas ou talhas grandes a que chamavam casqueiros.
 Dizem que, de tanto perguntarem uns aos outros se " já encascaste ? "  daí derivou o nome.

 Eu não creio nesta hipótese muito simplesmente porque a aroeira é árvore exótica e de origem tropical
.
   Dizem outros se  " Não seriam os rochedos da beira mar aqueles cascões enormes de que o litoral cascaense é fértil a origem do nome ? "

   Seria o substantivo cascal  um montão de conchas e restos calcáreos de crustáceos a origem quando com eles se depararam os nossos de antanho ?
 
    Assim sendo a origem das palavras  Cascais, tal como talvez Lisboa, constituam um caso para os etimologistas procurarem certezas que, até ao presente, permanecem como a nossa serra de Sintra está por vezes. 
Envolta em neblina.

 Pelo meu lado bem que gostaria de poder afirmar, sem dúvida, o que quer que fosse deste assunto. Não o faço pois decerto haverá muitas outras pessoas bem mais esclarecidas para isso.

   Mas que gostaria de saber, muito sinceramente gostaria.

 Pois se este recanto do Mundo já era habitado na pré - história conforme disso temos concludentes provas !



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Mapa
© 2020 HERECascais
 Cascais  é uma vila portuguesa, sede do município homónimo, o qual é parte do distrito e da área metropolitana de Lisboa. Em 2016, totalizava 210 889 habitantes distribuídos por uma área de 97,40 km². O município subdivide-se em quatro freguesias. Apesar do seu estatuto de vila, possui uma população que supera as das cidades do Seixal, Alverca, Póvoa, Loures, Sacavém, Vila Franca de Xira e Costa da Caparica, tendo sido a quarta vila mais populosa da Área Metropolitana de Lisboa