Sim, as evidências recolhidas aos longo das
últimas sete décadas, mostram claramente que o fenómeno ovni (na
atualidade e mais corretamente, UAP), não é ficção científica, não se
trata de alucinações, ilusões de óptica, balões ou do planeta Vénus.
Sim, também em Portugal há vários casos, alguns envolvendo a Força
Aérea, inclusive um dos seus Chefes de Estado-Maior. Casos bem estudados
e documentados, por uma equipa multidisciplinar com mais de 50 anos de
experiência e investigação do assunto, e bem reconhecida no estrangeiro.
Sim, o tema é complexo, e tem deixado parte da comunidade científica com muito mais perguntas do que respostas.
Nos últimos anos tem-se vivido um crescendo no que toca à abordagem do
fenómeno, e para que o leitor possa entender a dimensão do assunto,
iremos apresentar um resumo dos acontecimentos mais relevantes:
Começando pela publicação do artigo “Glowing Auras and Black Money”
no New York Times, a 16 de Dezembro de 2017, o qual abriu uma caixa de
pandora, ao ter exposto a existência do Programa Avançado de
Identificação de Ameaças Aeroespaciais no Pentágono.
Desde aí assistimos a uma série de pilotos da Marinha dos EUA a
relatarem episódios de encontros com UAP’s, assistimos também à própria
Marinha a rever os procedimentos de reporte de observações, ao que se
sucederam inúmeras audições à porta fechada, com membros do Congresso do
Senado Norte-Americano a exigirem saber mais informações sobre as
observações relatadas, mas também sobre o destino do dinheiro aprovado
para o funcionamento do referido Programa.
Entretanto, atuais e antigos diretores das diversas agências de
inteligência desdobraram-se em entrevistas a pedir maior transparência
por parte do Pentágono.
Em 2020, o Congresso aprovou a criação de uma Task Force para estudar o
fenómeno UAP, incluída no orçamento do Departamento de Defesa,
obrigando-a a apresentar relatórios periódicos.
A 25 de Junho 2021, foi apresentado um primeiro relatório, com a análise
de 144 casos, ocorridos entre 2004 e 2021, dos quais apenas um era
devidamente explicado. Os restantes 143 ficaram sem resposta, entre os
quais havendo indicação de mais de uma dezena de quase colisões com
estes fenómenos, e outros tantos com demonstração de comportamentos que
desafiavam o atual conhecimento das leis da Física.
A partir daí, novas audiências ocorreram, a Task Force foi renomeada
para All-Domain Anomaly Resolution Office (AARO), e dotada de novo
orçamento.
Com todo este renovado interesse nos UAP’s, e o Departamento de Defesa
sob pressão da generalidade dos políticos, subitamente, a NASA, a
agência civil responsável pela exploração espacial e a mais bem
posicionada para explicar a origem do fenómeno UAP, viu-se obrigada a
anunciar a criação da sua própria Task Force.
Refira-se que são mais de uma dezena os astronautas que, no passado,
referiram ter observado UAP’s, sendo Edgar Mitchel, o 6º homem a pisar
solo lunar e o detentor do recorde de maior tempo de permanência na Lua,
o que mais clamou pela transparência no acesso à informação sobre
UAP’s.
Seria assim, de esperar que, uma instituição sabendo das alegações dos
seus funcionários mais séniores, já tivesse conduzido investigações
suficientes para perceber o porquê de tais afirmações.
Durante este ano de 2023, em Abril, assistimos a uma audiência no
Senado, com o líder da AARO o Prof. Sean Kirkpatrick a pedir mais tempo
para a investigação, e a reconhecer o impacto que o estigma de mais de
70 anos, tem sobre as testemunhas, mas também a reconhecer, perante uma
pergunta da Senadora Kirsten Gillibrand, que nem sempre o acesso à
informação foi facilitado, pelo facto de não possuir credenciais
suficientes.
Nem uma semana após esta audiência, Christopher Mellon, que foi
secretário adjunto de inteligência, publicou um artigo no site Politico,
com o título “Se o Governo tem materiais de queda de UAP’s, é hora de revelá-los”.
Em Maio, foi a vez da NASA vir a público, apresentando as conclusões da
sua Task Force (o tal momento a que o jornalista Tiago Ramalho se refere
no seu artigo). Este evento foi quase um reviver da narrativa dos anos
50. Parada no tempo.
Em início de Junho, os mesmos autores do artigo do New York Times de
2017 (Leslie Kean e Ralph Blumenthal), publicaram uma entrevista a uma
testemunha de nome David Grush, no site The Debrief, na qual alega que o Pentágono terá UAP’s recuperados, em sua posse.
David Grush, militar condecorado e de reconhecido curriculum, fez parte
da Task Force original do Departamento de Defesa, e fruto da informação a
que terá tido acesso, procedeu ao registo de uma queixa junto do
Inspetor Geral de Atividades de Inteligência dos EUA. Foi ouvido sob
juramento, tendo sido aberto um processo de investigação.
Vários foram os militares que vieram a dar o seu apoio a Grush, tendo este sido ouvido por parte de Congressistas e Senadores.
A informação terá sido de tal forma explosiva, que neste momento o líder do Senado Chuck Shummer elaborou uma adenda ao projecto de Lei de Defesa para 2024, onde o termo “inteligência não-humana” é utilizado mais de uma dezena de vezes.
Hoje, dia 26 de Julho, irá decorrer uma audiência no Congresso, liderada
pelo congressista Tim Burchett, para ouvir David Grush, assim como
outros dois pilotos da Marinha, David Fravour e Ryan Graves, que tiveram
encontros com UAP’s no decorrer de missões.
O Astrofísico Prof. Avi Loeb, da Universidade de Harvard, lidera o
Projecto Galileo, para investigar o fenómeno UAP, sendo hoje em dia uma
voz ativa pela transparência.
Porque o fenómeno é global, e não se mostra apenas nos EUA, em Portugal,
temos o Projecto STELLAR – Observatório Internacional de Fenómenos
Anómalos, que é suportado por um grupo alargado de académicos e
investigadores, de diferentes áreas do conhecimento, de diferentes
países, e que possuem uma vasta experiência na análise de casos de
fenómenos anómalos não identificados.
Alguns dos membros deste projeto, foram os fundadores e investigadores
ativos do Centro de Estudos Astronómicos e Fenómenos Insólitos (CEAFI –
anos 70 e 80), da Comissão Nacional de Investigação do Fenómeno OVNI
(CNIFO – anos 80), da Sociedade Portuguesa de Exploração Científica
(SPEC – anos 90) e finalmente do Centro Transdisciplinar de Estudos da
Consciência da Universidade Fernando Pessoa.
A nível internacional, a parceria do projecto, surge em conjunto com a
ICER Association (International Coalition for Extraterrestrial
Research), que conta com membros de 30 países, em 5 continentes. Sendo
de salientar que o nosso representante norte-americano tem estado em
permanente contacto com o congressista Tim Burchett.
Para mais informações:
Email: stellar@stellar.com.pt
Site: https://www.stellar.com.pt
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