UTILIZA ESTE LOCAL PARA RELATAR NOTÍCIAS OU EVENTOS ACTUAIS, E OUTRAS HISTÓRIAS DE INTERESSE HUMANO.
Este blogue é pessoal e sem fins lucrativos. Se sentir que eu estou a infringir os seus direitos de autor(a) agradeço que me contacte de imediato para eu corrigir o referido conteúdo: / This blogue is a non-profit and personal website. If you feel that your copyright has been infringed, please contact me immediately: pintorlopes@gmail.com
Com
a chegada do verão e as temperaturas altas, são cada vez mais as
pessoas a ir até à praia, um plano que, à partida, pode ser bastante
agradável. Mas já esteve na praia e uma pessoa ou um grupo ao seu lado o
incomodaram ao colocarem música alta? Agora vai ser proibido. As multas
vão dos 200 aos 36 mil euros.
Nesse sentido, é "interdita" a "utilização de equipamentos sonoros e desenvolvimento de atividades geradoras de ruído que, nos termos da lei, possam causar incomodidade", lê-se.
É proibido em praias marítimas sob jurisdição da Autoridade Marítima Nacional.
Se as pessoas estiveram a ser incomodadas, devem contactar o comando local da Polícia Marítima da área.
O valor das multas, que consta na Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, é variável. Para pessoas que estejam sozinhas, começam nos 200 euros e podem ir até aos 4 mil euros. Para pessoas coletivas, as coimas vão até aos 36 mil euros.
De acordo com o
organismo, a imagem foi captada pelas 11h10 da manhã de segunda-feira.
Apesar da mudança na tonalidade do céu, a qualidade do ar mantém-se,
quando comparada com a qualidade do ar nas zonas mais afetadas do Canadá
e dos Estados Unidos.
Uma imagem de satélite
divulgada pela NASA mostra a nuvem de partículas e gases dos incêndios
no Canadá a chegar a Portugal continental, na segunda-feira. Na altura, o
fumo concentrava-se no Norte do país e em Espanha, ainda que tenha
atingido outros países que não estão representados na fotografia.
De acordo com o organismo, a imagem foi captada pelas 11h10 da manhã
de segunda-feira. Apesar da mudança na tonalidade do céu, a qualidade do
ar mantém-se, quando comparada com a qualidade do ar nas zonas mais
afetadas do Canadá e dos Estados Unidos. Isto porque, conforme adiantou a
NASA, a maioria do fumo que chegou à Europa situa-se numa altitude
menos provável de afetar a saúde.
Já de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera
(IPMA), esta nuvem de fumo deverá intensificar-se a partir desta
terça-feira, dia 27 de junho, particularmente na região sul.
Segundo as previsões do serviço CAMS (programa Copernicus), a nuvem de partículas e gases deverá intensificar-se também na região dos Açores a partir de amanhã, dia 28 de junho, e na Madeira, a partir do dia 29 de junho.
“A nuvem de fumo tem-se mantido em altitude (acima dos 1.000 metros) e
deverá dissipar-se na região de Portugal continental a partir da manhã
de dia 29, mantendo-se ainda na região dos Açores”, apontou ainda o
IPMA, em comunicado.
De notar que, na segunda-feira, a entidade deu conta de que esta
nuvem de fumo “é constituída por partículas muito pequenas (< 2.5
micrometros) e por gases (especialmente monóxido de Carbono)”, sendo
esperada “uma redução de visibilidade e uma redução do brilho do Sol,
bem como do tom azul do céu”.
O IPMA assegurou ainda que continua a acompanhar a situação, podendo emitir uma nova atualização, caso se justifique.
Recorde-se que milhares de bombeiros de vários países do mundo,
incluindo de Portugal, combatem os fogos ativos no Canadá, sendo a
região mais afetada a província do Quebeque.
Uma nuvem de partículas de fumo, com origem nos incêndios do Canadá,
está a afetar as ilhas dos Açores desde ontem (dia 25), devendo
estender-se até ao território continental durante as próximas horas.
Esta nuvem é constituída por partículas muito pequenas (< 2.5
micrometros) e por gases (especialmente monóxido de Carbono) resultantes
dos incêndios que durante as últimas semanas têm afetado o território
do Canadá.
De acordo com as simulações do modelo de previsão do serviço CAMS
(programa Copernicus), esta nuvem parece estar confinada acima dos 1100 m
de altitude e por isso não deverá afetar as populações abaixo deste
nível. No entanto, este evento deverá causar uma redução de visibilidade
e uma redução do brilho do Sol, bem como do tom azul do céu.
O IPMA continua a acompanhar a situação, podendo emitir uma nova atualização, caso se justifique.
14 de junho de 2023
Os incêndios florestais que há semanas assolam o Canadá, têm emitido
para atmosfera quantidades significativas de gases e partículas que são
transportados e dispersos pelos ventos.
Uma circulação ciclónica, associada a uma depressão centrada a noroeste
dos Açores, terá promovido o transporte a larga escala destes poluentes,
principalmente monóxido de carbono, ao longo do Atlântico Norte, tendo
chegado a região dos Açores na passada terça-feira, 13 de junho (img.3).
Contudo, as concentrações destes poluentes são inferiores aos limites
legais estabelecidos e, por isso, não deverão representar qualquer
ameaça para a saúde humana.
No passado dia 8 de junho, o Instituto Norueguês de Investigação
Ambiental e do Clima (NILU) confirmou a presença de partículas com
origem nestes incêndios em amostras de ar recolhidas no anterior dia 7
de junho, no Observatório de Birkenes, a Sul da Noruega.
Estes poluentes continuarão a ser transportados pela referida circulação
(img.4), devendo chegar ao território da Península Ibérica a partir do
próximo dia 18 de junho (img.5), mas em concentrações menores que nos
Açores.
O IPMA continuará a acompanhar esta situação e caso se justifique atualizará a informação.
Imagens associadas
Fotografia da montanha do Pico vista desde a Horta (Manhã de 25-06-2023. Cortesia de Sandra Sequeira)
imagem 1: Espessura ótica dos aerossóis com origem em combustão de biomassa prevista para dia 25 às 03 UTC.
imagem 2: Espessura ótica dos aerossóis com origem em combustão de biomassa prevista para dia 27 às 12 UTC.
imagem 3. Coluna vertical média de CO obtida por satélite (Sentinel-5P) entre os dias 11 e 13 de junho
imagem 4. Fração molar de CO prevista para as 12h do dia 14 de junho pelo serviço CAMS
imagem 5. Fração molar de CO prevista para as 09h do dia 18 de junho pelo serviço CAMS
Era previsível que este dia chegaria. Em 2018, na minha crónica “Quando os cristãos forem minoria“,
avisei sobre esta problemática. Mas não faltou quem chamasse aos meus
alertas, de “racismo” e “xenofobismo”, como de costume. O tempo, como
sempre o meu grande aliado, veio dar-me razão: de portas escancaradas para a imigração sem controlo, hoje vivemos (e até morremos), vítimas dos graves problemas da importação forçada e descontrolada do terceiro mundo.
É ao PS de António Costa a quem devemos agradecer esta desgraça. No poder desde 2015, depois de derrotado nas urnas onde alcançou apenas 32,3% dos votos, tomou posse como Primeiro-Ministro de um governo minoritário do PS, com o apoio parlamentar da extrema esquerda – BE, PCP e PEV – que permitiu que, pela primeira vez em Portugal, uma coligação vencedora das eleiçõesnão fizesse parte do governo. E desde então, não perdeu tempo em assegurar o aumento massivo do seu eleitorado
(minorias, migrantes, subsidio-dependentes e clientelas) que o perpetua
no poder. Já lá vão 8 anos de estragos sucessivos e sem fim à vista, na
sociedade portuguesa.
Pela voz da própria Ana Catarina
Mendes, Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, ouvimos alto e
bom som, no Fórum das Migrações, que “Portugal deve acolher o mundo” e pôr fim às quotas(veja aqui).
Os efeitos dessa imigração descontrolada, não tardaram a fazer danos. Numa reportagem de investigação do Correio da Manhã, sobre os TVDE,
ficamos a saber que os indostânicos chegam a Portugal, e poucos meses
depois, já estão legais e a prestar serviços TVDE mesmo sem saberem
falar, ler ou escrever português, ou sequer inglês ou espanhol (não se
compreende como podem ter conseguido passar no exame de habilitação para
motorista TVDE); infringem regras de trânsito colocando os utentes em
perigo; não sabem usar o GPS; os carros têm falta de higiene; não
obedecem aos pedidos dos clientes deixando-os fora dos locais
solicitados (há quem tenha levado o bebé no porta bagagens!); não têm educação e alguns, são agressivos. Sabe-se, também, que há uma rede de falsificação de cartas de condução
o que permite a proliferação de autorizações para conduzir, a que
recorrem muitos destes grupos de imigrantes: “Depois da carta homologada
num desses países, a seguir é pedir ao Instituto de Mobilidade e dos
Transportes (IMT) que a troque por um documento português – muitos
destes clientes são condutores de TVDE que assim passam a poder conduzir
em qualquer estrada da União Europeia.” (Fonte Jornal Expresso).
E ficamos por aqui? Não. Nas ruas, nas praias, nas escolas, qualquer parte é insegura onde estas comunidades indostânicas abundam. São inúmeros os testemunhos de tentativas de rapto, perseguição e assédio sexual (há vídeos onde se vê o motorista a masturbar-se, outro a ameaçar utente).
Isto porque, estas pessoas, não valorizam as mulheres – tratando-as
como “animais”, indivíduos sem valor – por virem de países onde a
pedofilia, o casamento com menores, a poligamia, o assédio sexual, não
são crimes. São aceites socialmente porque fazem parte da sua cultura.
Por isso, não compreendem, nem seguem, as regras do mundo ocidental.
(Veja aqui, aqui, aqui e aqui).
Este fenómeno crescente está a provocar medo e insegurança nas
populações. Ah! e a fiscalização por onde anda? Não anda. Como tudo
neste país, está sempre atrasada e desatenta ao que se passa (menos na
cobrança de impostos), até haver vítimas.
Mas infelizmente há mais: com a
política da imigração descontrolada importamos criminosos perigosos,
oriundos de vários países, que vêem na facilidade de acesso à cidadania
portuguesa, uma boa oportunidade para os seus “negócios”.
De referir também, que nunca se assistiu a tantos crimes com armas, catanas ou facas, praticados individualmente ou em grupos.
Os resultados desastrosos e muito
preocupantes da política de “portas escancaradas”, que põe em risco a
vida de todos os cidadãos, já estão bem visíveis nalguns países europeus:
Na França, o Presidente Macron já
admitiu ter perdido o controlo dessa imigração massiva e desespera agora
por soluções que revertam esta situação. É um países que já tem “zonas
interditas” ocupadas por extremistas islâmicos, como o denuncia, o
activista Mohammad Tawhidi (veja aqui).
“Redouane Ahrouch, o chefe do partido, reivindica a aplicação na Bélgica de uma “versão ocidental” da charia, a lei islâmica fundamental. Mesmo se os membros da legenda dizem ser contra práticas como a lapidação ou cortar as mãos dos criminosos, que fazem parte da charia, o grupo milita pela separação entre homens e mulheres nos transportes públicos.
O contacto entre homens e mulheres, aliás, parece ser um dos pontos centrais do discurso do ISLAM. Durante um debate na televisão belga no mês de abril, o chefe do partido se recusou a olhar para uma das jornalistas enquanto falava com ela. E mesmo antes do início do programa, não quis ser maquiado por uma mulher, alegando que o contato entre os dois sexos (fora do casamento e do âmbito familiar) seria contrário à sua religião.”
E também:
“Alguns costumes tolerados pela charia são frequentemente defendidos pelos partidários. É o caso da poligamia,
proibida no país. “Há mulheres que amam homens que já estão casados e
sofrem com isso. O que nós queremos é dar a possibilidade a essas
mulheres de se tornaram uma co-esposa”, explicou Redouane Ahrouch a um
canal de televisão francês.”
O partido não venceu as eleições mas já elegeu conselheiros em Molenbeek. Ainda são minoria, mas ultrapassada essa barreira, poderão chegar ao poder, como qualquer outro.
Na Suécia, que agora toma consciência
da gravidade da situação em que colocaram o país com as políticas de
imigração descontrolada”, já iniciaram o processo de reversão dessas medidas:
“Com a nova imigração chegaram os
novos problemas: criação de guetos completamente impermeáveis a qualquer
tipo de interação com a sociedade local, transposição de todos os
segmentos de fundamentalistas muçulmanos, terrorismo e crime em escala
totalmente desconhecida pelos suecos”.
E nós? Bem, a continuar o mesmo
caminho errante que estes países outrora fizeram, sem travar a fundo e
já, faltará muito pouco até termos exactamente o mesmo resultado, aqui
em Portugal.
Los avances tecnológicos y la conectividad alrededor del mundo, aunados al aumento del poder adquisitivo y la demanda de productos ilegales de vida silvestre, han facilitado el intercambio entre cazadores furtivos y consumidores. Como resultado, un mercado en línea en gran medida no regulado permite a los delincuentes vender en todo el mundo productos de vida silvestre obtenidos ilegalmente. Comprar marfil de elefante, cachorros de tigre y escamas de pangolín es tan sencillo como hacer clic, pagar y recibir.
Afortunadamente, las empresas más grandes de comercio electrónico, tecnología y de redes sociales del mundo han unido sus fuerzas para acabar con los mercados en línea de tráfico de vida silvestre. La Coalición para Acabar con el Tráfico de Fauna Silvestre en Internet reúne a empresas de todo el mundo en alianza con expertos en fauna y flora silvestre de WWF, TRAFFIC e IFAW para alcanzar un enfoque que abarque a toda la industria.
Productos y partes de vida silvestre
Elefante
Cada año se matan más de 15,000 elefantes africanos para satisfacer la demanda de baratijas y adornos de marfil.
Tigre
Se estima que quedan alrededor de 3,890 tigres en su hábitat natural. Los tigres son objeto de tráfico por los cachorros vivos, sus pieles, garras y dientes para fabricar amuletos y sus huesos para ser utilizados en la medicina tradicional.
Rinoceronte
Solo en Sudáfrica se matan alrededor de tres rinocerontes al día por sus cuernos, ya que se utilizan en tónicos y afrodisiacos, así como para hacer tazas ornamentales talladas.
Pangolín
Se estima que en 2019 se traficaron aproximadamente 195,000 pangolines únicamente por sus escamas, y que en un periodo de 10 años se han cazado furtivamente un millón de ejemplares.
Tortuga marina
Las tortugas marinas son objeto de tráfico en línea para fabricar productos con su caparazón, como peines para el cabello, y con su piel, como botas.
“Se não colocas dúvidas ao teu amante, não o consegues irritar quando fizeres um aborto” (Fernanda Canse-o – DN 2006)
“Se desconfias que o teu homem te põe os cornos, pelo sim e pelo
não, põe-lhe os cornos também. Não esperes pelas certezas dele, dá-lhe
logo notícias” (Ana Dragão, Berloque de Esquerda, 2005)
“A desarrumação sistemática numa casa-de-banho tem o conveniente
de o teu marido nunca se dar conta de quando meteste o teu amante em
casa” (Clara Ferreira Alvos – Expresso 2006).
“Se o marido descansar nas horas vagas, não faças nada em casa;
vai antes às compras ao Shopping Center e leva o cartão de crédito dele,
mesmo que tenhas feito cera todo o dia, não vá ele habituar-se mal” (Lídia George, escritora, RTP 2007).
“Se o teu marido fuma, fuma também e atira a cinza para o chão;
assim obrigas o gajo a colocar cinzeiros em toda a casa, sendo que é uma
boa maneira de o mentalizares para começar a fazer alguma coisa de
válido.” (Maria Teresa Bosta – feminista – Revista Visão, 2007)
“Nunca resistas a uma experiência pré-nupcial, principalmente
com aquele amigo do teu namorado, o primo dele, e o vizinho dele que tem
olhos verdes e cabelos ao vento; assim mostras que não és nenhum
camafeu e que muitos te comeram.” (Mocinha de Jardim, Nova Gente 2006).
“Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela não se deu (a uns e outros).” (Elsa Raposa, O Sol, 2007).
“O casamento longo é um perigo” (Maria Ruff – Programa “Só Visto”, RTP, 2007)
“É fundamental manter a aparência impecável diante do amante, principalmente se for rico” (Creolina Salgado, “Eu, Creolina”, 2006).
“O lugar da mulher é fora do lar. O trabalho em casa efeminiza.” (Tia Lili Canecas, Jornal “Público”, 2005).
Duas crias de lince-ibérico nascidas na natureza em Castela-la
Mancha, Espanha, ficaram órfãs devido ao atropelamento da sua mãe a 17
de Maio passado. O Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico
(CNRLI), em Silves, acolheu-as a 1 de Junho para as recuperar e devolver
à natureza, foi hoje revelado.
A mãe destas crias foi encontrada atropelada a 17 de Maio numa estrada municipal em Montes de Toledo, em Castela La Mancha.
“Nesse mesmo dia, as autoridades regionais espanholas montaram um
dispositivo especial para a localização da ninhada”, dado que havia
provas de que esta fêmea tinha dado à luz nesta Primavera, segundo um
comunicado do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF).
“Foi possível localizar e capturar as duas crias de lince-ibérico, com cerca de 50 dias, nos dias 17 e 18 de Maio”.
Em Castela-La Mancha viviam no ano passado 585 linces-ibéricos, dos
quais 114 fêmeas reprodutoras. É a região da Península Ibérica com o
segundo maior número de linces, atrás da Andaluzia, com um total de
1.407 linces, de acordo com o Censo de 2022.
Inicialmente, as crias foram levadas para um centro de recuperação de
referência para a espécie, em Ciudad Real, Castela-La Mancha. Aí foi
feito o check-up e a recolha de amostras para determinar o seu estado de saúde.
Depois foi articulada a transferência dos linces para Portugal.
“Integrado na rede ibérica do programa de reprodução em cativeiro, o
Centro de Reprodução português, gerido pelo ICNF, é o que dispõe de
melhores condições para acolher, recuperar e treinar exemplares de
lince-ibérico nestas condições, com um complexo de treino cofinanciado
pelo Fundo de Coesão – POSEUR 2020 e pelo Fundo Ambiental, projetado e
construído para responder a casos como este”, acrescenta o ICNF.
Em Silves, “as crias estão a ter cuidados e treino, para as tornar
aptas a obter alimento na natureza e permitir a sua futura libertação no
território de origem”.
A população residente do CNRLI – que faz parte de uma rede ibérica de
cinco centros de reprodução em cativeiro (Silves, El Acebuche, La
Olivilla, Granadilla e Zoo de Jerez) – conta hoje com 20 linces adultos e
oito crias.
O grande objectivo da reprodução em cativeiro é conseguir crias
saudáveis, treiná-las para a liberdade e, meses depois, soltá-las na
natureza, para que novas populações de linces voltem aos territórios de
onde se extinguiram há décadas.
No século XIX, a população mundial da espécie seria de cerca de
100.000 animais, distribuídos por Portugal e Espanha. Mas o
lince-ibérico chegou ao início do século XXI reduzido a menos de 100
exemplares. Em Portugal, a espécie vivia, então, numa situação de
“pré-extinção”.
O declínio pode ser explicado pelo colapso das populações de
coelho-bravo, a principal presa do lince, especialmente por causa de
duas doenças: a mixomatose (nos anos 50) e a febre hemorrágica viral
(nos anos 80). Ao quase desaparecimento do coelho-bravo junta-se a caça
indiscriminada e a perda de habitat pelas campanhas agrícolas e de
reflorestação com eucalipto e pinheiro-manso, que destruíram os matagais
mediterrânicos desde a primeira metade do século XX.
Graças aos esforços conservacionistas de Portugal e Espanha, tanto a
nível da reprodução em cativeiro como na recuperação de habitats e
reforço e ligação das populações selvagens, a espécie está a regressar
aos seus territórios históricos.
A 19 de Maio passado soube-se que existem 1.668 linces-ibéricos no
mundo, segundo os dados do mais recente censo à espécie. O Vale do
Guadiana é o terceiro núcleo populacional mais importante.
Saiba como estão as crias de lince órfãs acolhidas em Silves
É no silêncio e na calma do Vale de Fuzeiros, em Silves, que agora vivem duas crias de lince-ibérico cuja mãe, Peziza, morreu atropelada em Castela-La Mancha, Espanha, em Maio passado.
Uma das crias no momento em que foram encontradas na natureza. Foto: Junta de Castela – La Mancha
Peziza foi encontrada atropelada numa estrada municipal em
Montes de Toledo, em Castela La Mancha, a 17 de Maio. “Nesse mesmo dia,
as autoridades regionais espanholas montaram um dispositivo especial
para a localização da ninhada”, dado que havia provas de que esta fêmea
tinha dado à luz nesta Primavera, segundo um comunicado do Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
“Foi possível localizar e capturar as duas crias de lince-ibérico, com cerca de 50 dias, nos dias 17 e 18 de Maio”.
Peziza atropelada. Foto: Junta de Castela – La Mancha
Rodrigo Serra, director do Centro, explicou que o plano para estes
dois linces será continuar a ensiná-los a caçar e devolvê-los “ao meio
natural, capazes e com elevadas hipóteses de sobrevivência”.
Para já os dois irmãos estão no Complexo de Treino e Recuperação de
Lince Ibérico (CTRLI), estrutura construída junto ao Centro de
Reprodução. Estas três instalações com 90 metros quadrados e com acessos
independentes permitem ao Centro trabalhar para dois objectivos com
necessidades diferentes: a reprodução de linces e o treino e/ou
recuperação de animais para a liberdade. Em breve terão também uma
clínica equipada associada e independente do CNRLI, essencial para
recuperar linces e o passo final nesta estratégia, considerou o
responsável.
As duas crias que vieram de Castela-La Mancha estão em quarentena
desde que chegaram. “Existe o perigo de contágio com doenças infecciosas
que tragam do campo e que ponham em risco o ‘tesouro’ genético que
mantemos no CNRLI (ou em qualquer outro centro de cria do Programa Ex
Situ na verdade)”, explicou o responsável.
Uma das crias no momento em que foram encontradas na natureza. Foto: Junta de Castela – La Mancha
Neste momento apenas estas duas crias nas instalações de recuperação.
Além disso, não contactam com tratadores ou veterinários para evitar que se habituem a humanos.
Quando chegaram ao Centro, apesar de terem cerca de 50 dias, estas
crias foram logo postas à prova. “Foi-lhes fornecido coelho vivo para
saber em que ponto estavam no que diz respeito a treino de caça”, contou
Rodrigo Serra.
“A verdade é que já caçam, e bem. Por isso, o nosso trabalho ficou
mais simples. Temos de mantê-las separadas dos outros linces do CNRLI e
sem contacto com humanos, temos de as manter alimentadas e prontas a
caçar fornecendo presa viva. Depois da quarentena poderemos passá-las à
parte de treino do CTRLI, em que aumentaremos gradualmente a dificuldade
na caça. Poderemos também uni-las a um(a) lince adulto(a) depois da
quarentena para poderem ter um maior treino social. Veremos se é
necessário.”
Os dois irmãos estão “totalmente adaptados ao CTRLI e têm um
comportamento normal, divertido, eficaz na caça e socialmente rico
porque são duas e estão sempre na brincadeira”.
Desafios acrescidos
Estas duas crias nasceram na natureza em Montes de Toledo, Castela-La Mancha. O que traz desafios acrescidos à equipa do Centro.
Uma das crias no momento em que foram encontradas na natureza. Foto: Junta de Castela – La Mancha
“À partida, o facto de serem linces que nasceram fora do Programa Ex Situ
traz logo o problema da quarentena, da possibilidade de trazerem
doenças do campo (sabemos que elas circulam) para a população de
cativeiro (onde não as temos)”, explicou o director do CNRLI.
“O facto de serem órfãs é muito importante. Caso sejam animais que
não saibam caçar, a dificuldade aumenta muito porque temos de as ensinar
a fazê-lo ou depois da quarentena introduzi-las a uma lince que esteja
disponível para as ensinar (como Biznaga fez com as duas filhas
que abandonou mas depois adoptou). Se tiverem menos de um mês de vida a
tarefa fica praticamente impossível – linces criados a biberão vão
achar que são pessoas, dificilmente se recuperam para a reprodução,
menos ainda para a reintrodução. E se a genética não é valiosa, ocuparão
espaço, esse sim valioso, em cativeiro sem contribuir nada para a
espécie. São desafios gigantescos – biossegurança, comportamento,
viabilidade para a conservação da espécie e bem-estar – um lince que
acha que é pessoa não está em boas condições de bem-estar, digam o que
disserem. Sofre a vida toda.”
Neste momento, a expectativa da equipa do CNRLI para estes dois
animais “é alta”. Isto tendo em conta que “estão bem de saúde, já caçam e
não precisam de assistência de humanos”.
Momento da recuperação das crias no campo. Vídeo: Junta de Castela-La Mancha
Pela frente, ainda falta passar o resto da quarentena, mais cerca de
10 dias, e prosseguir o treino de caça. “Estamos otimistas mas ainda
falta.”
Quanto à data de reintrodução, ainda não se sabe. “É preciso vencer
algumas etapas até que essa questão se ponha. Ao limite, diria talvez
Fevereiro / Março de 2024, quem sabe até antes. Será quando tiver de
ser. Queremos é que voltem ao meio natural capazes e com elevadas
hipóteses de sobrevivência.”
O lince-ibérico (Lynx pardinus) é uma espécie Em Perigo de
extinção. Mas graças aos esforços conservacionistas de Portugal e
Espanha – tanto a nível da reprodução em cativeiro como na recuperação
de habitats e reforço e ligação das populações selvagens – a espécie
está a regressar aos seus territórios históricos.
A 19 de Maio passado soube-se que existem 1.668 linces-ibéricos no mundo, segundo os dados do mais recente censo à espécie.
Nas
últimas semanas o território de Portugal continental esteve sob
condições meteorológicas caraterizadas por instabilidade atmosférica,
com destaque para as regiões do interior norte e centro.
Essas condições resultaram da presença de uma depressão centrada a
noroeste da Península Ibérica, com expressão em níveis altos, que
transportava sobre o território uma massa de ar quente, com conteúdo em
água precipitável (da ordem de 30 mm) e instabilidade caraterizada por
valores de CAPE até 600 J/Kg, potenciada pela presença de ar frio em
altitude.
Esta instabilidade foi mais significativa sobre o nordeste transmontano,
onde foram observados aguaceiros, por vezes fortes e trovoada, assim
como queda de granizo (que em alguns casos foi mais prolongada do que o
habitual, na ordem das dezenas de minutos).
A orografia determinou os locais em que persistentemente a instabilidade
se foi libertando, o que, em conjunto com outros ingredientes
(instabilidade atmosférica , humidade em níveis baixos, nível de
congelação) manteve a geração quase contínua e prolongada de granizo. As
pedras tiveram, em muitas situações, diâmetro largamente superior a 0,5
cm, o que as permite qualificar como saraiva.
No exemplo ilustrado na figura 1, do radar de Arouca/Pico do Gralheiro,
sobre a área de Mêda – Vila Nova de Foz Cô, a é visível o campo dos
máximos de refletividade projetados na horizontal (painel da esquerda) e
o campo do tipo de hidrometeoro num nível baixo (painel da direita). O
algoritmo de classificação do tipo de hidrometeoro a baixa altitude,
considerava a presença de “graupel” (neste caso, pedras de menor
dimensão) e “granizo” (pedras de granizo de maior dimensão e saraiva) em
associação aos referidos máximos de refletividade com grande magnitude
(fig 1, painel da direita).
Os
incêndios florestais que há semanas assolam o Canadá, têm emitido para
atmosfera quantidades significativas de gases e partículas que são
transportados e dispersos pelos ventos.
Uma circulação ciclónica, associada a uma depressão centrada a noroeste
dos Açores, terá promovido o transporte a larga escala destes poluentes,
principalmente monóxido de carbono, ao longo do Atlântico Norte, tendo
chegado a região dos Açores na passada terça-feira, 13 de junho (fig.1).
Contudo, as concentrações destes poluentes são inferiores aos limites
legais estabelecidos e, por isso, não deverão representar qualquer
ameaça para a saúde humana.
No passado dia 8 de junho, o Instituto Norueguês de Investigação
Ambiental e do Clima (NILU) confirmou a presença de partículas com
origem nestes incêndios em amostras de ar recolhidas no anterior dia 7
de junho, no Observatório de Birkenes, a Sul da Noruega.
Estes poluentes continuarão a ser transportados pela referida circulação
(fig.2), devendo chegar ao território da Península Ibérica a partir do
próximo dia 18 de junho (fig.3), mas em concentrações menores que nos
Açores.
O IPMA continuará a acompanhar esta situação e caso se justifique atualizará a informação.