Tentando ver esta pandemia ” de fora”, sendo a imparcialidade um mito na natureza humana, há claramente duas posições/visões honestas: a opção A, dominante e, segundo muitos, o pensamento único autorizado, e a opção B, aparentemente minoritária e, segundo muitos, claramente abafada.
Em A - as pessoas encaram isto como se da peste negra se tratasse, com mais ou menos exageros, com medo do vírus ao virar da esquina, o qual está em todo o lado, no ar e nas coisas, e achando que o vírus causa uma doença terrível, cujos testes positivos são uma espécie de deus que marca o ritmo da progressão da peste. Os testes são portanto infalíveis. Quem é positivo é proscrito da sociedade durante pelo menos 7 dias, crianças ou adultos, até à próxima positividade, para repetir tudo outra vez. As vacinas para o efeito são muito boas e se não o são é porque se têm de tomar mais doses e repetir, enquanto a indústria farmacêutica, desculpem a OMS, EMA e DGS, o disserem.
O confinamento também está acertado porque diminui a propagação do vírus e com isso menos pessoas ficam doentes ao mesmo tempo e por consequência os hospitais menos sobrecarregados. Os hospitais resolvem quase tudo, são uma panaceia eficaz para uma doença vírica e por isso as pessoas devem telefonar para o SNS 24 onde, do outro lado da linha, alguém contratado para ganhar uns trocos em tempo de crise lhes diz que é muito importante ir ao hospital mais próximo se tiver febre ou tosse.
Esta é uma posição honesta porque as pessoas acreditam nisto e elas não tem interesses por trás e há médicos e especialistas que o defendem.
Em B - as pessoas acham que o vírus tem uma taxa de mortalidade eventualmente um pouco superior às epidemias graves de gripe, as quais nunca tiveram publicidade por diversos fatores, designadamente a ausência da velocidade supersónica atual das redes sociais, e uma taxa de morbilidade, ou seja, de doença, no escalão abaixo dos 70 anos, bastante inferior à da gripe, pelo menos nos jovens que na prática são quase sempre assintomáticos.
Desconfiam por isso da taxa de mortalidade (a causa de morte, qualquer médico sério sabe que é impossível de certezas, mesmo com autópsias), mesmo assim ridiculamente mais baixa que a maior parte das outras doenças, para não falar da taxa de letalidade que acham uma farsa atendendo aos inúmeros assintomáticos ( taxa de letalidade da COVID 3%, para 9% da SARS e 35% da MERS, todos coronavírus).
Desconfiam da fiabilidade dos testes, que tem falsos positivos e falsos negativos, que poderá ser positivo para outros vírus, como o vírus influenza da gripe, o qual desapareceu misteriosamente desde o início da pandemia (ambos vírus RNA).
Acham que o confinamento generalizado foi um tremendo disparate, não só porque ele é inviável (só seria eficaz se toda agente se fechasse no quarto de banho durante um mês, sem contactar sequer a própria família), como o que fez foi adiar simplesmente a imunidade natural, deixando o vírus se espalhar alegremente e, pior, dando-lhe tempo para criar mutações.
Aqui acham que se perdeu uma oportunidade única para os mais jovens se contagiarem sem prejuízo algum para eles, protegendo do contacto com os mais idosos se estes o entendessem (sim porque os idosos têm o direito de optarem por correr o risco e usufruírem das poucas coisas e do pouco tempo que lhes resta, porque obviamente não somos ainda imortais), conseguindo-se com isso uma imunidade de grupo, como acontece com qualquer epidemia de gripe.
Desconfiam, embora queiram muito o seu sucesso, das vacinas Covid porque foram feitas a correr em menos de um ano, talvez, não sei, porque a Pfizer e restantes sabiam que iriam faturar trilhões rapidamente. Agora desconfiam ainda mais quando veio o inverno e afinal muitos dos doentes mais graves são agora justamente aqueles cuja taxa de vacinação foi quase de 90%: os idosos vacinados com duas doses.
Entendem que as pessoas foram agora, isso sim, contaminadas com um vírus que parece paralisar o cérebro e que leva a esta histeria de testagem, em que as pessoas se acham excluídas da sociedade se não a fizerem e ninguém pára para pensar: “mas eu não tenho doença alguma”! Acham no mínimo insólito não se determinar o estado de imunização das pessoas, e sobretudo dos jovens, antes de se vacinarem, quando se sabe que provavelmente metade ou mais já terão imunidade natural ao fim de tanto tempo (claro que isso não interessa à Pfizer e companhia).
Desconfiam de mandar para os hospitais pessoas com sintomas banais e acham que as únicas pessoas que deviam recorrer aos hospitais, positivos para Covid, deviam ser aqueles com insuficiência respiratória grave. Muitos teriam a lucrar certamente com oxigénio domiciliário, longe dos hospitais, de onde muitas vezes não saem mais, vítimas de superinfeções bacterianas hospitalares, essas sim muito mais mortais.
Acham que na grande maioria dos doentes Covid a medicina não tem nada a oferecer e pelo contrário entopem os hospitais desnecessariamente, o que prejudica, e de que maneira, os doentes com doenças muito mais graves e que foram, muitos, completamente abandonados durante esta crise, por exemplo cancros não diagnosticados e não tratados a tempo.
Esta é uma visão honesta porque as pessoas acreditam nela e há também muitos médicos (como eu) e especialistas que a defendem.
Na opção B não há lugar aparentemente para desonestidade pela simples razão de que as pessoas que a defendem não só não ganham nada com isso, pelo contrário são perseguidos nos seus empregos, censurados nos media e redes sociais, e sobretudo a sua consciência é violentada sempre que tem que cumprir absurdos, como por exemplo serem “obrigados” a vacinar para a Covid filhos menores (pela discriminação inevitável que sofrem), os quais provavelmente já tiveram Covid 50 vezes e nunca sofreram ou vão sofrer nada com isso e tem que estar há dois anos amordaçados a uma máscara na escola e no desporto!
Na opção A a maioria das pessoas são também honestas, acreditam na propaganda oficial da Pfizer, Moderna, etc que, via OMS/DGS, lhes inunda a toda a hora as casas e telemóveis, mas até uma criança de cinco anos sabe que há um evidente conflito de interesses na indústria farmacêutica, laboratórios e bancos (sim os bancos são os que mais ganham com os empréstimos estratosféricos aos países), a quem interessa perpetuar esta pandemia.
Os defensores da opção A ganharam o hábito de apelidar os da opção B, de negacionistas e tudo o que estes dizem é desinformação, tal como antes do 25 abril, quem não dissesse ámen ao regime era comunista e depois do 25 abril passaram a ser fascistas os que questionassem o poder operário ou a reforma agrária.
Na verdade, esqueceram o principal legado do 25 de abril: o direito de as pessoas questionarem o que lhes é dito e poderem exprimir livremente a sua opinião sem sofrerem represálias por isso.
A ciência de igual forma nos ensina há muito, e é a sua principal “marca”, que uma explicação é boa até aparecer uma melhor e esta nasceu sempre da discussão e inquietação por parte daqueles que nunca se resignaram a aceitar o que os outros dizem, porque sim.