Moinho de Vento. Alcabideche anos 50. Capa do livro " registo fotográfico de Alcabideche e alguns apontamentos Histórico - Administrativos " ( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) |
FOTO OBTIDA MAIS OU MENOS NO MESMO LOCAL DA QUE SERVE DE CAPA AO LIVRO. ( foto de J.P.L. Julho de 2011 ) |
Quantas vezes o moleiro não sorriu desta janela .( foto de J.P.L. Ano 2011) |
Já girou milhares de vezes para moer a farinha.( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) |
IMAGEM DO VELHO MOINHO NO DIA DE HOJE. ( Foto de J.P.L. Julho de 2011 ) |
Lenta, mas inexoravelmente, o tempo vai levando à ruína mais este Monumento.
Sinceramente é de lamentar.
Tal como entre nós homens a sorte favorece uns e deixa outros esquecidos.
Vejam nas fotos de baixo um outro moinho a apenas cem metros deste.
Bem tratado e estimado como se na sua origem o berço não fosse o mesmo !
Ao lado do irmão pobre. E, como de costume, de costas voltadas. Foto de J.P.L. Ano 2011 |
Estimado e limpo ( Foto de J.P.L. Julho 2011 ) |
Moinho Ibn Mucana ( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) |
RESTAURADO O VELHO MOINHO ( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) |
Moinho Ibn Mucana - É um moinho particular mas o proprietário permite e facilita a sua visita.
Está restaurado e em perfeito estado.
Ibn Mucana
Ibn Mucana | |
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Nascimento | 1042 Alcabideche, Portugal |
Morte | Alcabideche, Portugal |
Ocupação | Poeta |
A região de Alcabideche foi durante o tempo árabe e mesmo posteriormente povoada por grande quantidade de moinhos de vento, cuja primeira referência literária a esses moinhos chegou até ao presente graças aos escritos de Ibn Mucana, que nasceu e viveu em Alcabideche.
Foi com as palavras do Poema de Ibn mucana, abaixo, escritas na viragem do Século XI , que Abu Zayd'Abd ar-Rahmãn ibn Muqana, natural de Al-Qabdaq, actual Alcabideche, referenciou a forma de viver a vida rural na então Al-Qabdaq. O poeta queixava-se de que, apesar a sua terra fosse bastante rica, os colectores de impostos não o deixavam em paz, chegando a transformar a opulência em pobreza.
Para expressar as suas ideias ibn Muqana utilizou a metáfora da nora e das nuvens, tornando-se assim o primeiro escritor da Península Ibérica a referir expressamente a existência de moinhos de vento nestas paragens.
Existe uma escola secundária com o seu nome em Alcabideche.
"Ó tu que vives em Alcabideche, oxalá nunca te faltem
nem grãos para semear, nem cebolas nem abóboras
Se és homem decidido precisas de um moinho
que trabalhe com as nuvens sem dependeres dos regatos.
Quando o ano é bom a terra de Alcabideche
não vai além das vinte cargas de cereais.
Se rende mais, então sucedem-se,
ininterruptamente e em grupos compactos,
os javalis dos descampados.
Alcabideche pouco tem do que é bom e útil.
como eu próprio quase surdo como sabes.
Deixei os reis cobertos com os seus mantos
e renunciei a acompanhá-los nos cortejos…
Eis-me em Alcabideche colhendo silvas com uma podoa ágil e cortante.
Se te disserem: gostas deste trabalho?, responde; sim.
O amor da liberdade é o timbre de um carácter nobre.
Tão bem me governam o amor e os
benefícios de Abu Bacre Almofadar