Este meu blog não pretende ser um espaço noticioso, longe disso, mas como o assunto é do interesse geral nos tempos que correm, acho útil sublinhar este assunto, até porque, " elas " já chegaram à serra de Sintra.
Saiba o que fazer se for picado por uma vespa asiática
Inseto chegou a Portugal em 2011, na zona de Viana do Castelo.
A vespa asiática chegou a Portugal em 2011, na zona de Viana do
Castelo.
Deste então começou a expandir-se para o resto do país. Nas últimas semanas, as vespas foram identificadas na zona metropolitana de Lisboa – depois de obrigarem a encerrar os Jardins das Quintas das Conchas e dos Lilases, no final de agosto.
Mais recentemente a zona ocidental do Parque da Pena, em Sintra foi encerrada por avistamento de um ninho. O local vai reabrir na quinta-feira, depois de terem injetado o ninho com insecticida.
Algumas mortes também já foram associadas a estas vespas. Um homem de
Guimarães morreu este fim-de-semana depois de ser picado por uma vespa,
embora as causas da morte ainda não estarem confirmadas.
O que fazer se for picado?
Na maior parte dos casos a picada pode ser tratada em casa. De acordo com a CUF, estes são alguns cuidados que deve ter:
Geralmente a picada da vespa provoca apenas uma reação local, com dor, comichão, vermelhidão e inchaço no local da picada. Nos casos de reação alérgica grave – anafilaxia – os sintomas surgem alguns minutos após a picada e têm vários graus de gravidade:
Devem também ir a um Centro de Imunoalergologia, para avaliação e eventual indicação para vacina anti-alergénica com extrato de veneno em ambiente hospitalar, afirma a CUF.
Como posso prevenir as picadas?
A CUF deu alguns conselhos para reduzir o risco de ser picado pela vespa.
As vespas apareceram pela primeira vez na Europa no território francês em 2004.
Seis anos depois a sua presença foi confirmada em Espanha. Em 2011 apareceu em Portugal e na Bélgica, e no final de 2012 chegou à Itália.
Também já está na Alemanha e no Reino Unido.
Em Portugal, foi pela primeira vez identificada em Viana do Castelo.
Durante alguns anos ficou no norte do país, mas estão a encontrar condições atmosféricas mais adequadas a sul.
De acordo com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, criado em 2018, os distritos com mais casos são: Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra e Viseu.
Vieram de onde?
Segundo o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, a vespa velutina é uma espécie de origem asiática.
A sua área de distribuição natural estende-se pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia até ao leste da China, Indochina e o arquipélago da Indonésia.
Estão normalmente em zonas montanhosas e mais frescas, pelo que pode estar adaptada para explorar ambientes temperados.
A subespécie que foi introduzida na Europa é a vespa velutina nigrithorax, também chamada de vespa de patas amarelas. Esta subespécie vive no norte da Índia – Darjeeling, Sikkim - no Butão, na China e nas montanhas de Sumatra e Sulawesi, na Indonésia.
Fora da sua área de distribuição natural, a vespa foi encontrada na Coreia do Sul em 2003, onde também se estabeleceu e se tornou uma espécie invasora.
Como a identifico?
O inseto tem grandes dimensões, a cabeça é preta com face laranja ou amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, com uma faixa fina amarela. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas.
O tamanho varia de acordo com o alimento, o lugar e a temperatura, sendo que é uma das maiores espécies de vespas. A rainha pode ter até 3,5 centímetros.
Qual o impacto da espécie?
A presença da vespa representa um risco sob diferentes pontos de vista:
De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), a deteção ou a suspeita de existência de ninhos de vespa deve ser comunicada através dos seguintes meios:
A vespa-asiática (nome científico: Vespa velutina) é uma espécie de vespa nativa do Sudeste Asiático.
A espécie tem uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia
Em alguns países trata-se de uma espécie invasora que constitui uma preocupação séria das autoridades devido à sua acção predadora que põe em perigo as abelhas autóctones.[1] É uma praga que pode dizimar um enxame das europeias em poucos dias.[2]
A Vespa velutina é ligeiramente mais pequena do que as europeias vespa crabro ou da vespa mamute, mas, é muito maior que as polistes e em especial a vespa germânica[3], sendo esta última especialmente importante por ser a mais predominante no espaço europeu. Geralmente as rainhas medem 30 mm de comprimento, os machos cerca de 24 mm e as obreiras cerca de 20 mm[4].
A espécie apresenta patas amarelas características. O tórax é castanho ou preto e o abdómen castanho. Cada segmento abdominal apresenta uma borda posterior amarela e estreita, exceto o quarto segmento, que é cor-de-laranja. A cabeça é preta e a face amarela. As várias formas regionais diferem significativamente na cor, o que causa dificuldades na classificação.
Na Primavera, cada
rainha das vespas velutinas constrói o seu ninho
sozinha, na maioria das vezes num lugar protegido. Esses seus ninhos
embrionários parecem-se a pequenas esferas, com 5 a 10cm de diâmetro e
com uma abertura no fundo[5].
E depois, como é um insecto social, no fim da Primavera e Verão, faz o seu ninho secundário esféricos ou em forma de pêra, com uma pequena abertura lateral[6], de pasta de papel, geralmente nos altos das árvores, onde já podem conter até cerca 2200 vespas. Destas 150 são fundadores de novas colmeias que, no ano seguinte, poderão criar pelo menos 6 novos ninhos[7]. As rainhas sobrevivem ao Inverno num ninho primário, pequeno e mais perto do solo[8].
A Vespa velutina nigritorax chegou à Europa por via marítima, em 2004. As autoridades francesas desconfiam que vieram num carregamento de bonsai, proveniente da China e descarregado em Bordéus. Nesse ano, eliminaram três ninhos. Em 2005, cinco. Mas em 2006 foram detetados 223 ninhos de vespa velutina em França e, um ano depois, os animais tinham-se espalhado por metade do país: 1613 ninhos.
Em abril de 2017, os ninhos da vespa asiática são já muitos milhares em Portugal e a espécie está já confirmada no Porto, em Coimbra, em Aveiro, na Guarda, em Leiria, em Santarém, em Castelo Branco , em Viseu e, em alguns casos pontuais, no Alentejo[11].
Em Outubro de 2017 foi avistada em 12 distritos.
Em Agosto de 2019 foi avistada em Lisboa, na Quinta das Conchas e dos Liláses. No mês seguinte, parte do Parque da Pena, em Sintra, foi encerrado devido à presença de ninhos desta espécie.
No entanto esta técnica é muito discutida e deve ser usada com caução.
Assim que um ninho desenvolvido é localizado, é preciso parar de capturar as fundadoras para evitar capturar a sua rainha. O ninho encarragar-se-á de impedir a fundação de outras colónias nas redondezas. O ninho pode ser destruído por incineração em julho, quando as jovens fundadoras já não poderão criar novas colónias viáveis.
A captura poderia também ser negativa para a vespa europeia se a captura é insuficientemente seletiva ou prolonga-se depois de abril. A experiência de outras invasões e diferentes estudos científicos sobre a biologia das vespas mostram que mais de 90% das jovens fundadoras morrem em luta entre elas para locais de nidificação. Se a captura mata outros insetos, o ambiente alterado favorece a instalação das vespas asiáticas. Por essas razões, esta técnica não é aconselhada.
Existem portas de entrada para colmeias que só deixam passar abelhas.
Uma rede maio pode proteger toda a colmeia ou uma zona mais extensa à
volta dela[14].
A rede impede as vespas de penetrar e esvaziar as colmeias. A rede não
protege contra a caça de abelhas em pleno voo mas limita os danos. É
preciso certificar-se que a rede não impede a entrada dos machos na
altura da fecundação.
Os frangos em crescimento nascidos em ambiente natural e educados por
uma galinha são predadores ocasionais das vespas asiáticas. Pode então
ser considerada a instalação de uma colmeia dentro de um galinheiro.
Em particular, a galinha de raça Janzé, é muito boa predadora, dando saltos e apanhando a vespa quando esta última está em voo estacionário em cima de uma colmeia. Descartando a cabeça, a galinha come o corpo da vespa.
Procura-se conhecer melhor os parasitas que podem ter um papel importante na luta biológica. Estudos
[15]. Uma espécie do género Pheromermis, provavelmente Pheromermis vesparum,
parasita a vespa. É uma espécie local, europeia, que se adaptou ao novo
hóspede. Mas muito poucos foram encontrados a parasitar vespas, por que
os hóspedes intermédios as Phryganea só fazem parte de maneira ocasional da alimentação das vespa, não permitindo o uso do parasita em luta biológica.
Tan,
K; Radloff, SE; Li, JJ; Hepburn, HR; Yang, MX; Zhang, LJ; Neumann, P
(junho de 2007). «Bee-hawking by the wasp, Vespa velutina, on the
honeybees Apis cerana and A. mellifera». Naturwissenschaften. 94 (6): 469–72. doi:10.1007/s00114-006-0210-2
Boletim municipal de Viana do Castelo, Dezembro de 2015, p. 31
Ficha
de identificação da espécie. Possíveis confusões com outros insetos,
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), República
Portuguesa
«Untitled Document». vespa-bicolor.net
Ficha
de identificação de ninhos. Possíveis confusões com outros insetos. Q.
Rome, F. Muller et C. Villemant - UMR7205 CNRS-MNHN - Paris, France.
Tradução: Maria José Valério LNIV / INIAV - Adaptado por ICNF, I.P.
Ficha
de identificação de ninhos. Possíveis confusões com outros insetos. Q.
Rome, F. Muller et C. Villemant - UMR7205 CNRS-MNHN - Paris, France.
Tradução: Maria José Valério LNIV / INIAV - Adaptado por ICNF, I.P.
Boletim municipal de Viana do Castelo, Dezembro de 2015, p. 31
Que espécie é esta: Vespa-asiática, por Inês Sequeira, Wilder, 11.05.2020
BBC News (8 de outubro de 2015). «Pitcher plant in France eats bee-killing Asian hornets»
Boletim municipal de Viana do Castelo, Dezembro de 2015, p. 31
«Quercus alerta para descontrolo da praga da vespa asiática»
«A morte silenciosa das abelhas»
https://noticiasdecoura.com/paredes-de-coura-e-pioneira-no-combate-a-vespa-asiatica/
Cabana com rede, Museum d'histoire naturelle (França)
Deste então começou a expandir-se para o resto do país. Nas últimas semanas, as vespas foram identificadas na zona metropolitana de Lisboa – depois de obrigarem a encerrar os Jardins das Quintas das Conchas e dos Lilases, no final de agosto.
Mais recentemente a zona ocidental do Parque da Pena, em Sintra foi encerrada por avistamento de um ninho. O local vai reabrir na quinta-feira, depois de terem injetado o ninho com insecticida.
O que fazer se for picado?
Na maior parte dos casos a picada pode ser tratada em casa. De acordo com a CUF, estes são alguns cuidados que deve ter:
- Remova o ferrão da abelha ou parte do inseto que possa ainda estar cravado na pele;
- Lave o local da picada abundantemente com água fria;
- Se sentir dor, tome um analgésico, como o paracetamol ou iboprofeno. Siga sempre as indicações do folheto e tome a dose recomendada;
- Se tem comichão, aplique gelo ou uma pomada de venda-livre comprada na farmácia para aliviar o sintoma. Outra opção passa por tomar um anti-histamínico;
- Para reduzir o edema aplique gelo na lesão.
Geralmente a picada da vespa provoca apenas uma reação local, com dor, comichão, vermelhidão e inchaço no local da picada. Nos casos de reação alérgica grave – anafilaxia – os sintomas surgem alguns minutos após a picada e têm vários graus de gravidade:
- Reação cutânea - urticária, angiodema;
- Sintomas digestivos - náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal;
- Respiratórios - pieira, estridor, falta de ar;
- Cardiovasculares – taquicardia, tonturas, confusão, sensação de desmaio;
- Choque anafiláctico com paragem cardiorrespiratória.
Devem também ir a um Centro de Imunoalergologia, para avaliação e eventual indicação para vacina anti-alergénica com extrato de veneno em ambiente hospitalar, afirma a CUF.
Como posso prevenir as picadas?
A CUF deu alguns conselhos para reduzir o risco de ser picado pela vespa.
- Mantenha-se calmo e movimente-se devagar se vir as vespas. Não agite os braços, nem as enxote;
- Cubra a pele exposta usando mangas compridas e calças nas alturas que as vespas são mais ativas – como o nascer e o pôr-do-sol;
- Calce sapatos fechados quando estiver na rua;
- Aplique repelente de insetos na pele exposta e por cima da roupa. Se utilizar também protetor solar, faça-o antes de aplicar o repelente;
- Tenha cuidado quando estiver perto de flores, lixos, águas estagnadas ou em zonas exteriores com comida;
- Nunca perturbe os ninhos;
- Evite acampar perto de zonas com água parada, como lagos e pântanos;
- Mantenha os alimentos e bebidas tapadas enquanto estiver a consumi-los ao ar livre;
- Em zonas de risco, mantenha as portas e janelas da casa e do carro fechadas, sobretudo no final do dia, ou coloque uma rede mosquiteira para prevenir a entrada de insetos.
As vespas apareceram pela primeira vez na Europa no território francês em 2004.
Seis anos depois a sua presença foi confirmada em Espanha. Em 2011 apareceu em Portugal e na Bélgica, e no final de 2012 chegou à Itália.
Também já está na Alemanha e no Reino Unido.
Em Portugal, foi pela primeira vez identificada em Viana do Castelo.
Durante alguns anos ficou no norte do país, mas estão a encontrar condições atmosféricas mais adequadas a sul.
De acordo com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, criado em 2018, os distritos com mais casos são: Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra e Viseu.
Vieram de onde?
Segundo o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, a vespa velutina é uma espécie de origem asiática.
A sua área de distribuição natural estende-se pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia até ao leste da China, Indochina e o arquipélago da Indonésia.
Estão normalmente em zonas montanhosas e mais frescas, pelo que pode estar adaptada para explorar ambientes temperados.
A subespécie que foi introduzida na Europa é a vespa velutina nigrithorax, também chamada de vespa de patas amarelas. Esta subespécie vive no norte da Índia – Darjeeling, Sikkim - no Butão, na China e nas montanhas de Sumatra e Sulawesi, na Indonésia.
Fora da sua área de distribuição natural, a vespa foi encontrada na Coreia do Sul em 2003, onde também se estabeleceu e se tornou uma espécie invasora.
Como a identifico?
VESPA ASIÁTICA |
O inseto tem grandes dimensões, a cabeça é preta com face laranja ou amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, com uma faixa fina amarela. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas.
O tamanho varia de acordo com o alimento, o lugar e a temperatura, sendo que é uma das maiores espécies de vespas. A rainha pode ter até 3,5 centímetros.
Qual o impacto da espécie?
A presença da vespa representa um risco sob diferentes pontos de vista:
- Apicultura – o efeito sobre a população de abelhas é direto, pois há uma grande predação por parte das vespas. E indireto, pela diminuição das atividades das abelhas perante a presença da vespa - que se traduz num enfraquecimento e eventualmente morte da colmeia. As consequências são uma menor produção de mel e produtos relacionados, e uma diminuição vegetal dada a importância das abelhas nesta função biológica;
- Produção agrícola – principalmente pelo efeito indireto da diminuição da atividade polinizadora das abelhas. Além disso, a produção frutícola pode ser afectada, ao serem estas espécies vegetais fontes de hidratos de carbono na dieta da vespa - existindo relatos de estragos em pomares e vinhas de regiões invadidas;
- Bem-estar e a segurança dos cidadãos – embora não sejam individualmente agressivas para o ser humano, reagem de forma bastante agressiva às ameaças ao seu ninho. Além disso, o grande tamanho que os ninhos podem atingir em zonas urbanas, resulta num maior risco para os cidadãos;
- Ambiente – é uma espécie não indígena, predadora natural das abelhas e de outros insetos, o que pode eventualmente originar impactos significativos na biodiversidade.
De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), a deteção ou a suspeita de existência de ninhos de vespa deve ser comunicada através dos seguintes meios:
- Contactar a GNR, através da linha SOS Ambiente e Território (808 200 520);
- Inserção/georreferenciação online do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento online de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível no portal sosvespa.pt;
- Preenchimento de um formulário e envio para Câmara Municipal da área onde ocorreu a observação;
- Preenchimento de um formulário via Smartphone disponível no portal sosvespa.pt;
- Pode solicitar a colaboração da junta de freguesia mais próxima do local de deteção/suspeita para preenchimento do formulário;
- Deve sempre que possível anexar uma fotografia da vespa ou do ninho para possibilitar a identificação.
Vespa asiática
Vespa asiática | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Vespa velutina Lepeletier, 1836 |
A espécie tem uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia
Em alguns países trata-se de uma espécie invasora que constitui uma preocupação séria das autoridades devido à sua acção predadora que põe em perigo as abelhas autóctones.[1] É uma praga que pode dizimar um enxame das europeias em poucos dias.[2]
A Vespa velutina é ligeiramente mais pequena do que as europeias vespa crabro ou da vespa mamute, mas, é muito maior que as polistes e em especial a vespa germânica[3], sendo esta última especialmente importante por ser a mais predominante no espaço europeu. Geralmente as rainhas medem 30 mm de comprimento, os machos cerca de 24 mm e as obreiras cerca de 20 mm[4].
A espécie apresenta patas amarelas características. O tórax é castanho ou preto e o abdómen castanho. Cada segmento abdominal apresenta uma borda posterior amarela e estreita, exceto o quarto segmento, que é cor-de-laranja. A cabeça é preta e a face amarela. As várias formas regionais diferem significativamente na cor, o que causa dificuldades na classificação.
Ninho
E depois, como é um insecto social, no fim da Primavera e Verão, faz o seu ninho secundário esféricos ou em forma de pêra, com uma pequena abertura lateral[6], de pasta de papel, geralmente nos altos das árvores, onde já podem conter até cerca 2200 vespas. Destas 150 são fundadores de novas colmeias que, no ano seguinte, poderão criar pelo menos 6 novos ninhos[7]. As rainhas sobrevivem ao Inverno num ninho primário, pequeno e mais perto do solo[8].
Na Europa
A variedade que causa problemas de invasão na Europa é a Vespa velutina nigrithorax[9].A Vespa velutina nigritorax chegou à Europa por via marítima, em 2004. As autoridades francesas desconfiam que vieram num carregamento de bonsai, proveniente da China e descarregado em Bordéus. Nesse ano, eliminaram três ninhos. Em 2005, cinco. Mas em 2006 foram detetados 223 ninhos de vespa velutina em França e, um ano depois, os animais tinham-se espalhado por metade do país: 1613 ninhos.
Em Portugal
Em setembro de 2011 um apicultor detetou um ninho de vespas perto de Viana do Castelo. Em dezembro de 2012 estavam confirmados nove ninhos no Alto Minho. No final de fevereiro, o número tinha subido para cinquenta. Desde essa altura, incluindo esse número, até ao final de 2015 foram registados 1215 vespeiros.[10] Do distrito de Viana do Castelo espalharam-se para Braga e Vila Real. O problema são os ninhos na floresta. É por aí que as velutinas vão continuar a progressão para sul.Em abril de 2017, os ninhos da vespa asiática são já muitos milhares em Portugal e a espécie está já confirmada no Porto, em Coimbra, em Aveiro, na Guarda, em Leiria, em Santarém, em Castelo Branco , em Viseu e, em alguns casos pontuais, no Alentejo[11].
Em Outubro de 2017 foi avistada em 12 distritos.
Em Agosto de 2019 foi avistada em Lisboa, na Quinta das Conchas e dos Liláses. No mês seguinte, parte do Parque da Pena, em Sintra, foi encerrado devido à presença de ninhos desta espécie.
Defesa
No Oriente, as abelhas asiáticas aprenderam a defender-se das velutinas. Quando uma vespa prospetora entra na colmeia, a colónia começa por fechar-lhe a saída. Depois as abelhas rodeiam o predador e formam uma bolha ao seu redor, começando a bater as asas para criar calor. As abelhas suportam temperaturas de 42 graus, as vespas apenas de 40. Então as obreiras aquecem a temperatura da colmeia até aos 41 graus, quase se matando a si próprias para eliminarem a vespa[12].Meios de luta
Incineração
Os ninhos podem ser destruídos pelas autoridades por incineração completa, evitando a dispersão de algumas vespas que iriam de imediato fundar vários ninhos.Anidrido sulfuroso
Um ninho pode ser destruído até 20 metros de distância por uso de um tubo telescópico injetando dióxido de enxofre dentro do ninho. Este gás tem propriedades refrigerantes e congela o ninho inteiro[13]Vara com cola
Uma armadilha simples de realizar consiste em uma vara de 30 cm de comprimento cuja extremidade é recoberta de cola para ratos. A captura da vespa consiste em tocá-la com a ponta da vara. Esta ferramenta seletiva e respeitosa do meio ambiente permite a captura das jovens fundadoras de colónia, atraídas durante a primavera para comedores contendo mel e restos de carne ou peixe. Visitando o comedor cada 2 ou 3 horas, é possível eliminar as vespas sem perturbas os outros insetos atraídos pela comida.No entanto esta técnica é muito discutida e deve ser usada com caução.
Assim que um ninho desenvolvido é localizado, é preciso parar de capturar as fundadoras para evitar capturar a sua rainha. O ninho encarragar-se-á de impedir a fundação de outras colónias nas redondezas. O ninho pode ser destruído por incineração em julho, quando as jovens fundadoras já não poderão criar novas colónias viáveis.
A captura poderia também ser negativa para a vespa europeia se a captura é insuficientemente seletiva ou prolonga-se depois de abril. A experiência de outras invasões e diferentes estudos científicos sobre a biologia das vespas mostram que mais de 90% das jovens fundadoras morrem em luta entre elas para locais de nidificação. Se a captura mata outros insetos, o ambiente alterado favorece a instalação das vespas asiáticas. Por essas razões, esta técnica não é aconselhada.
Proteção das colmeias
Galinhas
Em particular, a galinha de raça Janzé, é muito boa predadora, dando saltos e apanhando a vespa quando esta última está em voo estacionário em cima de uma colmeia. Descartando a cabeça, a galinha come o corpo da vespa.
Plantas carnívoras
Um estudo do Jardim de plantas de Nantes (França) mostra que a planta carnívora Sarracenia oreophila atrai especificamente a vespa asiática e seria promissora na luta contra a invasora, cada planto podendo eliminar até 50 vespas. No entanto a planta não seria suficiente para lutar contra colónias que podem contar até 3000 vespas.Parasitas
Referências
- Can parasites halt the invader? Mermithid nematodes parasitizing the yellow-legged Asian hornet in France, https://doi.org/10.7717/peerj.947