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28.9.19

VESPA ASIÁTICA. O QUE FAZER SE FOR PICADO .

Este meu blog não pretende ser um espaço noticioso,  longe disso, mas como o assunto é do interesse geral nos tempos que correm, acho útil sublinhar este assunto, até porque, " elas " já chegaram à serra de Sintra.

 

Saiba o que fazer se for picado por uma vespa asiática

Inseto chegou a Portugal em 2011, na zona de Viana do Castelo. 

 




A vespa asiática chegou a Portugal em 2011, na zona de Viana do Castelo.

 Deste então começou a expandir-se para o resto do país. Nas últimas semanas, as vespas foram identificadas na zona metropolitana de Lisboa – depois de obrigarem a encerrar os Jardins das Quintas das Conchas e dos Lilases, no final de agosto.


Mais recentemente a zona ocidental do Parque da Pena, em Sintra foi encerrada por avistamento de um ninho. O local vai reabrir na quinta-feira, depois de terem injetado o ninho com insecticida.

Algumas mortes também já foram associadas a estas vespas. Um homem de Guimarães morreu este fim-de-semana depois de ser picado por uma vespa, embora as causas da morte ainda não estarem confirmadas.

O que fazer se for picado?

Na maior parte dos casos a picada pode ser tratada em casa. De acordo com a CUF, estes são alguns cuidados que deve ter:
  1. Remova o ferrão da abelha ou parte do inseto que possa ainda estar cravado na pele; 
  2. Lave o local da picada abundantemente com água fria;
  3. Se sentir dor, tome um analgésico, como o paracetamol ou iboprofeno. Siga sempre as indicações do folheto e tome a dose recomendada;
  4. Se tem comichão, aplique gelo ou uma pomada de venda-livre comprada na farmácia para aliviar o sintoma. Outra opção passa por tomar um anti-histamínico;
  5. Para reduzir o edema aplique gelo na lesão.
E se for alérgico?

 Geralmente a picada da vespa provoca apenas uma reação local, com dor, comichão, vermelhidão e inchaço no local da picada. Nos casos de reação alérgica grave – anafilaxia – os sintomas surgem alguns minutos após a picada e têm vários graus de gravidade:

  • Reação cutânea - urticária, angiodema;
  • Sintomas digestivos - náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal;
  • Respiratórios - pieira, estridor, falta de ar;
  • Cardiovasculares – taquicardia, tonturas, confusão, sensação de desmaio;
  • Choque anafiláctico com paragem cardiorrespiratória.
Os doentes com historial de reações alérgicas devem ser portadores de um estojo de emergência com adrenalina para auto-administração.

 Devem também ir a um Centro de Imunoalergologia, para avaliação e eventual indicação para vacina anti-alergénica com extrato de veneno em ambiente hospitalar, afirma a CUF.

Como posso prevenir as picadas?

 A CUF deu alguns conselhos para reduzir o risco de ser picado pela vespa.
  • Mantenha-se calmo e movimente-se devagar se vir as vespas. Não agite os braços, nem as enxote;
  • Cubra a pele exposta usando mangas compridas e calças nas alturas que as vespas são mais ativas – como o nascer e o pôr-do-sol;
  • Calce sapatos fechados quando estiver na rua;
  • Aplique repelente de insetos na pele exposta e por cima da roupa. Se utilizar também protetor solar, faça-o antes de aplicar o repelente;
  • Tenha cuidado quando estiver perto de flores, lixos, águas estagnadas ou em zonas exteriores com comida;
  • Nunca perturbe os ninhos;
  • Evite acampar perto de zonas com água parada, como lagos e pântanos;
  • Mantenha os alimentos e bebidas tapadas enquanto estiver a consumi-los ao ar livre;
  • Em zonas de risco, mantenha as portas e janelas da casa e do carro fechadas, sobretudo no final do dia, ou coloque uma rede mosquiteira para prevenir a entrada de insetos.
  •  
Quando é que chegaram a Portugal?

 As vespas apareceram pela primeira vez na Europa no território francês em 2004.

 Seis anos depois a sua presença foi confirmada em Espanha. Em 2011 apareceu em Portugal e na Bélgica, e no final de 2012 chegou à Itália.

Também já está na Alemanha e no Reino Unido.

Em Portugal, foi pela primeira vez identificada em Viana do Castelo.

Durante alguns anos ficou no norte do país, mas estão a encontrar condições atmosféricas mais adequadas a sul.

 De acordo com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, criado em 2018, os distritos com mais casos são: Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra e Viseu.

Vieram de onde?

 Segundo o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, a vespa velutina é uma espécie de origem asiática.

A sua área de distribuição natural estende-se pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia até ao leste da China, Indochina e o arquipélago da Indonésia.

Estão normalmente em zonas montanhosas e mais frescas, pelo que pode estar adaptada para explorar ambientes temperados.

A subespécie que foi introduzida na Europa é a vespa velutina nigrithorax, também chamada de vespa de patas amarelas. Esta subespécie vive no norte da Índia – Darjeeling, Sikkim - no Butão, na China e nas montanhas de Sumatra e Sulawesi, na Indonésia.

Fora da sua área de distribuição natural, a vespa foi encontrada na Coreia do Sul em 2003, onde também se estabeleceu e se tornou uma espécie invasora.

Como a identifico?


Ver a imagem de origem
VESPA ASIÁTICA



 O inseto tem grandes dimensões, a cabeça é preta com face laranja ou amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, com uma faixa fina amarela. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas.

O tamanho varia de acordo com o alimento, o lugar e a temperatura, sendo que é uma das maiores espécies de vespas. A rainha pode ter até 3,5 centímetros.


Qual o impacto da espécie?

A presença da vespa representa um risco sob diferentes pontos de vista:
  • Apicultura – o efeito sobre a população de abelhas é direto, pois há uma grande predação por parte das vespas. E indireto, pela diminuição das atividades das abelhas perante a presença da vespa - que se traduz num enfraquecimento e eventualmente morte da colmeia. As consequências são uma menor produção de mel e produtos relacionados, e uma diminuição vegetal dada a importância das abelhas nesta função biológica;

  • Produção agrícola – principalmente pelo efeito indireto da diminuição da atividade polinizadora das abelhas. Além disso, a produção frutícola pode ser afectada, ao serem estas espécies vegetais fontes de hidratos de carbono na dieta da vespa - existindo relatos de estragos em pomares e vinhas de regiões invadidas;

  • Bem-estar e a segurança dos cidadãos – embora não sejam individualmente agressivas para o ser humano, reagem de forma bastante agressiva às ameaças ao seu ninho. Além disso, o grande tamanho que os ninhos podem atingir em zonas urbanas, resulta num maior risco para os cidadãos;

  • Ambiente – é uma espécie não indígena, predadora natural das abelhas e de outros insetos, o que pode eventualmente originar impactos significativos na biodiversidade.

O que faço se vir um ninho?

 De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), a deteção ou a suspeita de existência de ninhos de vespa deve ser comunicada através dos seguintes meios:

  • Contactar a GNR, através da linha SOS Ambiente e Território (808 200 520);
  •  
  • Inserção/georreferenciação online do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento online de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível no portal sosvespa.pt;

  • Preenchimento de um formulário e envio para Câmara Municipal da área onde ocorreu a observação;

  • Preenchimento de um formulário via Smartphone disponível no portal sosvespa.pt;

  • Pode solicitar a colaboração da junta de freguesia mais próxima do local de deteção/suspeita para preenchimento do formulário;

  • Deve sempre que possível anexar uma fotografia da vespa ou do ninho para possibilitar a identificação.

Vespa asiática

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
Como ler uma infocaixa de taxonomiaVespa asiática
Vespa velutina nigrithorax MHNT dos.jpg
Classificação científica
Reino: Animalia
Divisão: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Família: Vespidae
Género: Vespa
Espécie: Vespa velutina
Nome binomial
Vespa velutina
Lepeletier, 1836
A vespa-asiática (nome científico: Vespa velutina) é uma espécie de vespa nativa do Sudeste Asiático.
A espécie tem uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia
Em alguns países trata-se de uma espécie invasora que constitui uma preocupação séria das autoridades devido à sua acção predadora que põe em perigo as abelhas autóctones.[1] É uma praga que pode dizimar um enxame das europeias em poucos dias.[2]
A Vespa velutina é ligeiramente mais pequena do que as europeias vespa crabro ou da vespa mamute, mas, é muito maior que as polistes e em especial a vespa germânica[3], sendo esta última especialmente importante por ser a mais predominante no espaço europeu. Geralmente as rainhas medem 30 mm de comprimento, os machos cerca de 24 mm e as obreiras cerca de 20 mm[4].
A espécie apresenta patas amarelas características. O tórax é castanho ou preto e o abdómen castanho. Cada segmento abdominal apresenta uma borda posterior amarela e estreita, exceto o quarto segmento, que é cor-de-laranja. A cabeça é preta e a face amarela. As várias formas regionais diferem significativamente na cor, o que causa dificuldades na classificação.

Ninho

Na Primavera, cada rainha das vespas velutinas constrói o seu ninho sozinha, na maioria das vezes num lugar protegido. Esses seus ninhos embrionários parecem-se a pequenas esferas, com 5 a 10cm de diâmetro e com uma abertura no fundo[5].
E depois, como é um insecto social, no fim da Primavera e Verão, faz o seu ninho secundário esféricos ou em forma de pêra, com uma pequena abertura lateral[6], de pasta de papel, geralmente nos altos das árvores, onde já podem conter até cerca 2200 vespas. Destas 150 são fundadores de novas colmeias que, no ano seguinte, poderão criar pelo menos 6 novos ninhos[7]. As rainhas sobrevivem ao Inverno num ninho primário, pequeno e mais perto do solo[8].

Na Europa

A variedade que causa problemas de invasão na Europa é a Vespa velutina nigrithorax[9].
A Vespa velutina nigritorax chegou à Europa por via marítima, em 2004. As autoridades francesas desconfiam que vieram num carregamento de bonsai, proveniente da China e descarregado em Bordéus. Nesse ano, eliminaram três ninhos. Em 2005, cinco. Mas em 2006 foram detetados 223 ninhos de vespa velutina em França e, um ano depois, os animais tinham-se espalhado por metade do país: 1613 ninhos.

Em Portugal

Em setembro de 2011 um apicultor detetou um ninho de vespas perto de Viana do Castelo. Em dezembro de 2012 estavam confirmados nove ninhos no Alto Minho. No final de fevereiro, o número tinha subido para cinquenta. Desde essa altura, incluindo esse número, até ao final de 2015 foram registados 1215 vespeiros.[10] Do distrito de Viana do Castelo espalharam-se para Braga e Vila Real. O problema são os ninhos na floresta. É por aí que as velutinas vão continuar a progressão para sul.
Em abril de 2017, os ninhos da vespa asiática são já muitos milhares em Portugal e a espécie está já confirmada no Porto, em Coimbra, em Aveiro, na Guarda, em Leiria, em Santarém, em Castelo Branco , em Viseu e, em alguns casos pontuais, no Alentejo[11].
Em Outubro de 2017 foi avistada em 12 distritos.
Em Agosto de 2019 foi avistada em Lisboa, na Quinta das Conchas e dos Liláses. No mês seguinte, parte do Parque da Pena, em Sintra, foi encerrado devido à presença de ninhos desta espécie.

Defesa

No Oriente, as abelhas asiáticas aprenderam a defender-se das velutinas. Quando uma vespa prospetora entra na colmeia, a colónia começa por fechar-lhe a saída. Depois as abelhas rodeiam o predador e formam uma bolha ao seu redor, começando a bater as asas para criar calor. As abelhas suportam temperaturas de 42 graus, as vespas apenas de 40. Então as obreiras aquecem a temperatura da colmeia até aos 41 graus, quase se matando a si próprias para eliminarem a vespa[12].

Meios de luta

Incineração

Os ninhos podem ser destruídos pelas autoridades por incineração completa, evitando a dispersão de algumas vespas que iriam de imediato fundar vários ninhos.

Anidrido sulfuroso

Um ninho pode ser destruído até 20 metros de distância por uso de um tubo telescópico injetando dióxido de enxofre dentro do ninho. Este gás tem propriedades refrigerantes e congela o ninho inteiro[13]

Vara com cola

Uma armadilha simples de realizar consiste em uma vara de 30 cm de comprimento cuja extremidade é recoberta de cola para ratos. A captura da vespa consiste em tocá-la com a ponta da vara. Esta ferramenta seletiva e respeitosa do meio ambiente permite a captura das jovens fundadoras de colónia, atraídas durante a primavera para comedores contendo mel e restos de carne ou peixe. Visitando o comedor cada 2 ou 3 horas, é possível eliminar as vespas sem perturbas os outros insetos atraídos pela comida.
No entanto esta técnica é muito discutida e deve ser usada com caução.
Assim que um ninho desenvolvido é localizado, é preciso parar de capturar as fundadoras para evitar capturar a sua rainha. O ninho encarragar-se-á de impedir a fundação de outras colónias nas redondezas. O ninho pode ser destruído por incineração em julho, quando as jovens fundadoras já não poderão criar novas colónias viáveis.
A captura poderia também ser negativa para a vespa europeia se a captura é insuficientemente seletiva ou prolonga-se depois de abril. A experiência de outras invasões e diferentes estudos científicos sobre a biologia das vespas mostram que mais de 90% das jovens fundadoras morrem em luta entre elas para locais de nidificação. Se a captura mata outros insetos, o ambiente alterado favorece a instalação das vespas asiáticas. Por essas razões, esta técnica não é aconselhada.

Proteção das colmeias

Entrada de uma colmeia com grelha de proteção
Existem portas de entrada para colmeias que só deixam passar abelhas. Uma rede maio pode proteger toda a colmeia ou uma zona mais extensa à volta dela[14]. A rede impede as vespas de penetrar e esvaziar as colmeias. A rede não protege contra a caça de abelhas em pleno voo mas limita os danos. É preciso certificar-se que a rede não impede a entrada dos machos na altura da fecundação.

Galinhas

Galinha de raça Janzé
Os frangos em crescimento nascidos em ambiente natural e educados por uma galinha são predadores ocasionais das vespas asiáticas. Pode então ser considerada a instalação de uma colmeia dentro de um galinheiro.
Em particular, a galinha de raça Janzé, é muito boa predadora, dando saltos e apanhando a vespa quando esta última está em voo estacionário em cima de uma colmeia. Descartando a cabeça, a galinha come o corpo da vespa.

Plantas carnívoras

Um estudo do Jardim de plantas de Nantes (França) mostra que a planta carnívora Sarracenia oreophila atrai especificamente a vespa asiática e seria promissora na luta contra a invasora, cada planto podendo eliminar até 50 vespas. No entanto a planta não seria suficiente para lutar contra colónias que podem contar até 3000 vespas.

Parasitas

Nematoda da família dos Mermithidae, parasita da vespa asiática
Procura-se conhecer melhor os parasitas que podem ter um papel importante na luta biológica. Estudos [15]. Uma espécie do género Pheromermis, provavelmente Pheromermis vesparum, parasita a vespa. É uma espécie local, europeia, que se adaptou ao novo hóspede. Mas muito poucos foram encontrados a parasitar vespas, por que os hóspedes intermédios as Phryganea só fazem parte de maneira ocasional da alimentação das vespa, não permitindo o uso do parasita em luta biológica.

Referências


  1. Can parasites halt the invader? Mermithid nematodes parasitizing the yellow-legged Asian hornet in France, https://doi.org/10.7717/peerj.947

Ligações externas

  • Tan, K; Radloff, SE; Li, JJ; Hepburn, HR; Yang, MX; Zhang, LJ; Neumann, P (junho de 2007). «Bee-hawking by the wasp, Vespa velutina, on the honeybees Apis cerana and A. mellifera». Naturwissenschaften. 94 (6): 469–72. doi:10.1007/s00114-006-0210-2

  • Boletim municipal de Viana do Castelo, Dezembro de 2015, p. 31

  • Ficha de identificação da espécie. Possíveis confusões com outros insetos, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), República Portuguesa

  • «Untitled Document». vespa-bicolor.net

  • Ficha de identificação de ninhos. Possíveis confusões com outros insetos. Q. Rome, F. Muller et C. Villemant - UMR7205 CNRS-MNHN - Paris, France. Tradução: Maria José Valério LNIV / INIAV - Adaptado por ICNF, I.P.

  • Ficha de identificação de ninhos. Possíveis confusões com outros insetos. Q. Rome, F. Muller et C. Villemant - UMR7205 CNRS-MNHN - Paris, France. Tradução: Maria José Valério LNIV / INIAV - Adaptado por ICNF, I.P.

  • Boletim municipal de Viana do Castelo, Dezembro de 2015, p. 31

  • Que espécie é esta: Vespa-asiática, por Inês Sequeira, Wilder, 11.05.2020

  • BBC News (8 de outubro de 2015). «Pitcher plant in France eats bee-killing Asian hornets»

  • Boletim municipal de Viana do Castelo, Dezembro de 2015, p. 31

  • «Quercus alerta para descontrolo da praga da vespa asiática»

  • «A morte silenciosa das abelhas»

  • https://noticiasdecoura.com/paredes-de-coura-e-pioneira-no-combate-a-vespa-asiatica/

  • Cabana com rede, Museum d'histoire naturelle (França)



    23.9.19

    DOLMEN DE GUADALPERAL ou o STONEHENGE ESPANHOL




                   Seca revelou conjunto de menires debaixo de água com mais de 4 mil anos.

      Durante décadas, um cromeleque (conjunto de pedras pré-histórico em círculo) esteve oculto sob as águas do rio Tejo, no reservatório espanhol Valdecañas.

    Meses de seca intensa fizeram desaparecer as águas do reservatório - revelando assim toda a estrutura megalítica. É uma oportunidade para o reinício das investigações sobre o enigmático círculo, mas também o início da discussão sobre se as pedras devem ser movidas ou deixadas no mesmo sítio.
    Constituída por 150 menires dispostos em círculo, o Dólmen de Guadalperal é também conhecido como "Stonehenge espanhol".
     
     Foi construído na Idade do Cobre ou do Bronze, nas margens do rio Tejo, há pelo menos 4.000 anos.

    Os menires colocados na vertical fazem lembrar os famosos que constituem o conjunto britânico Stonehenge, bem como outros conjuntos megalíticos que há um pouco por toda a Europa, todos, supõe-se, para o mesmo fim.
    Ao longo dos tempos, foram sendo colocadas lajes horizontais formando uma estrutura como um túmulo ou abrigo fechado chamado dólmen.

    As teorias sobre pedras dispostas em círculo

    Durante anos se acreditou que estes cromeleques funcionavam como um calendário ou observatório astronómico.

    Já no século XXI, os arqueólogos desenvolveram a tese de que Stonhenge teria sido um cemitério, utilizado como um túmulo para famílias distintas, depois de 10 anos de pesquisas que incluíram escavações, trabalho de laboratório e a análise de 63 antigos restos humanos.
    Análises efetuadas aos restos de 80.000 ossos de animais detetados no local também sugerem que, por volta de 2.500 A.C., decorreram em Stonehenge grandes festas comunitárias, como a celebração dos solstícios do verão e do inverno.

    © Chris Helgren / Reuters
     
    Perdido nos tempos, o local milenar foi redescoberto em 1920 e captou a atenção do antropólogo alemão Hugo Obermaier.
    Mas o tempo que teve para estudar as pedras foi pouco. O Estado espanhol começou a transformar o rio Tejo num reservatório, que engoliu não só o cromeleque, mas também vários outros locais historicamente significativos de vários períodos.
    Na década de 1960, a estrutura pré-histórica praticamente desapareceu de vista.
    Este ano de 2019 foi particularmente seco, com Espanha a sofrer o junho mais seco do século, o que fez com que os menires reaparecessem.

    Duas imagens do satélite Landsat da NASA mostram bem como a terra sofreu uma grande transformação devido ao excesso de calor.


    Dolmen de Guadalperal

    Dolmen de Guadalperal
    El dolmen de Guadalperal, también conocido como el tesoro de Guadalperal y como el Stonehenge español por su parecido al crómlech de Stonehenge, 1​ es un monumento megalítico que data de entre el III y el II milenio a.C. que está situado en la localidad cacereña de El Gordo, aunque el municipio más cercano es Peraleda de la mata, en la comarca del Campo Arañuelo en el este de Extremadura en España. Se encuentra bajo las aguas del embalse de Valdecañas en el río Tajo y solamente es visible cuando el nivel de las aguas lo permite.

    Descripción

    Consta de 150 (otras fuentes señalan 140) piedras de granito, ortostatos, puestas en disposición vertical que conforman una cámara ovoide de cinco metros de diámetro que estuvo formada por 13 fragmentos de pared, de los que faltan cuatro. precedida por un pasillo de acceso de unos 21 metros de largo y 1,3 a 1,4 metros de ancho. Al final del pasillo, justo a la entrada de la cámara, se encuentra un menhir de unos dos metros de alto que tiene esculpidas una serpiente y varias cazoletas, se estima que dichas figuras servirían como protección del lugar. Recientes estudios indican que la supuesta serpiente podría tratarse de una representación del curso del rio Tajo, ya que presenta muchas similitudes en un estudio sobre plano de sus meandros. La cámara, del tipo anta, tipo de construcción común en el oeste de la península Ibérica, está formada por 140 piedras y estuvo recubierta por un túmulo de tierra y grava. La rodea otro anillo circular que servía para contener el túmulo superior, posiblemente por la inclinación del terreno en el que está aasentado.
    Según las últimas investigaciones, el menhir tallado con un grabado alargado y ondulado, con forma similar a una serpiente, se estima que se puede corresponder con una representación del río Tajo a su paso por la zona.2

    Historia

    El monumento se halló en 1926, en el transcurso de la campaña de investigación y excavaciones que entre 1925 y 1927 dirigió el arqueólogo alemán Hugo Obermaier, capellán de la casa de Alba, y a su muerte sería el matrimonio alemán Georg y Vera Leisner, el encargado de recopilar la documentacuión dispersa entre la Universidad de Friburgo y la finca de los Alba y realizando una publicación científica sobre el mismo. Se estima que pudo haber sido un templo solar, así como un enclave de enterramientos. Los restos romanos encontrados en el lugar, una moneda, fragmentos de cerámica y una piedra de moler indican que en esa época fue removido seguramente para su saqueo. En una escombrera cercana se hallaron 11 hachas, cerámicas, cuchillos de pedernal y un punzón de cobre. También se encontró un asentamiento de la época de la construcción que se estima pudiera ser de los constructores del sepulcro. En él había hogares, manchas de carbón y cenizas, mucha cerámica, molinos y piedras para afilar hachas entre otros objetos.3

    Conservación

    En 1963 con la construcción de la presa de Valdecañas en el río Tajo, su embalse inundó el monumento quedando oculto bajo las aguas, solo es visible cuando estas están bajas. En la última década, en verano, debido a la sequía ha sido posible ver el Dolmen en varias ocasiones parcialmente.
    El hecho de estar sumergido la mayor parte del tiempo ha deteriorado el monumento erosionando las piedras y perjudicando los grabados de las mismas. Durante los estudios realizados por Hugo Obermaier se hicieron reproducciones de los grabados hallados que fueron publicadas en 1960 por los arqueólogos alemanes Georg y Vera Leisner. La asociación Raíces de Peraleda está solicitando su recuperación ante el deterioro apreciado.1
    En 2019, tras una nueva sequía que permitió observar los daños en el monumento se pusieron en marcha acciones para su conservación y declaración como Bien de Interés Cultural.4

    22.9.19

    ALCABIDECHE

    Era assim a minha região.


    Alcabideche

    Ó tu que habitas Alcabideche! Oxalá nunca te faltem
    cereais para semear, nem cebolas, nem abóboras!

    Se és homem decidido precisas de um moinho
    que trabalhe com as nuvens sem dependeres de regatos.

    Quando o ano é bom, a terra de Alcabideche
    não vai além de vinte cargas de cereais.

    Se rende mais, então sucedem-se
    ininterruptamente e em grupos compactos,
    os javalis dos descampados.

    Alcabideche pouco tem do que é bom e útil,
    como eu próprio, quase surdo, como sabes.
    Eis-me em Alcabideche colhendo silvas com uma podoa ágil e cortante


    Se te disserem: “gostas deste trabalho?” responde: “sim”.

    O amor da liberdade é o timbre de um carácter nobre.

    Tão bem me governaram o amor e os benefícios de Abu Bacre Almodafar
    que parti para um campo primaveril.

    Ibn Muqana, de seu nome completo Abu Zayd'Abd ar-Rahmān ibn Muqana, poeta árabe da segunda metade do séc. XI, nascido e falecido em Alcabideche, entre Cascais e Sintra.

     Traduzido do árabe por Adalberto Alves, in Portugal na Espanha Árabe, de António Borges Coelho, Editorial Caminho,

    17.9.19

    IN LOCO

    BIOGRAFIA

    Grupo de Lisboa formado em 1987. Os elementos eram José Fernando Santos (voz), Fernando Alberto Guiomar (guitarra), José António Sousa (bateria), Maria João Castanheira (teclas) e Ralf Staub Martins (baixo).
    Em Fevereiro de 1987 participaram no 4º Concurso de Música Moderna, organizado pelo RockIn Loco Rendez-Vous, mas acabaram por ser excluídos após assinarem contrato com a RM Discos, editora ligada à Dansa do Som.
    É editado o seu primeiro single com os temas "Já Não Há Heróis" e "Lobisomem". O single obtém grande sucesso vendendo mais de 9.000 cópias.
    Em 1988, os In Loco lançaram um novo single com os temas "Passageiro da Noite" e "Atlântida". No ano seguinte foi editado o single "Feitiço da Lua".
    O grupo ainda durará até ao ano de 1991.
    Em 2003 regressam com José Fernando (voz), Fernando Guiomar (guitarra) e Alfredo (bateria). A estes juntaram-se um baixista e um teclista.
    Em Junho de 2003  é editado o álbum "Já Não Há Heróis" que inclui temas como "Já Não Há Heróis", "Passageiro da Noite", "Chuva de Cores", "Português Marinheiro" e "Leve o Tempo que Levar". 


    DISCOGRAFIA
    Já Não Há Heróis/Lobisomem (Single, RM Discos, 1987)
    Passageiro da Noite/Casos (Single, RM Discos, 1988)
    Feitiço da Lua/Atlântida (Single, RM Discos, 1989)
    Já Não Há Heróis (CD, Ovação, 2003)


    NO RASTO DE...
    Fernando Guiomar colaborou com Vítor Rua no Conjunto de Mandelbrot, Ressoadores e Vydia Ensemble. Também fez parte do Duo Cantabile com o flautista António Marques. Chegou a fazer a pré-produção do seu primeiro álbum a solo que esteva previsto para 1994. Em 1995 entrou para os Duplex Longa. Depois esteve no Trio de Guitarras de Lisboa que lançaram um álbum em 1997. Actualmente faz parte dos Trape-Zape que lançaram em 2002 o seu álbum de estreia, homónimo.
    Padi tocou com os Civitae (CMMRRV, 1988), General Peck e Tambor.


    16.9.19

    " PLANTA BETADINE " E OUTRAS DESIGNAÇÕES

    Quelidónia-maior



     

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    Como ler uma infocaixa de taxonomiaChelidonium
    Chelidonium majus
    Chelidonium majus
    Classificação científica
    Reino: Plantae
    Filo: Magnoliophyta
    Classe: Magnoliopsida
    Ordem: Ranunculales
    Família: Papaveraceae
    Género: Chelidonium
    Espécie: Chelidonium majus
    Nome binomial
    Chelidonium majus
    L.
    Wikispecies
    O Wikispecies tem informações sobre: Quelidónia-maior
    Quelidónia-maior (Chelidonium majus),

     também conhecida por outros nomes vulgares como caledónia, celidónia, quelidónia, erva-andorinha, seruda ou erva-das-verrugas, é uma planta da família das papoilas (Papaveraceae).

     O nome do seu género científico deriva do grego chelidón, que significa "andorinha".

     De facto, em Portugal é ainda conhecida como "erva das andorinhas", já que começa a florescer no início da Primavera (Março), mantendo a flor até ao Outono (Setembro), altura em que as andorinhas migram.

    É uma planta vivaz originária da Europa, Norte de África e a Ásia Ocidental.

     O seu habitat preferencial situa-se em locais com entulho (espécie ruderal), sobre paredes e muros (espécie rupícola) ou em solos frescos.[1] A sua seiva leitosa, amarelo-alaranjada, lembra a tintura de iodo.

     

    Uso medicinal

     

    A quelidónia-maior já era utilizada como erva medicinal pelos médicos gregos, especialmente no tratamento de problemas de pele, vesícula e fígado.

     Na China era utilizada como relaxante muscular, no tratamento das cataratas e como anti-espasmódico.

    Hahnemann refere também o seu uso entre 1821 - 1834, altura em que escreveu a Materia Medica Pura.

    A sua seiva contém alcalóides tóxicos, pelo que é perigoso ingeri-la, tanto fresca, como seca.

    O seu nome vulgar, "erva-das-verrugas", refere-se ao facto de ser utilizada popularmente para curar estes problemas de pele.

     A sua seiva é ainda utilizada como cicatrizante, ainda que várias fontes bibliográficas alertem para os cuidados que se devem ter no seu manuseamento, já que é uma planta venenosa, de seiva corrosiva.

     

    Outras designações vulgares

    A planta é ainda designada como: aruda, celidónia, cedronha, ceredonha, ceruda, cerúdia, erva-andorinha, erva-leiteira, erva-das-cortadelas, erva-das-verrugas, grande-queidónia, leitaria, quelidónia, quelidónia-maior.[1]

     O facto de a sua seiva ter cor amarelo-alaranjada e ser utilizada popularmente na cicatrização de feridas deu-lhe ainda novas designações vulgares como "planta-betadine", "erva-do-mercúrio" (ou mercurocromo), etc.[2]
    O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Quelidónia-maior

     

    Referências bibliográficas




  • Chelidonium majus L. in Flora Digital de Portugal - acesso a 18 de Março de 2008




    1.9.19

    VESPA ASIÁTICA ( VESPA VELUTINA ) É UMA ESPÉCIE INVASORA



    Os especialistas não querem ouvir chamar-lhe ‘assassina’ e insistem em explicar os riscos, mas sem alarmismos.

     Sim, como espécie invasora e predadora de insetos, a vespa velutina está a conquistar território em Portugal e afeta, nomeadamente, a apicultura.

     Mas só é perigosa para quem seja alérgico às picadas ou para quem tente destruir os ninhos sem respeitar as regras.

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    NINHO DE VESPA ASIÁTICA



    Um ninho de vespas asiáticas foi destruído em Lisboa, levando esta sexta-feira ao encerramento dos jardins das Quintas das Conchas e dos Lilases – para que todas as árvores sejam verificadas – mas, apesar da má fama da espécie, quem a conhece mais de perto garante que a notícia não justifica alarmismos nem representa necessariamente uma surpresa.

    “Estamos a falar de uma espécie invasora, com capacidade para se deslocar sozinha e com a particularidade de, num ciclo anual, cada rainha conseguir formar uma nova colónia.

     Ou seja, se apenas uma conseguir passar para um novo território, ela chegará para formar um novo ninho”, explicou ao Expresso Tiago Moreira, da Associação de Apicultores do Cávado e Ave (APICAVE).

    É um facto. Como é um facto a vespa velutina (é este o seu nome científico) ter chegado a Portugal em 2011, estando ano a ano a conquistar novas zonas do país, de Norte para Sul.


     Os dados mais recentes mostram que terá chegado ao território do Médio Tejo, mas, ainda assim, a sua caminhada acontece a um ritmo de progressão que Tiago Moreira considera estar “mais ou menos” de acordo com o expectável.

     “Sabemos que esta vespa entrou na Europa através de um porto em França, em 2004, provavelmente vinda da China a bordo de um navio”, recorda, acrescentando que em França a velutina foi progredindo pelo país a uma média de 100 quilómetros por ano.

     “Em Portugal, o ritmo tem sido de 70 ou 80 quilómetros por ano, algo que sabíamos ser quase inevitável, dado estarmos a falar de uma espécie que se adapta muito facilmente”, afirma o apicultor.

    Maior do que a vespa comum, cabeça preta com face laranja ou amarelada, o corpo castanho escuro ou mesmo preto, um segmento no abdómen amarelo-alaranjado na parte dorsal, as asas escuras e as patas castanhas com extremidades amarelas, a vespa asiática é proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da India, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia.


    Agressivas apenas se se sentirem ameaçadas

    Os especialistas contrariam a ideia de uma ‘vespa assassina’.

     No site do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) pode ler-se que a velutina representa uma ameça para a apicultura (“por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas”), e também para a saúde pública, mas a nota informativa sublinha que estas vespas não são mais agressivas do que a espécie europeia – reagem, “incluindo perseguições até algumas centenas de metros”, mas apenas “no caso de sentirem os ninhos ameaçados”.


    Outro impacto, não visível, resulta do facto de estas vespas não comerem apenas as abelhas, mas todos os outros insetos, o que afeta a polinização em geral.


    Tiago Moreira conhece-as bem e nesta altura do ano é comum vê-las diariamente. “A minha atividade como apicultor implica andar em veículos que cheiram a mel, o que as atrai, por isso é normal vê-las aparecer. Nunca tive qualquer problema e mesmo nas cidades, como em Braga, por exemplo, as pessoas já se habituaram.

     O risco é semelhante ao das outras vespas: é perigosa para quem for alérgico às picadas”.

    Procedimentos bem sistematizados

     

    Por precaução, e também porque distinguir um ninho de vespas asiáticas pode não ser uma tarefa tão evidente quanto isso, a regra de ouro é nunca tentar destruir um ninho pelos seus próprios meios. A operação requer especialistas e Portugal tem definido um plano de ação para a vigilância e controlo da espécie, onde os procedimentos a seguir estão bem sistematizados.

    Comunicar a deteção ou suspeita em relação à existência de um ninho é o primeiro passo a adotar, o que pode ser feito através do portal sosvespa.pt (anexar fotografias é uma ajuda).

     Também é possível contactar a linha SOS Ambiente (808200520), para saber o que fazer, sendo a informação encaminhada para as câmaras municipais das áreas correspondentes às notificações recebidas. São os departamentos de proteção civil das autarquias que coordenam as destruições dos ninhos, sempre com equipamento de proteção, de acordo com o Manual de Boas Práticas para o efeito.

    Os custos envolvidos levaram o Governo a reforçar, em julho, o montante para apoiar os municípios, somando 400 mil euros à verba inicialmente destinada a esse fim e que fora fixada em um milhão de euros.

    O mais importante, dizem os especialistas, será passar a uma ação mais preventiva, já que é difícil controlar a progressão da espécie quando estão já formados os ninhos, com milhares de vespas em cada um.

     Identificar e destruir os ninhos primários deve ser uma prioridade, tarefa mais difícil por estes serem de pequena dimensão - cerca de 5 a 10 centímetros de diâmetro. 


    Parte do trabalho dos organismos envolvidos na vigilância e controle da vespa asiática tem sido o de dar formação.

     O problema começou com algum descontrolo, após a identificação dos primeiros ninhos em Viana do Castelo, em 2011. Mas agora “temos a informação e já não há razão para não estarmos preparados”, defende Tiago Moreira.*


    Vespa asiática

     

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Como ler uma infocaixa de taxonomiaVespa asiática
    Vespa velutina nigrithorax MHNT dos.jpg
    Classificação científica
    Reino: Animalia
    Divisão: Arthropoda
    Classe: Insecta
    Ordem: Hymenoptera
    Família: Vespidae
    Género: Vespa
    Espécie: Vespa velutina
    Nome binomial
    Vespa velutina
    Lepeletier, 1836
    A vespa-asiática (nome científico: Vespa velutina) é uma espécie de vespa nativa do Sudeste Asiático.
    A espécie tem uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia
    Em alguns países trata-se de uma espécie invasora que constitui uma preocupação séria das autoridades devido à sua acção predadora que põe em perigo as abelhas autóctones.[1] É uma praga que pode dizimar um enxame das europeias em poucos dias.[2]
    A Vespa velutina é ligeiramente mais pequena do que vespa europeia. Geralmente as rainhas medem 30 mm de comprimento, os machos cerca de 24 mm e as obreiras cerca de 20 mm.[3] A espécie apresenta patas amarelas características. O tórax é castanho ou preto e o abdómen castanho. Cada segmento abdominal apresenta uma borda posterior amarela e estreita, exceto o quarto segmento, que é cor-de-laranja. A cabeça é preta e a face amarela. As várias formas regionais diferem significativamente na cor, o que causa dificuldades na classificação.