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28.9.19

VESPA ASIÁTICA. O QUE FAZER SE FOR PICADO .

 " elas " já chegaram à serra de Sintra.

 

Saiba o que fazer se for picado por uma vespa asiática

Inseto chegou a Portugal em 2011, na zona de Viana do Castelo. 

 
A vespa asiática chegou a Portugal em 2011, na zona de Viana do Castelo.

 Deste então começou a expandir-se para o resto do país. Nas últimas semanas, as vespas foram identificadas na zona metropolitana de Lisboa – depois de obrigarem a encerrar os Jardins das Quintas das Conchas e dos Lilases, no final de agosto.


Mais recentemente a zona ocidental do Parque da Pena, em Sintra foi encerrada por avistamento de um ninho. O local vai reabrir na quinta-feira, depois de terem injetado o ninho com insecticida.

Algumas mortes também já foram associadas a estas vespas. Um homem de Guimarães morreu este fim-de-semana depois de ser picado por uma vespa, embora as causas da morte ainda não estarem confirmadas.

O que fazer se for picado?

Na maior parte dos casos a picada pode ser tratada em casa. De acordo com a CUF, estes são alguns cuidados que deve ter:
  1. Remova o ferrão da abelha ou parte do inseto que possa ainda estar cravado na pele; 
  2. Lave o local da picada abundantemente com água fria;
  3. Se sentir dor, tome um analgésico, como o paracetamol ou iboprofeno. Siga sempre as indicações do folheto e tome a dose recomendada;
  4. Se tem comichão, aplique gelo ou uma pomada de venda-livre comprada na farmácia para aliviar o sintoma. Outra opção passa por tomar um anti-histamínico;
  5. Para reduzir o edema aplique gelo na lesão.
E se for alérgico?

 Geralmente a picada da vespa provoca apenas uma reação local, com dor, comichão, vermelhidão e inchaço no local da picada. Nos casos de reação alérgica grave – anafilaxia – os sintomas surgem alguns minutos após a picada e têm vários graus de gravidade:

  • Reação cutânea - urticária, angiodema;
  • Sintomas digestivos - náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal;
  • Respiratórios - pieira, estridor, falta de ar;
  • Cardiovasculares – taquicardia, tonturas, confusão, sensação de desmaio;
  • Choque anafiláctico com paragem cardiorrespiratória.
Os doentes com historial de reações alérgicas devem ser portadores de um estojo de emergência com adrenalina para auto-administração.

 Devem também ir a um Centro de Imunoalergologia, para avaliação e eventual indicação para vacina anti-alergénica com extrato de veneno em ambiente hospitalar, afirma a CUF.

Como posso prevenir as picadas?

 A CUF deu alguns conselhos para reduzir o risco de ser picado pela vespa.
  • Mantenha-se calmo e movimente-se devagar se vir as vespas. Não agite os braços, nem as enxote;
  • Cubra a pele exposta usando mangas compridas e calças nas alturas que as vespas são mais ativas – como o nascer e o pôr-do-sol;
  • Calce sapatos fechados quando estiver na rua;
  • Aplique repelente de insetos na pele exposta e por cima da roupa. Se utilizar também protetor solar, faça-o antes de aplicar o repelente;
  • Tenha cuidado quando estiver perto de flores, lixos, águas estagnadas ou em zonas exteriores com comida;
  • Nunca perturbe os ninhos;
  • Evite acampar perto de zonas com água parada, como lagos e pântanos;
  • Mantenha os alimentos e bebidas tapadas enquanto estiver a consumi-los ao ar livre;
  • Em zonas de risco, mantenha as portas e janelas da casa e do carro fechadas, sobretudo no final do dia, ou coloque uma rede mosquiteira para prevenir a entrada de insetos.
  •  
Quando é que chegaram a Portugal?

 As vespas apareceram pela primeira vez na Europa no território francês em 2004.

 Seis anos depois a sua presença foi confirmada em Espanha. Em 2011 apareceu em Portugal e na Bélgica, e no final de 2012 chegou à Itália.

Também já está na Alemanha e no Reino Unido.

Em Portugal, foi pela primeira vez identificada em Viana do Castelo.

Durante alguns anos ficou no norte do país, mas estão a encontrar condições atmosféricas mais adequadas a sul.

 De acordo com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, criado em 2018, os distritos com mais casos são: Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra e Viseu.

Vieram de onde?

 Segundo o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, a vespa velutina é uma espécie de origem asiática.

A sua área de distribuição natural estende-se pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia até ao leste da China, Indochina e o arquipélago da Indonésia.

Estão normalmente em zonas montanhosas e mais frescas, pelo que pode estar adaptada para explorar ambientes temperados.

A subespécie que foi introduzida na Europa é a vespa velutina nigrithorax, também chamada de vespa de patas amarelas. Esta subespécie vive no norte da Índia – Darjeeling, Sikkim - no Butão, na China e nas montanhas de Sumatra e Sulawesi, na Indonésia.

Fora da sua área de distribuição natural, a vespa foi encontrada na Coreia do Sul em 2003, onde também se estabeleceu e se tornou uma espécie invasora.

Como a identifico?


Ver a imagem de origem
VESPA ASIÁTICA



 O inseto tem grandes dimensões, a cabeça é preta com face laranja ou amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, com uma faixa fina amarela. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas.

O tamanho varia de acordo com o alimento, o lugar e a temperatura, sendo que é uma das maiores espécies de vespas. A rainha pode ter até 3,5 centímetros.


Qual o impacto da espécie?

A presença da vespa representa um risco sob diferentes pontos de vista:
  • Apicultura – o efeito sobre a população de abelhas é direto, pois há uma grande predação por parte das vespas. E indireto, pela diminuição das atividades das abelhas perante a presença da vespa - que se traduz num enfraquecimento e eventualmente morte da colmeia. As consequências são uma menor produção de mel e produtos relacionados, e uma diminuição vegetal dada a importância das abelhas nesta função biológica;

  • Produção agrícola – principalmente pelo efeito indireto da diminuição da atividade polinizadora das abelhas. Além disso, a produção frutícola pode ser afectada, ao serem estas espécies vegetais fontes de hidratos de carbono na dieta da vespa - existindo relatos de estragos em pomares e vinhas de regiões invadidas;

  • Bem-estar e a segurança dos cidadãos – embora não sejam individualmente agressivas para o ser humano, reagem de forma bastante agressiva às ameaças ao seu ninho. Além disso, o grande tamanho que os ninhos podem atingir em zonas urbanas, resulta num maior risco para os cidadãos;

  • Ambiente – é uma espécie não indígena, predadora natural das abelhas e de outros insetos, o que pode eventualmente originar impactos significativos na biodiversidade.

O que faço se vir um ninho?

 De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), a deteção ou a suspeita de existência de ninhos de vespa deve ser comunicada através dos seguintes meios:
  • Contactar a GNR, através da linha SOS Ambiente e Território (808 200 520);
  •  
  • Inserção/georreferenciação online do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento online de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível no portal sosvespa.pt;

  • Preenchimento de um formulário e envio para Câmara Municipal da área onde ocorreu a observação;

  • Preenchimento de um formulário via Smartphone disponível no portal sosvespa.pt;

  • Pode solicitar a colaboração da junta de freguesia mais próxima do local de deteção/suspeita para preenchimento do formulário;

  • Deve sempre que possível anexar uma fotografia da vespa ou do ninho para possibilitar a identificação

22.9.19

IBN MUQANA

Era assim a minha região.


Alcabideche

Ó tu que habitas Alcabideche! Oxalá nunca te faltem
cereais para semear, nem cebolas, nem abóboras!

Se és homem decidido precisas de um moinho
que trabalhe com as nuvens sem dependeres de regatos.

Quando o ano é bom, a terra de Alcabideche
não vai além de vinte cargas de cereais.

Se rende mais, então sucedem-se
ininterruptamente e em grupos compactos,
os javalis dos descampados.

Alcabideche pouco tem do que é bom e útil,
como eu próprio, quase surdo, como sabes.
Eis-me em Alcabideche colhendo silvas com uma podoa ágil e cortante


Se te disserem: “gostas deste trabalho?” responde: “sim”.

O amor da liberdade é o timbre de um carácter nobre.

Tão bem me governaram o amor e os benefícios de Abu Bacre Almodafar
que parti para um campo primaveril.

Ibn Muqana, de seu nome completo Abu Zayd'Abd ar-Rahmān ibn Muqana, poeta árabe da segunda metade do séc. XI, nascido e falecido em Alcabideche, entre Cascais e Sintra.

 Traduzido do árabe por Adalberto Alves, in Portugal na Espanha Árabe, de António Borges Coelho, Editorial Caminho,

16.9.19

ERVA DAS VERRUGAS

Quelidónia-maior



 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaChelidonium
Chelidonium majus
Chelidonium majus
Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ranunculales
Família: Papaveraceae
Género: Chelidonium
Espécie: Chelidonium majus
Nome binomial
Chelidonium majus
L.
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Quelidónia-maior
Quelidónia-maior (Chelidonium majus),

 também conhecida por outros nomes vulgares como caledónia, celidónia, quelidónia, erva-andorinha, seruda ou
erva-das-verrugas, é uma planta da família das papoilas (Papaveraceae).

 O nome do seu género científico deriva do grego chelidón, que significa "andorinha".

 De facto, em Portugal é ainda conhecida como "erva das andorinhas", já que começa a florescer no início da Primavera (Março), mantendo a flor até ao Outono (Setembro), altura em que as andorinhas migram.

É uma planta vivaz originária da Europa, Norte de África e a Ásia Ocidental.

 O seu habitat preferencial situa-se em locais com entulho (espécie ruderal), sobre paredes e muros (espécie rupícola) ou em solos frescos.[1] A sua seiva leitosa, amarelo-alaranjada, lembra a tintura de iodo.

 

Uso medicinal

 

A quelidónia-maior já era utilizada como erva medicinal pelos médicos gregos, especialmente no tratamento de problemas de pele, vesícula e fígado.

 Na China era utilizada como relaxante muscular, no tratamento das cataratas e como anti-espasmódico.

Hahnemann refere também o seu uso entre 1821 - 1834, altura em que escreveu a Materia Medica Pura.

A sua seiva contém alcalóides tóxicos, pelo que é perigoso ingeri-la, tanto fresca, como seca.

O seu nome vulgar, "erva-das-verrugas", refere-se ao facto de ser utilizada popularmente para curar estes problemas de pele.

 A sua seiva é ainda utilizada como cicatrizante, ainda que várias fontes bibliográficas alertem para os cuidados que se devem ter no seu manuseamento, já que é uma planta venenosa, de seiva corrosiva.

 

Outras designações vulgares

A planta é ainda designada como: aruda, celidónia, cedronha, ceredonha, ceruda, cerúdia, erva-andorinha, erva-leiteira, erva-das-cortadelas, erva-das-verrugas, grande-queidónia, leitaria, quelidónia, quelidónia-maior.[1]

 O facto de a sua seiva ter cor amarelo-alaranjada e ser utilizada popularmente na cicatrização de feridas deu-lhe ainda novas designações vulgares como "planta-betadine", "erva-do-mercúrio" (ou mercurocromo), etc.[2]
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