Sintra-Cascais
O Parque Natural de Sintra-Cascais é uma zona privilegiada de turismo e lazer, pela amenidade do clima, diversidade e beleza da paisagem.
Abrange 14 583 hectares distribuídos pelos concelhos de Sintra e Cascais, numa região sensível condicionada pela intensa pressão humana.
Surgiu da necessidade de intervenções apropriadas na gestão e salvaguarda do rico património natural, arquitectónico, histórico e tradicional, favorecendo uma arquitectura integrada na paisagem, promovendo o desenvolvimento económico e o bem-estar das populações.
Parque Natural de Sintra-Decreto-Lei nº 8/94, de 11 de Março cria o PN Sintra-Cascais» Resolução de Conselho de Ministros nº 142/97, de 28 de Agosto, cria o Sítio “Sintra-Cascais”»
Revisão do Plano de Ordenamento pela Resolução de Conselho de Ministros 1 – A/2004 » Plano de Ordenamento da Orla-Costeira Sintra-Sado, RCM nº 86/2003, de 25 de Junho»
Lista de Sítios do Património Mundial da UNESCO. Paisagem Cultural de Sintra – 19ª sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO – Paris, 6 de Dez de 1995 Patrocínio:Alvará DGT 59/2007
Moldado pelo tempo
Por todo o PNSC abundam vestígios de afectação da paisagem pela presença humana, desde o Paleolítico.
Durante cerca de doze séculos romanos, visigodos, árabes, deixaram marcas profundas no modus vivendi das populações. A influência dos muçulmanos é bem patente na arquitectura, na agricultura e também na toponímia.
A sociedade rural instalou-se nos solos mais férteis e planos, os nobres e burgueses descobrem os encantos deste território e elegem-no como local de veraneio.Localizado na península de Lisboa, o PNSC está integrado na Orla Mesocenozóica Ocidental do Maciço Hespérico,sendo que as rochas mais antigas – sedimentares -, aqui observáveis, se depositaram há 160 milhões de anos.
Os grandes acontecimentos que marcam profundamente a história geológica desta Área Protegida são, assim, relativamente recentes quando comparados com os que marcaram a geologia de muito do território português, porém traduzem-se numa rica geodiversidade e património geológico.
O maciço ígneo de Sintra, lugar de mistério,destaca-se das plataformas sedimentares envolventes, por vezes a mais de 500 metros acima do nível do mar, resultando da intrusão e ascensão do magma nas camadas sedimentares do Cretácico e Jurássico. Alongada no sentido leste-oeste, a serra constitui uma barreira natural contra ventos marítimos.
Os elevados valores de humidade associados à diversidade de composição do solo permitem o desenvolvimento de uma vegetação muito diversificada, de características essencialmente mediterrânicas e ocidental-mediterrânicas.
A serra foi sendo despojada das suas riquezas ao longo de séculos, até lhe restarem apenas matos onde já não era possível a sobrevivência de grande parte da fauna. A floresta de carvalhos ficou reduzida a vestígios nas zonas mais inacessíveis, onde ainda é possível encontrar espécies ameaçadas como o azevinho Ilex aquifolium e outras espécies-relíquia da vegetação anterior às glaciações, como o feto-de--folha-de-hera Asplenium hemionitis.
No século XIX assistiu-se, sob inspiração do Romantismo, à transformação das propriedades agrícolas em locais de recreio e lazer com sumptuosos palacetes rodeados por jardins tapadas e bosques, com flora vinda de todo o mundo.
Os parques da Pena e Monserrate são dos melhores conjuntos europeus de flora arbórea das diversas partes do mundo. A paisagem criada, onde se insere um diversificado conjunto arquitec-tónico, foi incluída pela UNESCO na Lista de Sítios do Património Mundial, com a categoria de Paisagem Cultural.
Fotografias. José Pinto Lopes
Texto. ICNF
Sublinhado em negrito.J.P.L.
O Parque Natural de Sintra-Cascais é uma zona privilegiada de turismo e lazer, pela amenidade do clima, diversidade e beleza da paisagem.
Abrange 14 583 hectares distribuídos pelos concelhos de Sintra e Cascais, numa região sensível condicionada pela intensa pressão humana.
Surgiu da necessidade de intervenções apropriadas na gestão e salvaguarda do rico património natural, arquitectónico, histórico e tradicional, favorecendo uma arquitectura integrada na paisagem, promovendo o desenvolvimento económico e o bem-estar das populações.
Parque Natural de Sintra-Decreto-Lei nº 8/94, de 11 de Março cria o PN Sintra-Cascais» Resolução de Conselho de Ministros nº 142/97, de 28 de Agosto, cria o Sítio “Sintra-Cascais”»
Revisão do Plano de Ordenamento pela Resolução de Conselho de Ministros 1 – A/2004 » Plano de Ordenamento da Orla-Costeira Sintra-Sado, RCM nº 86/2003, de 25 de Junho»
Lista de Sítios do Património Mundial da UNESCO. Paisagem Cultural de Sintra – 19ª sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO – Paris, 6 de Dez de 1995 Patrocínio:Alvará DGT 59/2007
SERRA DE SINTRA NA PRIMAVERA DE 2019 ( Foto de J.P.L. ) |
SERRA DE SINTRA- BISCAIA - GUINCHO ( Foto de J.P.L. ) |
CAMPOS DA MINHA TERRA ( Foto de J.P.L ) |
PAISAGEM ( Foto de J.P.L. ) |
A CAMINHO DAS FALÉSIAS DOS CINZENTOS ( Foto de J.P.L. ) |
UM JARDIM NATURAL ( Fotos de J.P.l. ) |
Moldado pelo tempo
Por todo o PNSC abundam vestígios de afectação da paisagem pela presença humana, desde o Paleolítico.
Durante cerca de doze séculos romanos, visigodos, árabes, deixaram marcas profundas no modus vivendi das populações. A influência dos muçulmanos é bem patente na arquitectura, na agricultura e também na toponímia.
A sociedade rural instalou-se nos solos mais férteis e planos, os nobres e burgueses descobrem os encantos deste território e elegem-no como local de veraneio.Localizado na península de Lisboa, o PNSC está integrado na Orla Mesocenozóica Ocidental do Maciço Hespérico,sendo que as rochas mais antigas – sedimentares -, aqui observáveis, se depositaram há 160 milhões de anos.
Os grandes acontecimentos que marcam profundamente a história geológica desta Área Protegida são, assim, relativamente recentes quando comparados com os que marcaram a geologia de muito do território português, porém traduzem-se numa rica geodiversidade e património geológico.
O maciço ígneo de Sintra, lugar de mistério,destaca-se das plataformas sedimentares envolventes, por vezes a mais de 500 metros acima do nível do mar, resultando da intrusão e ascensão do magma nas camadas sedimentares do Cretácico e Jurássico. Alongada no sentido leste-oeste, a serra constitui uma barreira natural contra ventos marítimos.
Os elevados valores de humidade associados à diversidade de composição do solo permitem o desenvolvimento de uma vegetação muito diversificada, de características essencialmente mediterrânicas e ocidental-mediterrânicas.
A serra foi sendo despojada das suas riquezas ao longo de séculos, até lhe restarem apenas matos onde já não era possível a sobrevivência de grande parte da fauna. A floresta de carvalhos ficou reduzida a vestígios nas zonas mais inacessíveis, onde ainda é possível encontrar espécies ameaçadas como o azevinho Ilex aquifolium e outras espécies-relíquia da vegetação anterior às glaciações, como o feto-de--folha-de-hera Asplenium hemionitis.
No século XIX assistiu-se, sob inspiração do Romantismo, à transformação das propriedades agrícolas em locais de recreio e lazer com sumptuosos palacetes rodeados por jardins tapadas e bosques, com flora vinda de todo o mundo.
Os parques da Pena e Monserrate são dos melhores conjuntos europeus de flora arbórea das diversas partes do mundo. A paisagem criada, onde se insere um diversificado conjunto arquitec-tónico, foi incluída pela UNESCO na Lista de Sítios do Património Mundial, com a categoria de Paisagem Cultural.
Fotografias. José Pinto Lopes
Texto. ICNF
Sublinhado em negrito.J.P.L.