Três responsáveis por coutos de caça em Tutela e Cintruénigo,
região de Navarra, conheceram agora a sentença do tribunal pelo caso
mais grave de envenenamento conhecido até hoje em Espanha e mesmo na
Europa.
De acordo com o tribunal de Pamplona, os três arguidos foram considerados autores “criminalmente responsáveis de um delito relativo à protecção da fauna na modalidade de caça de espécies ameaçadas”, indica o jornal Noticias de Navarra.
Cada um foi condenado a dois anos e oito meses de prisão e ainda a cinco anos e quatro meses de inabilitação especial para a “gestão do aproveitamento cinegético de coutos de caça, para o ofício de guarda de caça e para o exercício do direito de caçar.”
Vão ter de pagar também uma indemnização conjunta de 67.538,65 euros à Comunidade Foral de Navarra.
Em causa estão dois delitos relativos à protecção da fauna: caça de espécies ameaçadas e utilização de veneno para a caça.
Foi entre Abril e Setembro de 2012 que guardas florestais de Tutela, na região de Navarra, descobriram o envenenamento de 138 aves de espécies consideradas Vulneráveis ou Em Perigo, incluindo várias sob protecção especial.
Segundo o jornal, os crimes aconteceram em três coutos de caça e vitimaram 129 milhafres-pretos, 4 milhafres-reais, 2 grifos, 1 abutre-do-Egipto, 1 tartaranhão-ruivo-dos-pauis e 1 águia-de-asa-redonda, entre outros.
Muitas das aves foram encontradas em áreas protegidas, dentro dos limites de um dos coutos.
- Foram também encontrados mortos quatro cervos.
O tribunal considerou provado que a causa da morte de todas estas aves foi o uso de iscos envenenados com Fention e com Demeton S-motil, substâncias proibidas há vários anos no país.
Esses venenos foram usados repetidamente, em especial num dormitório de milhafres situado dentro de um dos coutos de caça, “com o objectivo de eliminar predadores de espécies susceptíveis de caçar nos coutos, fundamentalmente a perdiz e a lebre.”
Este foi o maior caso de envenenamento de fauna selvagem conhecido em Espanha e mesmo na Europa desde que há registo destas situações, em 2004. Demorou quase sete anos a ser sentenciado, devido aos muitos recursos apresentados, e envolveu escutas telefónicas, uma das principais provas contra os acusados.
No processo, estiveram envolvidos tanto o Governo de Navarra como várias organizações ambientais, nomeadamente a Ecologistas en Acción, WWF Adena España e SEO Birdlife.
Em Portugal, onde o problema do envenenamento de fauna selvagem tem sido reconhecido pelas autoridades, não houve até hoje qualquer condenação por casos conhecidos.
Em Abril passado, foi apresentado publicamente o novo Programa Antídoto, que revê os procedimentos a adoptar pelas autoridades nacionais quando há suspeitas.
Navarra (em basco, Nafarroa), oficialmente denominada Comunidade Foral de Navarra (em castelhano: Comunidad Foral de Navarra; em basco: Nafarroako Foru Erkidegoa) é uma comunidade autónoma da Espanha, cujo território equivale ao da província do mesmo nome e, historicamente, corresponde ao antigo Reino de Navarra.
O estatuto de comunidade foral[1] reflete a singularidade do seu regime especial de autogoverno pelos direitos históricos que lhe são reconhecidos na Constituição espanhola de 1978. Sua capital é Pamplona; em basco, Iruñea.
Navarra faz fronteira a norte com a França (departamento dos Pirenéus Atlânticos); a este e sudeste, com a comunidade autónoma de Aragão (províncias de Huesca e Saragoça); ao sul, com a de La Rioja e, a oeste, com a do País Basco (províncias de Álava e Guipúscoa). Detém um exclave (Petilla de Aragón) rodeado totalmente pela província aragonesa de Saragoça.
O território atual corresponde ao da Alta Navarra do Renascimento (a Baixa Navarra é parte da França).
A primeira referência ao termo Navarra de que se tem conhecimento data do
século IX, na obra Vita Caroli Magni[2] escrita por Eginhardo, na qual se descrevem as intrusões do rei franco Carlos Magno até ao rio Ebro. Crê-se que o topónimo Navarra poderá derivar do vocábulo naba, de origem pré-romana, quiçá protobasca, cujo significado seria de terra plana rodeada por montanhas[3][4]
Sobre fundo vermelho e com correntes em forma de raios saindo do centro, que representa uma esmeralda supostamente roubada ao califa almóada Maomé Nácer na batalha das Navas de Tolosa no ano 1212 e que está em Roncesvalles.
Foram encontrados pedaços das correntes em vários pontos. No museu de Roncesvalles, adjacente à Colegiata, encontram-se as que foram entregues por Sancho VII de Navarra, o Forte, cujos restos repousam no mausoléu da capela de Santo Agostinho.
Outras partes das correntes foram parar ao mosteiro de Irache e outra à Catedral de Santa Maria de Tudela, lugar-natal desse rei de enorme estatura.
Segundo a lenda, as correntes procedem daquela batalha e acorrentavam os cristãos cativos em redor da tenda do rei Muhammad an-Nasirm, tendo sido o rei Sancho quem as quebrou. Não obstante, as correntes já figuravam em distintas partes de Navarra antes dessa batalha.
"A bandeira de Navarra é de cor vermelha, com o escudo no centro."
Lei Orgânica de Reintegração e Melhoramento do Foro de Navarra (LORAFNA), em basco
No capítulo 15
de Vita Karoli Magni encontra-se o seguinte parágrafo: «Quibus
regnum Francorum (…) ampliavit, (…) Nam cum prius non amplius quam ea
pars Galliae, quae inter Rhenum et Ligerem oceanumque ac mare Balearicum
iacet, et pars Germaniae, (…) ipse per bella memorata primo Aquitaniam
et Wasconiam totumque Pyrinei montis iugum et usque ad Hiberum amnem,
qui apud Navarros ortus et fertilissimos Hispaniae agros secans sub Dertosae civitatis moenia Balearico mari miscetur; deinde Italiam totam».
Naba na Enciclopédia Auñamendi.
De acordo com o tribunal de Pamplona, os três arguidos foram considerados autores “criminalmente responsáveis de um delito relativo à protecção da fauna na modalidade de caça de espécies ameaçadas”, indica o jornal Noticias de Navarra.
Cada um foi condenado a dois anos e oito meses de prisão e ainda a cinco anos e quatro meses de inabilitação especial para a “gestão do aproveitamento cinegético de coutos de caça, para o ofício de guarda de caça e para o exercício do direito de caçar.”
Vão ter de pagar também uma indemnização conjunta de 67.538,65 euros à Comunidade Foral de Navarra.
Em causa estão dois delitos relativos à protecção da fauna: caça de espécies ameaçadas e utilização de veneno para a caça.
Foi entre Abril e Setembro de 2012 que guardas florestais de Tutela, na região de Navarra, descobriram o envenenamento de 138 aves de espécies consideradas Vulneráveis ou Em Perigo, incluindo várias sob protecção especial.
Segundo o jornal, os crimes aconteceram em três coutos de caça e vitimaram 129 milhafres-pretos, 4 milhafres-reais, 2 grifos, 1 abutre-do-Egipto, 1 tartaranhão-ruivo-dos-pauis e 1 águia-de-asa-redonda, entre outros.
Muitas das aves foram encontradas em áreas protegidas, dentro dos limites de um dos coutos.
- Foram também encontrados mortos quatro cervos.
O tribunal considerou provado que a causa da morte de todas estas aves foi o uso de iscos envenenados com Fention e com Demeton S-motil, substâncias proibidas há vários anos no país.
Esses venenos foram usados repetidamente, em especial num dormitório de milhafres situado dentro de um dos coutos de caça, “com o objectivo de eliminar predadores de espécies susceptíveis de caçar nos coutos, fundamentalmente a perdiz e a lebre.”
Este foi o maior caso de envenenamento de fauna selvagem conhecido em Espanha e mesmo na Europa desde que há registo destas situações, em 2004. Demorou quase sete anos a ser sentenciado, devido aos muitos recursos apresentados, e envolveu escutas telefónicas, uma das principais provas contra os acusados.
No processo, estiveram envolvidos tanto o Governo de Navarra como várias organizações ambientais, nomeadamente a Ecologistas en Acción, WWF Adena España e SEO Birdlife.
Em Portugal, onde o problema do envenenamento de fauna selvagem tem sido reconhecido pelas autoridades, não houve até hoje qualquer condenação por casos conhecidos.
Em Abril passado, foi apresentado publicamente o novo Programa Antídoto, que revê os procedimentos a adoptar pelas autoridades nacionais quando há suspeitas.
Navarra
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Comunidade autónoma | ||||
Símbolos |
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Gentílico | navarro, -a | ||
Localização | |||
Administração | |||
Capital | Pamplona (Iruñea) | ||
Presidente | María Chivite (PSOE) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 10 391 § km² | ||
População total (2005) | 593 472 ¶ hab. | ||
Densidade | 57,11 hab./km² | ||
Outras informações | |||
Províncias | Navarra não está dividida em províncias. | ||
Idioma oficial | castelhano e basco | ||
Estatuto de autonomia | 16 de agosto de 1982 | ||
ISO 3166-2 | ES-NA | ||
Congresso Senado |
5 assentos 5 assentos | ||
Website | www.navarra.es | ||
§ 2,2% da área total de Espanha ¶ 1,35% da população total de Espanha |
Navarra (em basco, Nafarroa), oficialmente denominada Comunidade Foral de Navarra (em castelhano: Comunidad Foral de Navarra; em basco: Nafarroako Foru Erkidegoa) é uma comunidade autónoma da Espanha, cujo território equivale ao da província do mesmo nome e, historicamente, corresponde ao antigo Reino de Navarra.
O estatuto de comunidade foral[1] reflete a singularidade do seu regime especial de autogoverno pelos direitos históricos que lhe são reconhecidos na Constituição espanhola de 1978. Sua capital é Pamplona; em basco, Iruñea.
Navarra faz fronteira a norte com a França (departamento dos Pirenéus Atlânticos); a este e sudeste, com a comunidade autónoma de Aragão (províncias de Huesca e Saragoça); ao sul, com a de La Rioja e, a oeste, com a do País Basco (províncias de Álava e Guipúscoa). Detém um exclave (Petilla de Aragón) rodeado totalmente pela província aragonesa de Saragoça.
O território atual corresponde ao da Alta Navarra do Renascimento (a Baixa Navarra é parte da França).
Etimologia
Em 1910 a Disputação de Navarra aprovou o desenho do escudo e da bandeira de Navarra, que permanecem vigentes após o reconhecimento pela "Lei Orgânica de Reintegração e Melhoramento do Regime Foral de Navarra" (LORAFNA), de 10 de Agosto de 1982. Assim, segundo o Amejoramiento de Navarra e a Lei Foral 24/03, os símbolos de Navarra são:
Este hino é historicamente referido como "Hino das Cortes", devendo a sua origem à "Marcha para a entrada do Reino", um peça barroca que se interpretava no claustro da Catedral de Pamplona durante as Cortes de Navarra para celebração das suas sessões.
Português | Castelhano | Basco |
---|---|---|
Por Navarra terra brava e nobre, sempre fiel, que tem por brasão a velha lei tradicional Por Navarra povo de alma livre proclamemos juntos o nosso afã universal Em cordial união, com leal firmeza, trabalhemos e todos juntos lograremos. honra, amor e paz. |
Por Navarra tierra brava y noble, siempre fiel, que tiene por blasón la vieja ley tradicional Por Navarra pueblo de alma libre proclamemos juntos nuestro afán universal En cordial unión, con leal tesón, trabajemos y hermanados todos lograremos. honra, amor y paz. |
Nafarroa, lur haundi ta azkar, beti leial, zure ospea da antzinako lege zaharra Nafarroa, gizon askatuen sorlekua, zuri nahi dizugu gaur kanta Gaiten denok bat, denok gogo bat behin betiko iritsi dezagun aintza, bake eta maitasuna |
Brasão
Ver artigo principal: Brasão de Navarra
Foram encontrados pedaços das correntes em vários pontos. No museu de Roncesvalles, adjacente à Colegiata, encontram-se as que foram entregues por Sancho VII de Navarra, o Forte, cujos restos repousam no mausoléu da capela de Santo Agostinho.
Outras partes das correntes foram parar ao mosteiro de Irache e outra à Catedral de Santa Maria de Tudela, lugar-natal desse rei de enorme estatura.
Segundo a lenda, as correntes procedem daquela batalha e acorrentavam os cristãos cativos em redor da tenda do rei Muhammad an-Nasirm, tendo sido o rei Sancho quem as quebrou. Não obstante, as correntes já figuravam em distintas partes de Navarra antes dessa batalha.
Bandeira
Ver artigo principal: Bandeira de Navarra
A Lei de Melhoramento do Regime Foral de Navarra (LORAFNA), de 10 de Agosto de 1982, estabelece no seu artigo 7.2:
"A bandeira de Navarra é de cor vermelha, com o escudo no centro."
Referências
- Definição de nava Arquivado em 26 de setembro de 2007, no Wayback Machine. no Dicionário da Real Academia Espanhola (DRAE).
Ver também
Ligações externas
- Governo de Navarra (em castelhano)
- Nafarroa Oinez (em basco)