Chamo a atenção para o inadmissível tratamento a que foi sujeito este Homem aqui em Portugal no ano de 1975.
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Marcelino da Mata
Nasceu na Ponte Nova, Guiné, a 7 de Maio de 1940. É um Tenente-Coronel na reserva do Exército Português, nascido na Guiné Portuguesa, conhecido pelos seus actos de bravura e heroísmo praticados durante a Guerra Colonial, em 2412 operações de comandos, e que lhe dão o título de.
Militar português mais condecorado da História do Exército Português
A 2 de Julho foi eleito; Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito
Eu tinha um corneteiro.
Quando chegava-mos ao meio do mato mandava-o tocar a corneta.
Só depois é que ia-mos para cima do P.A.I.G.C.
«Após a independência da Guiné foi proibido de entrar na sua terra natal. »
Em 1975, durante o PREC (Processo Revolucionário em Curso como ficou conhecida a actividade revolucionária de instigação comunista) foi detido no quartel do RALIS, Lisboa, e sujeito a tortura e flagelação praticada e ordenada por:
Manuel Augusto Seixas Quinhones de Magalhães (capitão), Leal de Almeida (Tenente Coronel), João Eduardo da Costa Xavier (capitão tenente) e outros agentes revolucionários ligados aos movimentos comunistas, num dos episódios mais pungentes, pela sua barbaridade e violência, de toda a revolução dos cravos».
«Mas eu nunca renunciei à nacionalidade portuguesa.
Houve um animal na Admistração Interna que me disse «O Sr foi colonizado».
Eu disse:
-Eu nunca fui colonizado! Os meus antepassados foram colonizados , mas eu não.
EU NASCI NUMA NAÇÃO CHAMADA PORTUGAL !
Marcelino da Mata Heroi Português.
Marcelino da Mata
Marcelino da Mata | |||
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Nascimento | de 1940 (80 anos) | ||
Marcelino da Mata CvTE • 3 MPCG • MSCG • MTCG (Ponte Nova, Guiné, 7 de Maio de 1940) é um Major na reserva do Exército Português, nascido na Guiné Portuguesa, conhecido pelos seus actos de bravura e heroísmo praticados durante a Guerra Colonial, em 2412 operações de comandos, e que lhe dão o título de militar português mais condecorado[1] da História do Exército Português.
Biografia
Integrou e foi fundador da tropa de operações especiais, no Regimento dos Comandos Português, dos Comandos Africanos actuando no cenário de guerra da sua Guiné, com operações no Senegal e na Guiné Conacri.
A 2 de Julho de 1969 foi feito Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.[2]
Apesar de várias vezes ferido em combate apenas teve que ser evacuado da Guiné por ter sido alvejado, por acidente, por um companheiro, assistindo ao 25 de Abril de 1974 em Lisboa.
Após a independência da Guiné foi proibido de entrar na sua terra natal.
Em 1975 foi detido no quartel do RALIS, Lisboa, e sujeito a tortura e flagelação praticada e ordenada por Manuel Augusto Seixas Quinhones de Magalhães (capitão), Leal de Almeida (Tenente Coronel), João Eduardo da Costa Xavier (capitão tenente) e outros elementos do MRPP [3][4][5], num dos episódios mais pungentes, pela sua barbaridade e violência, no pós revolução dos cravos.
No decurso das perseguições de que foi alvo no ano de 1975 conseguiu fugir para Espanha, de onde regressou a quando o Golpe de 25 de Novembro, participando activamente na reconstrução democrática e no restabelecimento da ordem militar interna, agindo sempre com elevada longanimidade para com os seus opressores.
Justificou a sua luta no exército português com a frase "A Guiné para os Guinéus", querendo significar que a guerrilha actuava no interesse da União Soviética.
Actualmente reside em Sintra.
Operações notáveis em que participou
- Operação Tridente na ilha do Como
- Operação Cajado
- Resgate de 150 soldados portugueses cativos em território senegalês
- Operação Mar Verde
- Operação Ametista Real
Condecorações
- Medalha Militar de 2.ª Classe da Cruz de Guerra (26 de Julho de 1966)
- Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (9 de Maio de 1967)
- Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (2 de Julho de 1969)
- Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (21 de Abril de 1971)
- Medalha Militar de 3.ª Classe da Cruz de Guerra (9 de Junho de 1973)
- Medalha Militar de 1.ª Classe da Cruz de Guerra (22 de Agosto de 1973)
Veja Também
Referências
- Artigo no "Correio da Manhã" - 22.05.2005
Ligações externas
- Forum da Armada
- Imagens de Marcelino da Mata
- Subsídios para a história da guerra colonial > Guiné (1963-1974)
- Entrevista
- Marcelino da Mata, Combatente Português, Herói Esquecido, por João José Brandão Ferreira, O Adamastor, 1 de Agosto de 2014
22 -2 2019