Duas galinholas elevam-se no bosque.
Este meu quadro, foi composto com base numa imagem que obtive na internet, da qual gostei bastante, tendo dela feito uma composição, mais a meu gosto.
O cão, que vemos ao fundo e, o referido espaço ( e as galinholas também )são da minha " lavra," tendo dentro do imaginário que a pintura permite e com as perspetivas que o meu talento naif descortinou na imagem,obtido este resultado.
Se bom , se mau, cada um fará o seu juízo. Eu, e é o que interessa, ( desculpem-me a franqueza ) fiquei satisfeito com o resultado.
UM CÃO DE GALINHOLAS |
De difícil observação, dado os seus hábitos nocturnos aos quais alia durante o dia (que aproveita para descansar no mais espesso do bosque) uma aversão ao voo e uma plumagem que a faz passar despercebida, entre as folhas caídas no chão, ainda que lhe passemos bem perto o que nos permite apenas observá-la por qualquer acaso fortuito.
Alia a isto um voo silencioso e discreto. Espécie cinegética de elevado valor, no que concerne à sua captura, além de méritos culinários muito peculiares. Em ambas as vertentes referidas muito se escreveu e publicou.
Ave a que se dedicaram autênticos tesouros da literatura cinegética, escritos pela " pena " de ilustres personalidades além de outras mais humildes, por cá e pelo estrangeiro, mas, ambas com a mesma paixão e carinho.
Acontece até o caso curioso, de, aqui em Cascais, ter-se dado o nome a uma zona, hoje repleta de luxuosas moradias, a uma quinta em que o seu proprietário pretendeu homenageá-las tendo como referência não o nome " galinhola " mas sim o apelido porque eram então vulgarmente conhecidas as bicudas . Ficou, para sempre, a Quinta da Bicuda.
Eu ainda conheci esses terrenos, esses bosques de frondosos pinhais, essa quinta do Sr: Ereira. Mas isto são outros contos e outros " quadros ".
acrílico S / Tela
Autor. J.P.L.