Este blogue é pessoal e sem fins lucrativos. Se sentir que eu estou a infringir os seus direitos de autor(a) agradeço que me contacte de imediato para eu corrigir o referido conteúdo: / This blogue is a non-profit and personal website. If you feel that your copyright has been infringed, please contact me immediately: pintorlopes@gmail.com

30.12.17

LINCE IBÉRICO. UMA MORTE

Encontrado na Andaluzia corpo baleado de jovem lince-ibérico

Conservação


Lince-ibérico. Foto: Programa de Conservação Ex-Situ do Lince-Ibérico


 


O cadáver de uma jovem fêmea de lince-ibérico (Lynx pardinus) foi encontrado nesta terça-feira por técnicos do Projeto Life Iberlince em Villafranca de Córdoba (Córdoba, Andaluzia), foi ontem revelado.

Trata-se da lince Niebla, uma jovem lince que foi libertada a 30 de Janeiro deste ano na propriedade de La Ventilla, Villafranca de Córdoba.

 Era filha de Kilimanjaro e Coscoja e nasceu no Centro de Reprodução em Cativeiro de La Olivilla, em Santa Elena (Jaén).

Segundo o projecto Life Iberlince, o “colar deste exemplar, que se encontrava inserida no programa de monitorização, mostrava sinais de inatividade, o que confirmou as piores previsões”. Na terça-feira, dia 26 de Dezembro, o corpo do lince foi encontrado na zona de Las Cumbres.

O corpo do animal foi transportado para o Centro de Análises e Diagnóstico da Fauna Selvagem da Junta da Andaluzia (CAD), onde se está a praticar a necropsia.

 Mas após uma primeira análise ocular pelos técnicos, o corpo não apresentava sinais de violência.

De acordo com os primeiros dados, no corpo desta lince “foram observados cerca de 35 chumbos, o que vem a constatar que, por detrás desta morte, há ação humana”, acrescenta o Iberlince em comunicado.


Imagem: Projecto Iberlince

Ontem, o ramo espanhol da organização WWF considerou que 2017 foi um ano “terrível” para o lince-ibérico, tendo em conta os mais de 30 animais encontrados mortos por causa humana.

 Segundo o balanço feito à agência espanhola EuropaPress, este ano morreram atropelados 21 linces e os restantes foram vítimas de furtivismo.

“É urgente pôr fim a estes problemas para podermos enfrentar os verdadeiros desafios do futuro da espécie, como são a conservação do coelho-bravo e a conectividade entre as populações dispersas”, comentou à agência Luis Suárez, responsável pelo programa de Espécies da WWF Espanha.