"Tsunami idêntico ao de 1755 vai voltar a acontecer"
O vice-presidente do
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, José Luís Zêzere
acredita que Lisboa pode ficar "muito maltratada".
"O risco de
sismo em Portugal é moderado, tendo em conta o resto do mundo.^
Mas este risco moderado traz uma má notícia: como o período de retorno é elevado, ou seja, como não há sismos grandes com muita frequência, as pessoas têm falta de memória acerca dessas ocorrências", disse em entrevista ao jornal i.
Mas este risco moderado traz uma má notícia: como o período de retorno é elevado, ou seja, como não há sismos grandes com muita frequência, as pessoas têm falta de memória acerca dessas ocorrências", disse em entrevista ao jornal i.
O vice-presidente do
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território exemplificou com "o
último sismo que matou pessoas em 1909", sendo que "não há ninguém vivo
que se lembre". Quando questionado
sobre as zonas mais vulneráveis em Portugal admitiu que "as falhas que
originam os principais sismos que podem causar danos em Portugal não são
no país, mas sim no mar, principalmente a sudoeste do cabo de S.
Vicente. As zonas mais vulneráveis serão em todo o Algarve, o litoral do
Alentejo e Vale do Tejo, incluindo, obviamente, Lisboa".
Para José Luís
Zêzere, "os tsunamis mais importantes, com equivalência ao que ocorreu
em 1755, têm praticamente a mesma probabilidade de ocorrência que tem um
sismo desses. A probabilidade é baixa, mas sabemos que os danos vão ser
muito elevados".
"Também digo que é
relativamente seguro que um tsunami com as características do de 1755
vai voltar a acontecer", sublinhou, acrescentando que "Lisboa poderá
ficar muito maltratada, mas não vai desaparecer".