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31.3.15

RODA DA FORTUNA

Sesostris 
 
Governante egípcio, tendo vencido vários outros poderosos senhores, levava-os cativos atrelados ao seu carro de triunfador.

   Um destes, olhava para as rodas do carro de Sesostris.
   Este notou-o e perguntou-lhe o motivo.

   E ele respondeu:
   - Estou a olhar para essas rodas e meditando que a parte que está de cima, em breve desce até à lama e vice versa.

  Assim pode ser o carro da vossa fortuna.

   Hoje estais vencedor; amanhã podeis estar cativo.

   Sesostris pensou algum tempo e depois pôs os cativos em liberdade.
  
Sesóstris I
Faraó
 
Senuseret I ou Sesóstris I foi o segundo Faraó da XII Dinastia que governou a região por trinta e quatro anos após a morte do pai. Seu reinado corresponde ao auge da literatura e artesanato egípcio.


 

 Subjuga com cordas os cornos dos bois e com benefícios o coração dos homens.


   Não devemos orgulhar-nos na prosperidade, nem desanimar na desgraça.

  

29.3.15

CASCAIS E " ALGUM " ARTESANATO

Bem no centro de Cascais mais exactamente no Jardim Visconde da Luz estão disponíveis para serem adquiridos diversos produtos na sua maioria de origem artesanal.

 Basta visitar-mos as pequenas casas de madeira que ali se encontram para essa finalidade. Dizem os responsáveis que esta iniciativa como  outras semelhantes que por ali ocorreram visam e cito:

 " Dinamizar a vivência urbana e o comércio local nesta quadra festiva é  o objectivo desta iniciativa, que assume a denominação de " Vila de Páscoa".

  Estive por lá e contribui comprando meia dúzia de produtos. A escolha é diversificada entre queijos, vinhos, roupa, brinquedos além de diversos acessórios.

Em 29 de Março de 2015

20.3.15

ALENTEJO . A ORIGEM DAS HERDADES DO ALENTEJO

   As propriedades rústicas do Alentejo são, na maior parte, distribuidas em terrenos mais ou menos extensos chamados herdades.
   Essa distribuição teve origem em tempo de D. Afonso III que, abolindo as  jugadas estabelecidas por D.Afonso Henriques e os foros certos ou censos de D. Sancho I, deu as terras livres alodiais, separando a parte que reservou para si, em reguengos. Estes terrenos, passando em herança de pais para filhos, tomaram o nome de terras herdadas ou herdades.
   É a este  sistema de divisão de terreno em grandes propriedades livres, que se deve atribuir o defeito da falta de população, em que sempre esteve e ainda está todo o Alentejo. Mas ele foi naqueles tempos necessário.
   Das épocas anteriores à invasão árabe, nenhuns vestígios se encontram, que nos mostrem qual era a população dos extensos sertões situados entre o Sado e os serros de Monchique; entre o oceano e os plainos de Aljustrel e de Ourique. Eram provavelmente vastas e sombrias florestas de sobreiros, carvalhos e azinheiros, só habitadas pelos animais bravios.
   Nem o Celta, nem o Lusitano deixaram um só vestígio da sua existência nestes lugares, sem dúvida mais desertos então do que hoje. O legionário romano não curava de arrotear terras. Só conhecia a via militar, e o castro ou presídio a que ela o conduzia. O Godo, sempre em contínuas lutas, destruía sem produzir. Durante o domínio muçulmano, a agricultura atingiu certo grau de desenvolvimento, se atendermos aos vestígios da existência de casais agrícolas, situados no centro das matas, e apartados das povoações acasteladas. Estes vestígios são os nomes que ainda conservam algumas povoações rurais,tais como.
Alfardim,  Aduares, Almadamim, Almagede, Alcarial, Alcoleia, Feitais, Ademas, Afincerna ,Alqueivinhos ,Enxarafe   ,Fataca,  Alpendre , Lesiria, etc.

Herdade alentejana ( Quadro e foto  de J.P.L. )

   Desde esse tempo até aos primeiros  reis portugueses, as guerras e correrias continuadas entre moiros e cristãos assolaram, e deviam quase inteiramente despovoar, estes vastos territórios, que só poderiam ser de novo povoados assegurando-se aos colonos a posse das terras para si e para seus descendentes.
   Tal foi, segundo nos parece, o motivo que levou D. Afonso III a dividir o país em grandes propriedades, sem o qual estímulo, dificilmente seria povoado. *

Extraído de um artigo publicado no ano de 1860 no jornal  " O Bejense "







12.3.15

GOOGLE E PORNOGRAFIA

Atualização sobre a política de conteúdo pornográfico do Blogger

Esta semana, anunciamos uma mudança na política de pornografia do Blogger que declarava que blogs que distribuíssem imagens de sexo explícito ou nudez ostensiva passariam a ser privados.

Recebemos muitos comentários sobre o fato de fazer uma mudança na política que afeta blogs de longa data e sobre o impacto negativo que isso poderia ter sobre as pessoas que postam conteúdo sexualmente explícito, impedindo-as de expressar suas identidades.

Agradecemos os comentários. Em vez de fazer essa mudança, manteremos nossas políticas existentes.

9.3.15

CASCAENSE SEMPRE !



«[...] este código inquisitorial que, em muito breve, completará dois séculos. Não chegou a vigorar cinquenta anos.
Ideias mais largas e generosas vindas dessa Europa em ebulição lavaram entretanto os ares da nossa terra, não sem dificuldades, emperramentos e sangue.

 É que o reaccionário português, falho de altura mental e de generosidade, intolerante até a medula, conhece apenas um meio de apostolado: o cacete.

 E é absolutamente incapaz de admitir que outros pensem de forma diferente da sua. É-lhe intolerável a ideia do progresso e nada é bom se não vier dos pais e avós. 

Ideias só as expressas na cartilha e quanto mais arrevezada for a ortografia melhor.

O Santo Ofício seria abolido pelas Constituintes liberais, já depois de soldados franceses terem talado o país e de a família real ter fugido para o Brasil.

 A própria Inquisição fora saqueada e o Inquisidor-geral desterrado para Bayonne.
 Mas depois da abolição quanta trabalheira ainda para convencer as gentes que a liberdade de ideias, de expressão, de culto, a tolerância, são virtudes essenciais a uma sociedade culta, bem organizada e progressiva! [...]»

 * Texto de Raúl Rego

Recorri a este excerto do livro " O Último Regimento da Inquisição Portuguesa "  porque, pareceu-me oportuno, considerando o que por vezes encontro nas chamadas redes sociais em que diferentes pontos de vista são considerados intoleráveis.

 Exemplifico com um " caso " passado comigo no qual que defendi como heterónimo de Cascais a palavra " CASCAENSE ", e, o meu opositor, defendia " CASCALENSE " 

 Ambas as grafias em meu modesto  entender e de alguns, esses sim ilustres  académicos,  estão correctas.
Tanto bastou para que fosse apodado de desconhecedor das tradições, dos costumes e muito mais desta minha terra de sempre.
 Chegado a este patamar nada mais resta que pedir desculpas pelo incómodo, desejar muitas felicidades a tão ilustre senhor e dar por encerrado o debate.
 Foi o que fiz.





ALGUNS EXEMPLARES DE LIVROS EM QUE A GRAFIA SURGE REFERENCIADA AO GOSTO DE CADA UM.