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24.2.15

VISCONDE DA LUZ - SÍTIO DA BELA VISTA - DUNA DE OITAVOS


Foto de J.P.L.
Por deliberação da Câmara Municipal de Cascais, em 18 / 09 de 1919, foi atribuído o nome a este arruamento que começa no Largo Luís de Camões e termina na Rua Padre José Maria Loureiro.

Nossa Senhora  da Luz  ( Foto J.P:L. )
 
Joaquim António Velez Barreiros - Visconde de Nossa Senhora da Luz. Foi director das Obras Públicas no reinado de D. Pedro V. Apesar de não ser natural de Cascais foi um dinâmico renovador de toda a vila, tanto nas várias e modernas construções da época como nos principais arruamentos. Aqui edificou a sua casa no Alto da Bela Vista, a onde vinha regularmente. * ( 1 )


PALACETE NO SÍTIO DA BELA VISTA           ( Foto J.P.L.)

 As fotos que vemos obtive-as  junto àquela que foi sua casa... ?  No então sítio da Bela Vista como ainda hoje é designado, porém, ali nada permite uma bela vista a não ser para o casario envolvente que, aparte uma ou outra excepção, para confirmar a regra, leva-nos a perguntar o porquê de terem os nossos antepassados lhe dado  essa " classificação ".

 Tenho ouvido a alguns conterrâneos e nada me leva a crer em contrário que dada a posição elevada do terreno, e  não existindo ali então quaisquer edifícios nesses tempos de antanho, a vista para a baía, para a vila e para os arredores devia ser muito bela, de facto.

  É, e será segundo dizem alguns, o grande problema dos povos simples e humildes.
Sempre que alguém, ou alguma entidade com poder monetário ou outro, toma conhecimento de um património natural de elevada beleza, usufruída pela comunidade, de imediato tende a transformá-lo em algo seu, ou de acesso restrito, quando pura e simplesmente não o destrói por pura ignorância
.
Exemplos recentes que nos magoaram a todos nós cascaenses são fáceis de enumerar, porém o mal não é de agora veja-se o exemplo do restaurante erguido sobre as ruínas da estação semafórica de Oitavos, à direita da estrada para o Guincho.

Nunca nada ali se deveria edificar pois assentou  sobre uma duna fóssil de elevado valor natural.

 Elucidativo o exemplo seguinte que recolhi na net, numa página do Colégio Vasco da Gama

Dunas Fósseis
Duna de Oitavos
 
 Duna de Oitavos e Magoito

Uma duna que costumavas visitar, agora já não é possível por se tratar de uma propriedade privada, era a duna de Oitavos, entre o Guincho e a Boca do Inferno. Inicialmente, ela seria constituída por grãos de areia "soltos" que se moviam pela acção do vento. Estes grãos foram-se progressivamente fixando e ligando entre si devido à deposição/precipitação de partículas carbonatadas e argilosas que eram transportadas nas águas que circulavam entre eles. Terá sido deste modo que essa duna consolidou e se preservou até aos dias de hoje.


 Mas quem pensava nisso há quase duzentos anos ? Desculpa-se ! ?... Porém com mais dificuldade se aceita as barbaridades contemporâneas.  Daria vontade de rir se não fosse triste o exemplo que retirei do livro " Os nossos Arruamentos "  acerca do legado do Visconde da Luz e a forma como foi " interpretado ". Continuemos, pois, a leitura.

 " Foi um grande amigo desta terra, doando todo o terreno e ajardinando o actual Jardim Visconde da Luz e os terrenos onde se encontra parte do edifício que foi o Cinema S. José, tudo oferecido ao povo de Cascais, através do seu Município  com o fim, de os mesmos terrenos serem sempre do domínio público. *
( 1 )

Mas... há mais, e mais, e mais, e mais ...

*( 1 )  Texto em itálico, recolhido do livro " Os Nossos Arruamentos " 
Autores: Manuel Eugénio F. Silva
               José Ricardo C. Fialho

20.2.15

" BOLO - REI "

Ora vejam só o que havia de encontrar, dentro de uma pequena caixa, esquecida há muito, nas vastas brumas que envolvem alguns dos meus objectos, cuidadosamente guardados em algum recanto de uma gaveta. Trata-se de uma pequena colecção de " presentes " que vinham escondidos dentro do bolo - rei que, tal como a fava, tornavam-no ainda mais apetecido.

 Decorriam  então os tempos em que as crianças e os adultos, porque não, sabiam distinguir o essencial do acessório. Como é do conhecimento geral ultimamente já não é assim, e pura e simplesmente vá de proibir os tais engraçados artigos. Como se pode ver na imagem ainda me " saíram " alguns desses humildes presentinhos e, por incrível que pareça algumas favas também, mas essas se calhar comia-as com o inerente risco de ser tomado por burro.
 Mas para isso, pelos vistos, não era preciso proibir tudo o mais... porque há muitas vias de ser tomado por tal. Acontece a qualquer um, até aqueles que não apreciam bolo - rei
.

18.2.15

HOCKEY EM LINHA no Pavilhão Desportivo de Murches.


 No domingo passado, dia 15, tive o prazer de ser convidado a assistir a um jogo de hóquei ( ou hockey, ) em linha que iria decorrer em Murches. Para quem não sabe uma localidade do concelho de Cascais autrora pequena aldeia da região saloia, com vasta história local.

SAUDAÇÕES ( Foto J.P.L. )
 Mas não é disso que quero falar mas sim da enorme, não direi surpresa, mas satisfação que senti pelo grande e elevado carinho disponibilizado aos praticantes desta modalidade desportiva,  pela permissão de se utilizar um excelente e moderno pavilhão desportivo recentemente inaugurado. A Associação Recreativa e Familiar de Murches, através dos seus responsáveis, consegui-o realizar esta obra meritória em todos os aspectos. O jogo decorreu entre as conceituadas equipas " Os Camaleões " de Cascais  " Os Vikings " e os " Lobos " de Sintra. O resultado final pendeu para os primeiros nestes jogos pontuáveis  entre as formações.

Fase de aquecimento  ( Foto J.P.L. )
Repleto de emotividade e desportivismo, com lances de elevada categoria técnica em jogadas de fino recorte ou, não fosse também estar presente o elemento feminino que em pé de igualdade se bateu com " galhardia ". O muito público que quase lotava o pavilhão delirou e aplaudiu todos os participantes deixando estes uma bela imagem desta recente modalidade que os responsáveis pelo Grupo Desportivo, Recreativo e Familiar de Murches entenderam em boa hora apoiar assim como outras mais conforme podemos observar na imagem.
PAINEL INFORMATIVO ( Foto J.P.L. )


16.2.15

CARNAVAL NO DRAMÁTICO DE CASCAIS EM 1975

Estou, neste momento, a recordar um daqueles " carnavais " mais divertidos que vivi. Estava então em 1975, portanto há quarenta anos e recordo-me muito bem desses tempos.

Antigo Pavilhão do Dramático de Cascais
 O hoje desaparecido Pavilhão do Dramático " rebentava " pelas costuras, a diversão era muita e os sons da Escola de Samba " Vapores do Rego " levava toda a gente a dar ao pé.

Pela primeira vez em Portugal, vivia-se em plena liberdade social e política, as pessoas  ( falo por mim ) na sua maioria  estavam animadas pelo espírito dessa época em que o futuro parecia risonho.


Carnaval de 75. Foto. J.P.L.)

Vieram expressamente do Brasil   ( Foto: J.P.L.)
 Eu, com vinte anos vivi e convivi nesse saudoso carnaval de 1975.

 Aqui vos deixo este breve e nostálgico " telegrama " com a imagem de um bilhete que,por capricho pessoal, guardei como inolvidável recordação dessa noite.

Foto do pavilhão obtida em « guedelhudos.blogspot.com. »

14.2.15

S. E. T. I. - SEARCH FOR EXTRATERRESTRIAL INTELLIGENCE -

Mensagens para o espaço podem causar invasão alienígena? Cientistas estão com medo?



 
Comunidade científica está dividida: há quem defenda o envio de mensagens para o espaço, anunciando a presença humana.

 Outros recusam a ideia, por receio de invasão alienígena.

A possibilidade de vida extraterrestre é um tema avesso a consensos, mesmo dentro da comunidade científica. Mas, desta vez, a discussão estalou não porque esteja em debate a existência ou não de outras formas de vida para além da humana. O problema, de momento, é a maneira como os humanos devem anunciar-se a eventuais habitantes do universo que os rodeia.


Há cerca de 50 anos que está em funcionamento o programa de Procura por Inteligência Extraterrestre - SETI, na sigla inglesa para Search for Extraterrestrial Intelligence - que analisa os sinais de rádio de baixa frequência vindos do espaço através de radiotelescópios, pesquisando indícios voluntários ou involuntários de existência alienígena.

 Mas agora, os cientistas que lideram o projeto propõem que a procura de vida extraterrestre deixe de ser passiva, ou seja, que o Homem deixe de ouvir os sinais do universo e passe também a emitir mensagens para o espaço, mensagens estas que seriam enviadas para as partes da galáxia onde já foram localizados planetas semelhantes à Terra.


Esta procura ativa de vida extraterrestre, no entanto, é encarada com preocupação por astrónomos e cosmólogos: os críticos dizem que a emissão de mensagens para o espaço é contrária aos princípios fundadores do SETI, que limitavam a sua ação à análise de eventuais sinais captados. E referem mesmo que enviar sinais da existência humana pode ser perigoso: num cenário hipotético de resposta não pacífica, os extraterrestres seriam visitas indesejadas na posse de informações sobre a Terra que, certamente, usariam em seu proveito.


Os cientistas questionam ainda a autoridade do grupo de especialistas do SETI que, sem qualquer consulta pública, se propõem a anunciar ao universo a presença humana, em resultado da sua própria frustração: ao longo dos últimos 50 anos, nenhum sinal que indicasse vida extraterrestre terá sido detetado pelos radiotelescópios a trabalhar para o programa.

O astrónomo David Brin acusa os cientistas do SETI de terem perdido a noção e de quererem dar o passo irreversível de colocar a homem a "gritar a sua presença para o cosmos", colocando em risco a Humanidade. "Está tudo muito bem se a única pessoa que se coloca em risco é a própria. Mas quando os riscos são impostos às nossas crianças e a toda a Humanidade, será pedir demasiado que discutamos primeiro o assunto?", pergunta.


Segundo o Independent, David Brin não é o único a colocar reservas à emissão de mensagens para o espaço. Em 2010, o físico Stephen Hawking avisava que o Homem deverá manter-se em silêncio tanto quanto possível, porque eventuais civilizações alienígenas poderão ter a tecnologia necessária para viajarem para a Terra e explorarem os seus recursos. "Se os extraterrestres nos visitassem, o resultado seria como quando Cristóvão Colombo chegou à América. Não correu muito bem para os nativos americanos", explicou Hawking.


Mas Douglas Vokoch, um dos cientistas a trabalhar no SETI, refuta todas as críticas: "com a recente descoberta de planetas semelhantes à Terra nas zonas habitáveis de outras estrelas, temos alvos naturais para estes projetos de transmissão. Há quem defenda que evitemos transmissões poderosas a todo o custo, por medo de uma invasão alienígena. Se esta forma de pensar se enraizar, seria sinal de uma visão isolacionista da Humanidade, que evita a exploração e tenta minimizar os riscos a qualquer preço", resume. "

Comentário - Pessoalmente, tenho a opinião que a haver civilizações extra-terrestres interessadas naquilo que se passa na Terra já há muito que sabem da nossa existência e, é provável, que nos visitem.
 A ser assim porque não serem essas entidades as primeiras interessadas no nosso silêncio cósmico?
 E até quem sabe procurar evitar este tipo de divulgação para alguns vizinhos que eles entendam pouco recomendáveis? Outra questão será se, afinal, tudo isto é imaginação e estamos sós no Universo.