Em vias de extinção será um titulo que " abrigará " dezenas, centenas ou talvez milhares de assuntos e temáticas.
Vou abordar a arquitectura tradicional aqui da região e o pouco que dela resta.
Quando era miúdo, pelos anos cinquenta e princípios dos sessenta, Cascais era a Vila.
Os arredores tinham as características próprias
. O progresso foi avançando e, hoje, posso afirmar que é difícil separar de um todo o que era então os chamados arredores. Cobre, Pampilheira, Torre, Aldeia de Juzo e Murches para citar apenas estas localidades, autrora bem distintas geográficamente estão irreconhecíveis nas suas fronteiras " físicas ".
Separam-nas as placas identificativas e já é preciso estar atento.
Alteraram -se as cores das habitações, em regra brancos, para outras que por vezes aparentam ser um elemento negativo.
Este caso verifica-se nas aldeias antigas
.Os vestígios de uma arquitectura própria e restos históricos importantes ( que os há, ou havia ) para o conhecimento dos povos que, com os cascalenses coabitaram, foram sistemáticamente destruídos.
No entanto a destruição da arquitectura tradicional afecta ou afectou, sobretudo as autrora áreas rurais elas próprias em acelerado processo de extinção.
Daí que, ao lado de casas vetustas ou de alguma que outra igreja, erga-se em amontoado de cimento inestético e berrante condomínios em altura a que ainda por cima se dão nomes insólitos como por ex: « Villas ( assim com dois êles ) disto e daquilo », ou « Casas de D. fulano tal » , além de arruamentos com nomes completamente alheios ao panorama aldeão.
A própria serra de Sintra não escapa a esta tristeza.
Na aldeia da Biscaia, nas Almoinhas e na própria Malveira da Serra, até há alguns anos razoavelmente bem preservadas já se observa alguns edifícios copiando formas habitacionais divulgadas na publicidade dos grandes centros urbanos.
Por outro lado, a estética característica das localidades é aos poucos destruída, isto a pesar de ao nível das autoridades locais se fazer alarde de programas de protecção ( ??! ) e preservação.
Esta modificação brusca das características de uma região em matéria arquitectónica, vem também prejudicar o interesse do turista que, à procura do típico entre a paisagem do litoral, do interior e da serra de Sintra, encontra entre estes ambientes aquela casa vermelha, amarela ou rosa, com amplas e resplandecentes vidraças ou com aspecto fortificado de desenho quadrado ou de geometria variável ao lado das ruínas de uma outra tradicional.
Nas cidades, o crescimento dos edifícios em altura onde, ao contrário dos grandes centros existe espaço possível para a construção vertical e até horizontal, vem prejudicar também os gostos dos visitantes, mesmo que passageiro apressado, que já se encontra habituado a este género de construções nos seus países ou cidades multi povoadas.
Assim, passo a passo, perante os gostos e não o valor arquitectónico, vão desaparecendo na minha terra de sempre, na minha beira serra os recantos verdejantes, flores silvestres e bairros seculares, os vestígios da antiga arquitectura da região que outros legaram às actuais gerações.
Com esta destruição, que mesmo no campo cultural é grave, o próprio turismo, possível saída económica para a região e com elevados reflexos no país, é prejudicado.
Apenas me refiro aqui àquilo que vou observando em Cascais desde a baía até ali bem perto da serra, como já sublinhei antes.
Ontem, hoje, e amanhã ?
Vou abordar a arquitectura tradicional aqui da região e o pouco que dela resta.
Quando era miúdo, pelos anos cinquenta e princípios dos sessenta, Cascais era a Vila.
Os arredores tinham as características próprias
. O progresso foi avançando e, hoje, posso afirmar que é difícil separar de um todo o que era então os chamados arredores. Cobre, Pampilheira, Torre, Aldeia de Juzo e Murches para citar apenas estas localidades, autrora bem distintas geográficamente estão irreconhecíveis nas suas fronteiras " físicas ".
Alvide / Cobre ( Foto J.P.L. ) |
Alteraram -se as cores das habitações, em regra brancos, para outras que por vezes aparentam ser um elemento negativo.
Este caso verifica-se nas aldeias antigas
.Os vestígios de uma arquitectura própria e restos históricos importantes ( que os há, ou havia ) para o conhecimento dos povos que, com os cascalenses coabitaram, foram sistemáticamente destruídos.
No entanto a destruição da arquitectura tradicional afecta ou afectou, sobretudo as autrora áreas rurais elas próprias em acelerado processo de extinção.
Daí que, ao lado de casas vetustas ou de alguma que outra igreja, erga-se em amontoado de cimento inestético e berrante condomínios em altura a que ainda por cima se dão nomes insólitos como por ex: « Villas ( assim com dois êles ) disto e daquilo », ou « Casas de D. fulano tal » , além de arruamentos com nomes completamente alheios ao panorama aldeão.
Igreja de Murches ( Foto J.P.L. ) |
Na aldeia da Biscaia, nas Almoinhas e na própria Malveira da Serra, até há alguns anos razoavelmente bem preservadas já se observa alguns edifícios copiando formas habitacionais divulgadas na publicidade dos grandes centros urbanos.
Por outro lado, a estética característica das localidades é aos poucos destruída, isto a pesar de ao nível das autoridades locais se fazer alarde de programas de protecção ( ??! ) e preservação.
Esta modificação brusca das características de uma região em matéria arquitectónica, vem também prejudicar o interesse do turista que, à procura do típico entre a paisagem do litoral, do interior e da serra de Sintra, encontra entre estes ambientes aquela casa vermelha, amarela ou rosa, com amplas e resplandecentes vidraças ou com aspecto fortificado de desenho quadrado ou de geometria variável ao lado das ruínas de uma outra tradicional.
Cabreiro- Alcabideche ( Foto J.P.L. ) |
Murches ( Foto J.P.L. ) |
Nas cidades, o crescimento dos edifícios em altura onde, ao contrário dos grandes centros existe espaço possível para a construção vertical e até horizontal, vem prejudicar também os gostos dos visitantes, mesmo que passageiro apressado, que já se encontra habituado a este género de construções nos seus países ou cidades multi povoadas.
Assim, passo a passo, perante os gostos e não o valor arquitectónico, vão desaparecendo na minha terra de sempre, na minha beira serra os recantos verdejantes, flores silvestres e bairros seculares, os vestígios da antiga arquitectura da região que outros legaram às actuais gerações.
Com esta destruição, que mesmo no campo cultural é grave, o próprio turismo, possível saída económica para a região e com elevados reflexos no país, é prejudicado.
Apenas me refiro aqui àquilo que vou observando em Cascais desde a baía até ali bem perto da serra, como já sublinhei antes.
Ontem, hoje, e amanhã ?