1º Do Ano
Romulo dividiu o ano em 10 meses ( 6 de 30 e 4 de 31 dias ) que compreendiam 304 dias, começando em Março - Numa Pompilio acrescentou 2 meses, Janeiro e Fevereiro ( que eram o 1º e ultimo do ano ) ficando o ano com 354 dias, que é o ano lunar; a que acrescentou um dia, pela simpatia que tinha com o número impar, ou pela crença supersticiosa de que o número par presagia desgraças.
Como, porém, faltassem 11 dias para equiparar o ano solar com o ano lunar, fez Júlio César raformar o calendário pelo matemático Sosigenes; o qual contando o ano solar que é de 365 dias, 5 horas e 49 minutos aproximadamente, por 365 dias e 6 horas, formou destas um dia, que intercalou de 4 em 4 anos no mês de Fevereiro. Este dia era contado depois de 24 de Fevereiro, repetindo-se este mesmo dia 24 e dizendo-se Bis Sexto Kalendas Martias: e daqui vem chamar-se bisexto ao ano em que se intercalou aquele dia.
Nota. - Não era, porém, ainda exacto este computo, porque tomando 5 horas e 49 minutos por 6 horas completas, devia o aumento de 11 minutos num grande espaço de anos dar uma grande diferença, antecipando os equinócios e solsticios, que dão começo às estações: e tanto se deu esta diferença, que em 1582 já havia 10 dias a mais no calendário, o que obrigou o Papa Gregório XIII a fazer a reforma que hoje se segue, chamada Correcção Gregóriana. Por esta reforma, e para a devida compensação, se suprimem 3 bisextos em 3 anos seculares consecutivos, porque no espaço de 400 anos aqueles 11 minutos de acréscimo produzem 3 dias.
Romulo dividiu o ano em 10 meses ( 6 de 30 e 4 de 31 dias ) que compreendiam 304 dias, começando em Março - Numa Pompilio acrescentou 2 meses, Janeiro e Fevereiro ( que eram o 1º e ultimo do ano ) ficando o ano com 354 dias, que é o ano lunar; a que acrescentou um dia, pela simpatia que tinha com o número impar, ou pela crença supersticiosa de que o número par presagia desgraças.
Como, porém, faltassem 11 dias para equiparar o ano solar com o ano lunar, fez Júlio César raformar o calendário pelo matemático Sosigenes; o qual contando o ano solar que é de 365 dias, 5 horas e 49 minutos aproximadamente, por 365 dias e 6 horas, formou destas um dia, que intercalou de 4 em 4 anos no mês de Fevereiro. Este dia era contado depois de 24 de Fevereiro, repetindo-se este mesmo dia 24 e dizendo-se Bis Sexto Kalendas Martias: e daqui vem chamar-se bisexto ao ano em que se intercalou aquele dia.
A Península Ibérica antes das conquistas de Roma |
Nota. - Não era, porém, ainda exacto este computo, porque tomando 5 horas e 49 minutos por 6 horas completas, devia o aumento de 11 minutos num grande espaço de anos dar uma grande diferença, antecipando os equinócios e solsticios, que dão começo às estações: e tanto se deu esta diferença, que em 1582 já havia 10 dias a mais no calendário, o que obrigou o Papa Gregório XIII a fazer a reforma que hoje se segue, chamada Correcção Gregóriana. Por esta reforma, e para a devida compensação, se suprimem 3 bisextos em 3 anos seculares consecutivos, porque no espaço de 400 anos aqueles 11 minutos de acréscimo produzem 3 dias.
ROMA ( Capítulo VIII )
PRINCIPAIS CERIMÓNIAS USADAS NOS SACRIFÍCIOS
1º Enquanto aos sacrificadores deviam ;
I - Ir puros à presença dos deuses, abstendo-se do comércio carnal.
II - Lavar-se antes do sacrifício, e celebrar com vestidos limpos. Se o sacrifício era oferecido aos deuses infernais, usavam de uma simples aspersão de água.
III - Ir com os cabelos soltos, vestidos largos e pés nus.
IV. Fazer súplicas e votos, antes de sacrificar; aos deuses celestiais ( inferi ) com as mãos levantadas para o céu, e aos infernais ( inferi ) batendo com o pé na terra.
2º Enquanto às vitimas, deviam ;
I - Ser escolhidas e gordas.
II - Ornadas de fitas e coroadas.
III - Tiradas do rebanho ( egregice ) e não animais ferozes.
3º No acto do sacrifício observava-se ;
I. - A imposição do silêncio, e a expulsão dos profanos ( procul est profani. )
II - A immolação, que consistia em lançar sobre a vítima uma massa feita de farinha e sal ( mola ).
- Coberta a vítima com aquela massa, dizia-se que estava macta ( magis aucta ) isto é, mais aumentada, ou mais preparada para o sacrifício.
Nota. Daqui vem tomarem-se muitas vezes os verbos immolare e mactare por sacrificar.
III. A libação, que era de vinho, leite e outras substâncias; mas especialmente de vinho. Consistia a libação em provar o vinho, dá-lo a provar aos circunstantes, e derramar depois algumas gotas entre os chifres da vítima, sobre a terra, sobre o altar ou sobre o povo.Tanto a cerimónia, como a substância com que se libava, variavam conforme a divindade, a quem se fazia a honra; havendo libações nos banquetes, nos funerais, etc. - As libações em honra dos deuses celestiais faziam-se com a costa da mão para baixo, expelindo o licor da taça ( fundere ); e aos deuses infernais com a costa da mão para cima, emborcando a taça ( vergere ou invergere ).
IV - Acender o fogo sobre o altar, e nutri-lo de lenha seca, cortada das árvores.
V - A condução da vítima para o altar - era mau preságio quando não ia voluntariamente, sendo preciso arrastá-la.
VI - O ferimento da vítima. Se era oferecida aos deuses celestiais, devia ser branca, e com o pescoço levantado ( cervicem retro flectere ) para que olhasse para o céu; se aos deuses infernais, devia ser preta, com a cabeça inclinada, olhando para a terra ( prona ): a primeira era ferida por cima ( ferrum imponere ) - e a segunda por baixo ( ferrum subponere )
VII - A recepção do sangue.
VIII - A escoriação, dissecação do animal sacrificado, de que uma parte, depois de examinada, era lançada ao fogo ( porricere ); donde vem chamar-se porricia ás entranhas da vítima; e a outra parte servia para o banquete sagrado, que celebravam os sacerdotes.
IX - O aviso ao povo para sair do templo, pela simples fórmula extemplo - retirai-vos do templo ( frase que os latinos empregavam adverbialmente na acepção dos nossos vocábulos in continente, imediatamente ).
4º Das purificações ( lustrationes )
Tinham estas lugar quando a cidade era invadida pela peste ou outra calamidade, quando se tinha cometido algum grande atentado, ou se tinham manifestado prodígios de mau preságio; e faziam-se por meio da lustração ( urbem lustrare ).
A dos campos, para bem frutificarem, fazia-se pela circuição ( agros cicumire )
.A do homem homicida, ou que se tinha manchado por algum outro crime, fazia-se pela expiação (expiatio ).
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