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31.1.14

TORRE DO TOMBO

 Aprendi alguma coisa na semana passada graças a uma visita à Cidade Universitária designadamente à Torre do Tombo.

TORRE DO TOMBO  ( Foto de J.P.L. Janeiro de 2014 )

No interior desta " Torre " muitos e importantes documentos sobre nós todos estão acondicionados.
Ou não fosse ali o Arquivo Nacional.

 Cito abaixo

referências e esclarecimentos obtidos na Wikipédia:

O Arquivo Nacional Torre do Tombo (ANTT), o Arquivo Nacional antigamente designado por Arquivo Geral do Reino2 , popularmente referido apenas como Torre do Tombo, é uma unidade orgânica nuclear da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas3 que se constitui como arquivo central do Estado Português desde a Idade Média, tendo os seus primeiros Guardas-Mores sido, também, Cronistas-Mores do Reino.

 Com mais de 600 anos, é uma das mais antigas instituições portuguesas ainda ativas.

Ao longo dos séculos, a conservação dos seus documentos foi prejudicada por diversas circunstâncias: mudanças de local, incêndios, desvio de documentos para outros arquivos quando da Dinastia Filipina (1580-1640), o terramoto de 1755, a Guerra Peninsular a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), e a Guerra Civil Portuguesa, entre outros.


Atualmente constitui-se numa moderna instituição, aberta a pesquisadores e ao público em geral.
Encontra-se instalado no Campo Grande, em Lisboa, Portugal, num edifício projetado pelo arquiteto Arsénio Cordeiro, classificado, desde 2012, como monumento de interesse público.

 

O seu nome vem do facto do arquivo ter estado instalado desde cerca de 1378 até 1755 numa torre do Castelo de São Jorge, denominada "Torre do Tombo". A designação de tombo deriva do grego tómos que significa «pedaço cortado, parte porção; pedaço de papiro; daí, tomo volume»5 , assim, por extensão, passou a designar os suportes onde se faziam registos e os arquivos dos mesmos, sendo a Torre do Tombo o local onde se guardavam os volumes e os papéis mais importantes por ser o arquivo real.


 Em 1755, em resultado do grande terramoto que atingiu Lisboa e que ameaçou de ruína a referida torre, o arquivo foi transferido para o Mosteiro de São Bento (atual Palácio de São Bento).

 Nessas instalações manteve-se até a construção de um moderno edifício-sede, na Cidade Universitária de Lisboa, para onde foi transferido em 1990.

 Ocupando uma área de 54 900 metros quadrados e contando com cerca de cem quilómetros de prateleiras, este moderno edifício possui três áreas principais: uma para arquivo e investigação, uma para a realização de atividades culturais e a última para os serviços administrativos.


Entre 1997 e 2006, a Torre do Tombo, organismo dependente do Ministério da Cultura, foi oficialmente denominado Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IANTT), possuindo simultaneamente funções de arquivo nacional e de órgão de coordenação da política arquivística nacional.

 O IANTT, além do arquivo da Torre do Tombo, supervisionava também a generalidade dos arquivos distritais de Portugal.


O Decreto-Lei n.º 215/2006, de 27 de outubro extinguiu o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e o Centro Português de Fotografia, «sem prejuízo da preservação das respectivas identidades», e integrou as suas atribuições na então criada Direcção-Geral de Arquivos.


O Decreto-Lei n.º 103/2012, de 16 de maio7 , procedeu à fusão da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas com a Direção-Geral dos Arquivos, dando origem à Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas onde o Arquivo Nacional Torre do Tombo se integra como unidade orgânica nuclear.


Mas, se houver um pouco de tempo que tal um passeio pelos aprazíveis arredores ?


JARDINS DO CAMPO GRANDE AO "  LADO "  DA TORRE DO TOMBO ( Foto de J.P.L. )

FACULDADE DE LETRAS AO " LADO " DA TORRE DO TOMBO ( Foto de J.P.L. )







30.1.14

LADRÃO



Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde).
A cada minuto um mendigo tem 30 segundos para pedir a 5 motoristas e receber pelo menos de dois deles € 0,20 e facturar, em média, pelo menos € 0,40 o que numa hora dará: 60 x 0,40 =  €24,00.

Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá  facturado: 25 x 8 x € 24,00 = € 4.800,00.

Será que isso é uma conta maluca?

Bom, 24 euros por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 20 cêntimos e sim 30 / 50 e ,às vezes, até 1 Euro.

Se ele facturar a metade: € 12,00 por hora terá € 2.400,00 no final do mês.

Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de €1,00 (o que não é raro), ele pode até descansar tranquilo debaixo de uma árvore por mais 9 viragens do sinal de trânsito, sem nenhum chefe para lhe censurar por causa disto.


Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.
De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos numa conceituada padaria. Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imaginem o que ela respondeu?

É isso mesmo, de 120 a 150 euros em média o que dá (25 dias por mês) x 120 = 3.000  e ela disse que  não mendiga 8 horas por dia.


Moral da História :

É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo...

Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.

Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que encontrar emprego.




E lembre-se :

O mendigo não paga 1/3 do que ganha para sustentar o grupo de ladrões que, escusado é dizê-lo, todos sabemos quem são e onde estão.
Todos excepto, talvez, aqueles que os poderiam e deveriam tirar de lá. 
Assim sendo tanto é ladrão o que rouba como o que o permite!


27.1.14

MACIÇO DE SINTRA


Deparei com estas rochas que fotografei cujo aspecto belo e intrigante ( para mim )  denota terem sido elevadas por alguma força tectónica. Estou 
inclinado a que tal tenha ocorrido aquando da formação do maciço da serra de Sintra.
Sei que isso ocorreu à cerca de 80 milhões de anos mas como não encontrei registos fósseis ali por perto ... !!!?
Fui consultar informação a respeito e encontrei uma explicação que me satisfez, isto entre muitas outras de semelhante valia. 


Uma formação rochosa ( Foto de J.P.L. )
 
 
 
 
 
 
Maravilhosas vistas. Que mais não seja  " só " isso justifica um passeio pelo nosso  Parque Natural. Aqui na zona da Figueira do Guincho.
O Azul profundo do mar, o céu, a natureza única.
 
 
Na orla da Serra . Aqui, bem perto, estão as " tais " rochas.
Foto J.P.L.
Segue o citado texto.

Ascensão do Maciço

« O maciço de Sintra é um dos aspectos geológicos mais importantes na caracterização de Lisboa.
A instalação deste maciço ocorreu durante o Cretácico Superior (de 82 a 75 Ma, aproximadamente) na bacia Lusitânia (margem oeste da Península  Ibérica). Teve como influência indirecta, a formação de uma estrutura em domo (resultante da deformação de rochas sedimentares) de forma elíptica, alongada na direcção Este – Oeste, com 10 km de comprimento e 5 km de largura.
Este, é visível à superfície, no sector meridional da Bacia Lusitânia, encaixado numa sequência sedimentar marinha, contínua desde o Oxfordiano (andar do Jurássico superior) ao Cenomaniano (andar do Cretácio superior) e rodeado por depósitos continentais descontínuos, com uma idade equivalente ao Oligocénico (época do período Paleogeno, que por sua vez pertence ao Cenozóico). As rochas mesozóicas pré-existentes, foram deformadas devido a uma intrusão magmática, formando uma dobra sinclinal.
As inversões tectónicas que provocaram o levantamento e o encurtamento da Bacia Lusitânia afectaram a região de Sintra da seguinte maneira (Fig. 3):
- A cobertura sedimentar da intrusão foi erodida na base, (como se pode verificar nos depósitos continentais que contêm clastos da cobertura sedimentar) e no topo.
- A dobra sinclinal foi encurtada e o seu flanco norte invertido. O início da exposição das rochas ígneas intrusivas, assim como o encurtamento verificado na região, não podem ser datados com precisão, visto que os depósitos continentais são azóicos (terrenos ou rochas de eras primitivas, nos quais não se encontram nem fósseis nem vestígios de animais) e não há afloramentos do Neogénico (período da era Cenozóica) com idade bem definida na vizinhança da intrusão.
    O complexo ígneo de Sintra é formado por dois maciços concêntricos e uma diversa rede de filões associados, de diferentes composições e orientações. O maciço exterior é granítico, e tem uma idade aproximada de 82 Ma. O maciço interno é constituído por uma sequência de rochas resultantes de cristalização fraccionada que incluem gabros, dioritos e sienitos.
    Em relação à origem do magma, as interpretações mais recentes afirmam que o maciço interno de Sintra se formou no manto, tendo ocorrido pouca contaminação crustal nas rochas não graníticas.
    Qualquer que tenha sido a génese das diversas rochas do maciço, o seu conjunto forneceu à sedimentação das zonas baixas não só os clastos grosseiros, mas também detritos da classe granulométrica das areias e material argiloso resultante da sua decomposição. »




22.1.14

PLEONASMITE.

    Compartilho este alerta, proveniente não sei de onde,  para uma doença que me parece comum. Será possível evitar o contágio ?



                                      

Todos os portugueses (ou quase todos) sofrem de  pleonasmite ?,

 uma doença congénita para a qual não se conhecem nem vacinas nem antibióticos. Não tem cura, mas também não mata. Mas, quando não é controlada, chateia (e bastante) quem convive com o paciente.
O sintoma desta doença é a verbalização de pleonasmos (ou redundâncias) que, com o objectivo de reforçar uma ideia, acabam por lhe conferir um sentido quase sempre patético.
Definição confusa ? Aqui vão alguns  exemplos óbvios: 




  Subir para cima,   descer para baixo,    entrar para dentro e  sair para fora 


Já se reconhece como paciente de pleonasmite ? Ou ainda está em fase de negação ? Olhe que há muita gente que leva uma vida a pleonasmar sem se aperceber que pleonasma a toda a hora.

Vai dizer-me que nunca recordou o passado ?      Ou que nunca está atento aos pequenos detalhes ? E que nunca partiu uma laranja em metades iguais ? Ou que nunca deu os sentidos pêsames à viúva do falecido?

Atenção que o que estou a dizer não é apenas a minha opinião pessoal . Baseio-me em factos reais para lhe dar este aviso prévio de que esta doença má atinge todos sem excepção...

O contágio da pleonasmite ocorre em qualquer lado. Na rua, há lojas que o aliciam com ofertas gratuitas.
 E agências de viagens que anunciam férias em cidades do mundo. No local de trabalho, o seu chefe pede-lhe um acabamento final naquele projecto. Tudo para evitar surpresas inesperadas por parte do cliente. E quando tem uma discussão mais acesa  diga lá que às vezes não tem vontade de gritar alto « cale  a boca » ! ?

E ir ao  cinema ver aquele filme que estreia pela primeira vez em Portugal.

E se pensa que por estar fechado em casa ficará a salvo da pleonasmite, tenho más notícias para si. Porque a televisão é, de certeza absoluta, a principal protagonista da propagação deste vírus.

Logo à noite, experimente ligar ao telejornal e  verá com os seus próprios olhos a pleonasmite em directo no pequeno ecrã. Um jornalista vai dizer que a floresta arde em chamas.
 Um treinador de futebol queixar-se-á dos elos de ligação entre a defesa e o ataque. Um governante dirá que gere bem o erário público. Um ministro anunciará o reforço das relações bilaterais entre dois países. E um qualquer político da nação vai pedir um consenso geral para sairmos juntos desta crise.
E por falar em crise! Quer apostar que a próxima manifestação vai juntar uma multidão de pessoas.

Ao contrário de outras doenças, a pleonasmite não causa dores desconfortáveis nem hemorragias de sangue E por isso podemos viver a vida com um sorriso nos lábios.
  Porque um animal selvagem em liberdade está nas suas sete quintas. Ou, em termos mais técnicos, no seu habitat natural
Mas como lhe disse no início, o descontrolo da pleonasmite pode ser chato para os que o rodeiam e nocivo para a sua reputação.
 Os outros podem vê-lo como um redundante que só diz banalidades. Por isso, tente cortar aqui e ali um e outro pleonasmo. Vai ver que não custa nada.
 E já agora siga um conselho: não adie para depois  e comece ainda hoje a encarar de frente a pleonasmite!

Ou então esqueça este texto. Porque afinal de contas eu posso estar só maluco da cabeça.


21.1.14

TAPADA DO SALDANHA.

Um destes dias passeava tranquilamente, pela Serra de Sintra, em manifesto  prazer que só a natureza me permite desfrutar.
 Existem  hoje em dia em todos os locais daquela jóia um motivo de conforto.
 Quase nada ali falta, de facto.
 Está a ser bem cuidada e estimada, o que se reconhece em alguns locais onde a tentativa de banir a vegetação infestante, como é o caso das acácias, a mais formidável invasora, a par do eucalipto,  que ali prolifera, tem sido levada a cabo com grande esforço dos homens encarregues de tal trabalho.



ÁRVORES   ( Foto de J.P.L. ano de 2014 )

 Registo com agrado a paisagem resultante de mais uma dessas tarefas efectivadas no local por onde antes nada ali parecia viver sob as copas e ramagens das tão belas quanto monótonas árvores.



Assim onde as erradicaram foram plantadas outras espécies o mais aproximadamente possível ao que originalmente ali existiu, ou se supõe ter existido, quando, em recuados tempos e a fazer fé nos registos, Portugal era uma imensa floresta de norte a sul.

Recuperação do Parque Natural de Sintra-Cascais (Tapada do Saldanha)
Aproveite esta oportunidade única de conhecer esta área onde temos vindo a intervir há um ano, onde foram identificados altos valores de conservação, envolvendo-se no controlo de espécies exóticas invasoras, podendo  integrar a equipa a intervir nos promontórios rochosos.


A intervenção visa a recuperação de uma área ecologicamente degradada, numa ação promovida pela Parques de Sintra – Monte da Lua, contando com o apoio da associação Plantar Uma Árvore, integrada no projeto Volunteer ESCAPES – Volunteer with European Solidarity Corps for Activities in Portugal with Ecological Sense, visando a recuperação da vegetação autóctone e o controlo de espécies exóticas invasoras, num compromisso de envolvimento que visa a gestão ambiental daquela área e cujas medidas a executar têm como objetivo promover a restituição da floresta nativa e das espécies autóctones, potenciar a biodiversidade e reduzir o risco de incêndio.


17.1.14

LISBOA


Ao passar numa manhã deste Inverno por um bucólico cantinho  de Lisboa, sonolenta e adormecida, não resisti a preservar dela uma imagem para recordar depois.

Como mulher amadurecida pela labuta da vida, dos desenganos, das alegrias e das tristezas que lhe vincaram algumas rugas as quais afagamos com carinho, amor e enlevo, eis esta linda Lisboa de hoje.



LISBOA ADORMECIDA ( Foto de J.P.L. em 2014 )

Sombria, algo triste e, em certos locais, Lisboa parou no tempo.

Talvez por isso tenha uma qualquer" magia " que tanto nos atrai a nós portugueses que nela vivemos ou para todos os que a visitam.

 O nome feminino e dócil, a sua graça natural, o seu bem receber, o seu perfume  inspira a conhecê-la e amá-la.

 Porém, como as mulheres, nem tudo é para todos, nem para todos é tudo 

15.1.14

AQUI RESIDE O AMOR



                                      Tua frieza aumenta o meu desejo:
                              fecho os meus olhos para te esquecer, 
                               Mas quanto mais procuro não te ver,
                              Quanto mais fecho os olhos mais te vejo.


                             
                              Humildemente, atrás de ti rastejo,
                              Humildemente, sem te convencer,
                              Enquanto sinto para mim crescer
                              Dos teus desdéns o frígido cortejo.


                             
                              Sei que jamais hei-de possuir-te, sei
                              Que outro, feliz, ditoso como um rei,
                              Enlaçará teu virgem corpo em flor.


                              Meu coração no entanto não se cansa:
                              Amam metade os que amam com esperança,
                              Amar sem esperança é o verdadeiro amor. *

 

Ver a imagem de origem
  Ao longo da vida a alguns jamais se coloca a questão.

A Outros, no entanto,surge até inesperadamente.Quando se encontra alguém nos caminhos tortuosos da vida e esses caminhos estão a ser percorridos a dois ou seja quando ambos são comprometidos com outrem,que fazer?

 Distinguir a amizade e nada mais !!!?

 Porém muito difícil é a partir de certos olhares, certos sorrisos,certos gestos manter essa diferença.

Aqui reside a arte, chamemos-lhe arte menor se quisermos, de saber parar.Mas, a partir de um determinado patamar é difícil, senão impossível.


O « artista » fica preso para toda a vida aquela imagem ou a um modelo que nunca pintou ou esculpiu.

 Será o seu tormento até ao fim dos dias.Apenas a ilusória esperança que nesses mesmos caminhos o destino esse grande e enigmático autor conceda de novo uma paragem, um abrigo, em que dois desses quatro viajantes parem para conversar.

E que os outros dois alheios a essa paragem sigam apressados e despreocupados como até ali.No entanto ao fim da pausa urge seguir em frente.

 Falaram tudo os retardatários?
 Só o destino o dirá! »*


*Texto de; Fernando José Teresa Pessoa.
   Poema; Eugénio de Castro.

12.1.14

CASCAIS RURAL

      Diz-nos João Anibal Henriques no livro de sua autoria " História Rural Cascalense" o seguinte, e cito:

... « Ser cascalense rural é assim ser muito rico, não de ouro e metais preciosos, nem tão pouco de saber livresco e dogmático, mas sim de harmonia e satisfação. Os saloios cascalenses, tal como podemos verificar pelos pouco que ainda vão existindo, são gente alegre, divertida, simpática e extrovertida, muito embora sejam também comunidades profundamente religiosas e conhecedoras dos segredos do universo.

 Não é quem quer ver que pode observar; nem é o que conhece que vai saber; o verdadeiro conhecimento e a verdadeira sabedoria, está naqueles que simplesmente procuram ser, deixando de lado os aspectos do ter e envolvendo-se internamente num processo complicado mas também de simples reflexão. »

A VIDA RURAL NA REGIÃO CASCAENSE


Escreveu este belíssimo trecho em 1997   há " apenas " dezassete anos e quer-me parecer, que de então para cá muito mudou dada a circunstância de já não haver saloios,  uma vez que tudo se modernizou e as comunidades referidas por João Anibal Henriques  foram nos seus usos e costumes totalmente absorvidas pelo que chamamos de progresso. Ainda bem para uns, não tanto para outros, como tudo na vida.

Fotografia. Arquivo Municipal.  Câmara Municipal de Cascais
              

4.1.14

LOUIS BRAILLE

 

 Em 1809 Nasceu Louis Braille ( m. 1852 ), inventor francês do sistema de leitura para invisuais. Ficou conhecido  tal sistema pelo nome do seu inventor.

Em 1950 - A Empresa R.C.A. Victor anuncia a produção de discos ( gravações sonoras ) de longa duração, os L.P. ( Long - play ) de vinil

Braille

  

Louis Braille
Nome nativo Louis Braille
Criador do sistema de leitura para cegos Braille
Nascimento 4 de janeiro de 1809
Coupvray, Île-de-France
Morte 6 de janeiro de 1852 (43 anos)
Paris, Île-de-France
Sepultamento Panteão, Coupvray
Cidadania Reino da França
Ocupação organista, professor, inventor
Religião Catolicismo
Causa da morte tuberculose

Louis Braille (Coupvray, 4 de janeiro de 1809 — Paris, 6 de janeiro de 1852), mais raramente Luís Braille, foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille.

Biografia

Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 km de Paris. Seu pai, Simon-René Braille, foi um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi selecionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita noturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita noturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efetuar algumas melhorias.
Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Exceto algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje.
Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceita. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

O código Braille

O nome "Louis Braille" em braille.
Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula braille permite 63 combinações de pontos. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras frequentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
a | b | c | d | e | f | g | h | i | j
As primeiras dez letras só usam os pontos das duas fileiras de cima
Os números de 1 a 9, e o zero, são representados por esses mesmos dez sinais, precedidos pelo sinal de número, especial.
k | l | m | n | o | p | q | r | s | t
As dez letras seguintes acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras letras
u | v | x | y | z
As últimas cinco letras acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a letra "w" é uma exceção porque foi acrescentada posteriormente ao alfabeto francês.
As combinações restantes, ainda possíveis visto que 63 hipóteses de combinação dos pontos, são usadas para pontuação, contrações e abreviaturas especiais. Estas contrações e abreviaturas às vezes tornam o braille difícil de aprender. Isto acontece especialmente no caso de pessoas que ficam cegas numa idade mais avançada, visto que a única forma de aprender braile é memorizar todos os sinais. Por esse motivo, há vários "graus" de braille.
O braille por extenso, ou grau um, só utiliza os sinais que representam o alfabeto e a pontuação, os números e alguns poucos sinais especiais de composição que são especifíos do sistema. Corresponde letra por letra, à impressão visual que é observável num texto comum. Este grau é o mais fácil de se aprender, visto que há menos sinais para memorizar. Por outro lado, o braille grau um é o mais lento para ser transcrito e lido, e o produto final, impresso, é mais volumoso. Visto que a maioria do braille produzido hoje é transcrito e produzido por voluntários, em organizações não lucrativas, o grau um é usado raramente.
O braille grau dois é uma forma mais abreviada do braille. Por exemplo, em inglês, cada um dos 26 sinais que representam o alfabeto têm um significado duplo. Se o sinal é usado em combinação com outros padrões dentro de uma palavra, representa apenas uma letra, mas se estiver isolado representa uma palavra comum. Isto ocorre similarmente no braille português. Assim, por exemplo, o sinal para n isolado representa não, abx representa abaixo, abt, absoluto, ag, alguém, e assim por diante. Outros sinais são empregues para representar prefixos e sufixos comuns. O uso de contracções e abreviaturas reduz bastante o tempo envolvido em transcrever e ler a matéria, bem como o tamanho do volume acabado. Actualmente, portanto, este é o grau mais comum do braille. Em contrapartida, é mais difícil aprender o braille abreviado grau dois. É necessário memorizar todos os 63 sinais diferentes (a maioria dos quais tem mais de um significado, dependendo de como são usados), mas também é preciso aprender o conjunto de regras necessárias que governam quando cada sinal pode ou não ser usado.
O grau três é uma forma de braille altamente abreviada, especialmente usada em inglês. No grau três há várias contracções e abreviaturas a memorizar, e as regras que governam o seu uso são correspondentemente difíceis. O braille grau três é usualmente utilizado em anotações científicas ou em outras matérias muito técnicas. Visto que bem poucos cegos conseguem ler este grau de braille, não é usado com frequência.
O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.

 



Sistema Braile
Braille ou braile1 é um sistema de leitura com o tato para cegos inventado pelo francês Louis Braille no ano de 1827 em Paris.
O Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em alto relevo. O deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais matemáticos e notas musicais.
Louis Braille perdeu a visão aos três anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor desse instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, ele fez algumas adaptações no sistema de pontos em alto relevo, e em 1829 publicou o seu método.
Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.

3.1.14

COMUNICAÇÕES

Durante escavações recentes nos EUA, os arqueólogos descobriram, a 100 m de profundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1.000. Os americanos concluíram que os seus antepassados já dispunham de uma rede telefónica desde aquela época.

Entretanto os espanhóis escavaram também o seu subsolo, encontrando restos de fibras ópticas a 200 m de profundidade. Após minuciosas análises, concluíram que elas tinham cerca de 2.000 anos de idade, divulgando triunfantes, que os seus antepassados já dispunham de uma rede digital à base de fibra óptica quando Jesus nasceu!

Uma semana depois, em Beja, no semanário local, foi publicada a seguinte notícia:
"Após inúmeras escavações arqueológicas no subsolo de Beja, Évora, Moura, Estremoz e Redondo, entre outras localidades alentejanas, até uma profundidade de 500 m, os cientistas alentejanos não encontraram absolutamente nada. Assim se conclui que os antigos habitantes daquela região alentejana já dispunham, há 5.000 anos atrás, de uma rede de comunicações sem-fios, vulgarmente conhecida, hoje em dia, pela designação de "Wireless".



REDE COM FIOS  ( Foto de J.P.L. Ano de 2014 )
 Enquanto aqui pelo Cobre, Cascais, onde resido obtive esta foto hoje 3 de Janeiro de 2014.
Esta é a verdadeira rede " com fios ".
Um sério problema para a arqueologia futura !


LIGAÇÕES ALGO ESTRANHAS ( foto de J.P.L. ano 2014 )  

 
 
 
Uma rede sem fio (ou comunicação sem fio) refere-se a uma passagem aérea sem a necessidade do uso de cabos – sejam eles telefônicos, coaxiais ou ópticos – por meio de equipamentos que usam radiofrequência (comunicação via ondas de rádio) ou comunicação via infravermelho, como em dispositivos compatíveis com IrDA. É conhecido também pelo anglicismo wireless.
O uso da tecnologia vai desde transceptores de rádio como walkie-talkies até satélites artificais no espaço. Seu uso mais comum é em redes de computadores, servindo como meio de acesso à Internet através de locais remotos como um escritório, um bar, um aeroporto, um parque, ou até mesmo em casa, etc.