A senhora Duqueza, uma belleza antiga De bastão de Limoges e de cabello empoado. Certo dia, ao descer do seu estufim doirado, Sentiu desapertar-se o fecho d'uma liga.
Córou, quiz apertal-a ( ao que o pudor obriga ! ) Mas voltou-se, olhou ... Tinha o capellão ao lado. Mais um passo, e perdeu-se o laço desatado, E rebentou na corte uma tremenda intriga.
Fizeram-se pregões. Marquezes, Condes, tudo procurava, rompendo os calções de velludo. Por baixo dos sophás, de joelhos pelo chão ...
quando já ninguem cuidava - que surpreza ! -Foi-se encontrar por fim a liga da Duqueza No livro d'orações do padre capellão.
Córou, quiz apertal-a ( ao que o pudor obriga ! ) Mas voltou-se, olhou ... Tinha o capellão ao lado. Mais um passo, e perdeu-se o laço desatado, E rebentou na corte uma tremenda intriga.
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Fizeram-se pregões. Marquezes, Condes, tudo procurava, rompendo os calções de velludo. Por baixo dos sophás, de joelhos pelo chão ...
quando já ninguem cuidava - que surpreza ! -Foi-se encontrar por fim a liga da Duqueza No livro d'orações do padre capellão.
Autor. Júlio Dantas
Texto extraído da; " Illustração Portugueza "Nº167.
Lisboa, 3 de Maio de 1909.
