* ...Entretanto, havia pouco, rebentara a guerra de Espanha que dividira aquele país em dois campos. Dum lado os que eles chamavam os " republicanos ", de facto apoiados pela Rússia, que projectavam implantar ali uma república soviética, e do outro lado os " nacionalistas, liderados pelos militares, quase todos oficiais da " Legião Estrangeira ", que tinham participado nas guerras de Marrocos e que pretendiam expulsar os comunistas ( " los rojos ", como lhes chamavam ) do país para fora; repor um governo nacionalista de direita apoiados pela Itália e pela Alemanha.
O líder da revolução contra " los rojos " era o general Sanjurjo, um dos militares espanhóis de maior prestígio, herói das guerras de Marrocos, que fora distinguido com as mais altas condecorações e era considerado o maior estratega do Exército Espanhol.
Sanjurjo vivia nessa altura em Portugal exilado e fora daqui que organizara, orientara e dirigia toda a estratégia revolucionária dos nacionalistas.
Nesses últimos tempos da chamada república, a cujos dirigentes e partidários toda a gente chamava em Espanha " los rojos ", cometiam-se naquele país as maiores atrocidades.
Espanha estava entregue ao " poder popular, " que mandava brigadas prender e fuzilar as pessoas à mais pequena denúncia ou até sem denúncia nenhuma.
As brigadas entravam, armadas de metralhadora, nas casas, levavam os homens, algumas vezes até as mulheres, e fuzilavam todos.
Em Madrid imperava a lei do terror, terror esse que, quando estalou a guerra cívil, se agravou ainda mais.
Sanjurjo contava com os melhores generais espanhóis como : Queipo de Llano, Franco,Varela,Millan Astray, o grande mutilado das guerras de Marrocos, Quindelain da aviação e muitos mais.
Naquele ano de 1936 a confusão era cada vez maior em Madrid e os assassinatos eram constantes.
Mandava-se matar pessoas até por vingança.
Os dirigentes republicanos Azaña e Prieto, que ainda mantinham um resto de ordem e coerência, tinham sido marginalizados pela chamada " Frente Popular ", o governo Popular pouco mais fazia do que assassinar cada vez mais gente, principalmente religiosos ou padres.
Fora neste ambiente que Calvo Sotelo tivera a coragem de no parlamento condenar a " Frente Popular ", tendo sido imediatamente ameaçado de morte palas bancadas.
E, de facto, logo a seguir os " guardas de assalto " foram buscá-lo a casa, levaram-no para o campo e assassinaram-no.
Este assassinato fora a última gota, o " detonador " da revolução que viera a rebentar no dia 18 de Julho de 1936.
Poucos dias antes da data marcada para o inicio das operações veio uma avioneta de Espanha, pilotada por um dos irmãos Ansaldo, aterrou no campo de corridas da Quinta da Marinha, em Cascais, para levar Sanjurjo.
O líder da revolução contra " los rojos " era o general Sanjurjo, um dos militares espanhóis de maior prestígio, herói das guerras de Marrocos, que fora distinguido com as mais altas condecorações e era considerado o maior estratega do Exército Espanhol.
Sanjurjo vivia nessa altura em Portugal exilado e fora daqui que organizara, orientara e dirigia toda a estratégia revolucionária dos nacionalistas.
Nesses últimos tempos da chamada república, a cujos dirigentes e partidários toda a gente chamava em Espanha " los rojos ", cometiam-se naquele país as maiores atrocidades.
Espanha estava entregue ao " poder popular, " que mandava brigadas prender e fuzilar as pessoas à mais pequena denúncia ou até sem denúncia nenhuma.
As brigadas entravam, armadas de metralhadora, nas casas, levavam os homens, algumas vezes até as mulheres, e fuzilavam todos.
Em Madrid imperava a lei do terror, terror esse que, quando estalou a guerra cívil, se agravou ainda mais.
Sanjurjo contava com os melhores generais espanhóis como : Queipo de Llano, Franco,Varela,Millan Astray, o grande mutilado das guerras de Marrocos, Quindelain da aviação e muitos mais.
Naquele ano de 1936 a confusão era cada vez maior em Madrid e os assassinatos eram constantes.
Mandava-se matar pessoas até por vingança.
Os dirigentes republicanos Azaña e Prieto, que ainda mantinham um resto de ordem e coerência, tinham sido marginalizados pela chamada " Frente Popular ", o governo Popular pouco mais fazia do que assassinar cada vez mais gente, principalmente religiosos ou padres.
Fora neste ambiente que Calvo Sotelo tivera a coragem de no parlamento condenar a " Frente Popular ", tendo sido imediatamente ameaçado de morte palas bancadas.
E, de facto, logo a seguir os " guardas de assalto " foram buscá-lo a casa, levaram-no para o campo e assassinaram-no.
Este assassinato fora a última gota, o " detonador " da revolução que viera a rebentar no dia 18 de Julho de 1936.
Poucos dias antes da data marcada para o inicio das operações veio uma avioneta de Espanha, pilotada por um dos irmãos Ansaldo, aterrou no campo de corridas da Quinta da Marinha, em Cascais, para levar Sanjurjo.
| ...DOS SEUS COMPANHEIROS DE ARMAS. ( Foto de J.P.L. Ano 2011 ) |
O general embarcou com as suas malas, o piloto Ansaldo pôs-se face ao vento, isto é, no sentido sul-norte, descolou e ... foi a tragédia, pois a avioneta, que passara já as árvores no fim do campo com bastante dificuldade, caiu em perda depois de as sobrevoar, incendiando-se imediatamente .
Sanjurjo morreu horrorosamente carbonizado, salvando-se o piloto por verdadeiro milagre.
A primeira ideia fora a de que a avioneta aterraria na Portela e de lá descolava com Sanjurjo a bordo.
Porém, com alguma coisa deste projecto tivesse transpirado, o governo de Espanha, que era a " Frente Popular ", protestou oficialmente, o que obrigou o governo Português a proibir a aterragem da avioneta, a qual se viu, assim, forçada a ir aterrar ao campo de corridas da Marinha em segredo, que toda a gente conhecia mas fingia não conhecer.
Sanjurjo morreu horrorosamente carbonizado, salvando-se o piloto por verdadeiro milagre.
A primeira ideia fora a de que a avioneta aterraria na Portela e de lá descolava com Sanjurjo a bordo.
Porém, com alguma coisa deste projecto tivesse transpirado, o governo de Espanha, que era a " Frente Popular ", protestou oficialmente, o que obrigou o governo Português a proibir a aterragem da avioneta, a qual se viu, assim, forçada a ir aterrar ao campo de corridas da Marinha em segredo, que toda a gente conhecia mas fingia não conhecer.
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| EX.MO. SR. CAPITÃO GENERAL DOM JOSÉ SANJURJO SACANNELS MARQUES DEL RIF |
Sendo o campo da Marinha um campo qualquer, não um aeródromo, a aterragem e a descolagem passavam a ser clandestinos, portanto, sem responsabilidades para o governo Português.
foi com estas razões que o inexorável " destino ", mais uma vez, mudou o curso da história ao matar o chefe do movimento espanhol.
Na realidade, se o " movimento " tivesse tido Sanjurjo como chefe, ter-se-ia passado tudo da mesma maneira ?
Isso é coisa que nunca se poderá saber.
Quanto às razões da tragédia nunca vieram a apurar-se completamente.
Uns diziam que a pequena avioneta estava carregada de mais porque o general quisera, à viva força, levar muitas malas com todos os seus fardamentos e já tinha um grande peso de combustível.
Outros diziam que o piloto Ansaldo, com a pressa, se pusera face ao vento para descolar com pouco mais de meia pista à sua frente, desprezando a outra metade, o que parece estranho pois Ansaldo era um piloto muito experiente.
Outros ainda acham que a avioneta fora mal escolhida para o efeito, por precisar de uma pista muito comprida para descolar.
Esta razão não é válida pois, por fotografia tirada momentos antes da descolagem, vê-se perfeitamente que as asas da avioneta eram muito profundas, portanto permitiam descolagens em terreno curto.
A hipótese de a avioneta estar carregada de mais também não se verificava porque, segundo testemunho de D. Maria Luisa Castelo Novo, em casa de quem ele e a sua mulher almoçaram e que os acompanhou ao Campo da Marinha, ele levava apenas uma pequena mala.
foi com estas razões que o inexorável " destino ", mais uma vez, mudou o curso da história ao matar o chefe do movimento espanhol.
Na realidade, se o " movimento " tivesse tido Sanjurjo como chefe, ter-se-ia passado tudo da mesma maneira ?
Isso é coisa que nunca se poderá saber.
Quanto às razões da tragédia nunca vieram a apurar-se completamente.
Uns diziam que a pequena avioneta estava carregada de mais porque o general quisera, à viva força, levar muitas malas com todos os seus fardamentos e já tinha um grande peso de combustível.
Outros diziam que o piloto Ansaldo, com a pressa, se pusera face ao vento para descolar com pouco mais de meia pista à sua frente, desprezando a outra metade, o que parece estranho pois Ansaldo era um piloto muito experiente.
Outros ainda acham que a avioneta fora mal escolhida para o efeito, por precisar de uma pista muito comprida para descolar.
Esta razão não é válida pois, por fotografia tirada momentos antes da descolagem, vê-se perfeitamente que as asas da avioneta eram muito profundas, portanto permitiam descolagens em terreno curto.
A hipótese de a avioneta estar carregada de mais também não se verificava porque, segundo testemunho de D. Maria Luisa Castelo Novo, em casa de quem ele e a sua mulher almoçaram e que os acompanhou ao Campo da Marinha, ele levava apenas uma pequena mala.
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| POUCO DEPOIS DO ACIDENTE. ( foto do Arquivo Municipal da Câmara de Lisboa ) |
Fosse como fosse, o desastre deu-se, e os nacionalistas ficaram sem o seu grande chefe militar, começando,portanto,a guerra civil da pior maneira.
Mas não perderam tempo.
Poucos dias depois da tragédia já estava escolhido, por unanimidade, o General Francisco Franco, para suceder a Sanjurjo na chefia do " movimento ".
Mas não perderam tempo.
Poucos dias depois da tragédia já estava escolhido, por unanimidade, o General Francisco Franco, para suceder a Sanjurjo na chefia do " movimento ".

