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28.6.11

ANTERO DE QUENTAL

                                                        

                                                       
                                                             Conheci a beleza que não morre
                                                        E fiquei triste. Como quem da serra
                                                        Mais alta que haja, olhando aos pés a terra
                                                        E o mar, vê tudo, a maior nau ou torre,




                                                        Minguar, fundir-se, sob a luz que jorre;
                                                        Assim eu vi o mundo e o que ele encerra
                                                        Perder a cor, bem como a nuvem que erra
                                                        Ao pôr do sol e sobre o mar discorre.




                                                        Pedindo à forma, em vão, a ideia pura,
                                                        Tropeço, em sombras, na matéria dura,
                                                        E encontro a imperfeição de quanto existe




                                                         Recebi o baptismo dos poetas,
                                                         E assentado entre as formas incompletas
                                                         Para sempre fiquei pálido e triste.
                                                                                                           

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Antero de Quental
Antero de Quental, poeta açoreano c. 1887
Nome completo Antero Tarquínio de Quental
Nascimento 18 de abril de 1842
Ponta Delgada, Açores, Portugal
Morte 11 de setembro de 1891 (49 anos)
Ponta Delgada, Açores, Portugal
Nacionalidade Português
Alma mater Universidade de Coimbra
Ocupação Escritor
Principais trabalhos Sonetos de Antero (1861)
Beatrice e Fiat Lux (1863)
Odes Modernas (1865)
Bom Senso e Bom Gosto (1865)
A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais (1865)
Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX (1865)
Portugal perante a Revolução de Espanha (1868)
Primaveras Românticas (1872)
Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa (1872)
A Poesia na Actualidade (1881)
Sonetos Completos (1886)
A Filosofia da Natureza dos Naturistas (1886)
Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX (1890)
Raios de extinta luz (1892)
Movimento literário Questão Coimbrã, Geração de 70
Carreira musical
Período musical 1861 - 1891
Assinatura
Assinatura Antero de Quental.svg
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 – Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891 foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.

25.6.11

O RISCO DE INCÊNDIO

RISCO DE INCÊNDIO FLORESTAL. ( Foto de J.P.L.  24 de  junho 2011 )



Ao passar pelos cruzamento dos Capuchos, ontem, dia vinte e quatro deparei com este painel colocado havia pouco tempo. Útil e esclarecedor. 24 - DE JUNHO DE 2011    

SERRA DE SINTRA. CRUZAMENTO DOS CAPUCHOS ( foto de J.P.L. 24 de Junho de 2011 )
                                                          



INFORMAÇÃO A CONSIDERAR. ( Foto de J.P.L. 25 Junho de 2011 )


ENTRETANTO EM 2020, A SITUAÇÃO É A QUE SE REGISTA SOB ESTAS LINHAS.


Resposta a situação de perigo de incêndio na Serra de Sintra | Acessos Interditos

Atendendo às condições meteorológicas adversas verificadas e ao elevado risco de incêndio florestal foram hoje ativadas as 6 cancelas existentes no perímetro florestal sul da Serra de Sintra. A situação mantém-se até às 23h59 de 17 de julho (sexta-feira).

As seis cancelas existentes, colocadas nos locais indicados na proposta 279/-P/2020, estão acionadas e estes acessos permanecem encerrados enquanto se mantiver a situação de risco de incêndio elevados.
Zonas de acesso interdito por cancelas:

  • Cruzamento da Azóia;
  • Caminho da Urca / Pedras Irmãs;
  • Cruzamento dos Capuchos - acesso ao Monge;
  • Cruzamento dos Capuchos - acesso ao cruzamento da Portela;
  • Cruzamento da Portela - acesso ao cruzamento dos Capuchos;
  • Cruzamento da Portela - acesso à Azóia.
A passagem nestes locais está interdita (exceto a veículos de emergência, proteção civil e entidades que integrem esse sistema).
Encontram-se reforçados e no terreno os meios de proteção civil, militares e forças de segurança.

23.6.11

SANTA EUFÉMIA.

SANTA EUFÉMIA ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
                                           

    Santa Eufémia da Serra é uma denominação pertencente à mesma família de topónimos em que se encontram as Senhoras da Rocha, da Penha,da Pena e da Peninha, da Lapa etc...


CAPELA DE SANTA EUFÉMIA ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 )

 Nomenclatura feminina que nos aponta, muito provavelmente, origem pré-histórica quando se cultava a Grande Deusa.


PAINEL DE AZULEJOS ( PROTEGIDO POR GRADEAMENTO )    ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )


  Ora, esse culto matriarcal teve em Sintra grande expressão, sobretudo à Deusa Lunar Tripla


CASA BEM RÚSTICA COLADA À PAREDE DA CAPELA. ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 )
 
 E o lugar de Santa Eufémia é rico em tradição sagrada e vestígios arqueológicos.

*  Câmara Municipal de Sintra.

 
S. EUFÉMIA        ( Foto de J.P.L. Ano de 2011 )

FRONTARIA PRINCIPAL DA CAPELA  ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )

AZULEJOS QUE NARRAM O MILAGRE ALI OCORRIDO  ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )

HUM DEVOTO ESTRANGEIRO MANDOU RE-EDIFICAR ESTA CAPPELA EM 1876  ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 ) 

    

A FONTE DE ÁGUA DE QUALIDADE TERAPÊUTICA  ( Foto de J.P.L. em 2011 )


 Ontem de manhã decidi ir  desde casa até à serra, como faço muitas vezes.
 Atravessei montes e vales e decidi ir lá ao alto, a S. Pedro de Sintra, onde no topo de um monte de dificílima escalada em bicicleta se chega à Ermida de S. Eufémia.
Fiquei maravilhado com as obras de restauro que nela fizeram.
  Apesar do decorrer dos séculos ainda se pode admirar esta vetusta edificação.
 Apenas pelo exterior, pois o acesso ao interior do templo está vedado.
Mesmo assim vale a visita nestes dias de Verão.
Se levarmos merenda este recinto tem um amplo parque de estacionamento e um acolhedor cantinho com mesas e bancos.
 Convém notar que a fonte a que recorreram os nossos antepassados em busca de cura para as suas maleitas físicas está seca e encerrada, apesar disso, ou por isso, no interior do gradeamento que vemos acima.
 No painel de azulejos pode ler-se em escrita antiga as qualidades daquela água de antanho. Males do fígado,dos rins, da pele eram aqui resolvidos.
   É um local a visitar mas, atenção.
 Regra geral temos por lá vento fresco e humidade.
 Se ver  sobre a Serra de Sintra alguma névoa vou  preparado para essa contingência. Se o aspecto for límpido não há que hesitar.  A ter em conta também a íngreme subida para lá chegar.
 Mesmo de automóvel é sempre em 3ª ou 2ª velocidades.
 Cá o rapaz gosta muito de ali ir  e usufruir depois da restante serra.
 Enquanto tiver força e saúde.
Neste momento já cá vão cinquenta e seis primaveras

!
PARQUE DAS MERENDAS  DE SANTA EUFÉMIA  HOJE 23 DE JUNHO DE 2011 ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
                                           
 

MOVIMENTO PERPÉTUO ASSOCIATIVO


             
                                                             
                                            Agora sim, vamos dar a volta a isto !
                                            Agora sim, há pernas para andar !
                                            Agora sim, eu sinto o optimismo !
                                            Vamos em frente, ninguém nos vai parar.


                                            - Agora não, que é hora do almoço...
                                            - Agora não, que é hora do jantar...
                                            - Agora não, que eu acho que não posso...
                                            - Amanhã vou trabalhar.


                                            Agora sim, temos a força toda !
                                            Agora sim, há fé neste querer !
                                            Agora sim, só vejo gente boa !
                                            Vamos em frente e havemos de vencer.
                                                                     

                                                                      

                                            - Agora não, que me dói a barriga...
                                            - Agora não, dizem que vai chover...
                                            - Agora não, que joga o Benfica...
                                              E eu tenho mais que fazer.
                                          
                                         
                                          
                                               Agora sim, cantamos com vontade !
                                               Agora sim, eu sinto a união !
                                               Agora sim, já ouço a liberdade !
                                               Vamos em frente e é esta a direcção.
                                          
                                            
                                             - Agora não, que falta um impresso...
                                             - Agora não, que o meu pai não quer...
                                             - Agora não, que há engarrafamentos...
                                               Vão sem mim que eu vou lá ter.
                                               Vão sem mim que eu vou lá ter                                                      


 Letra ; Pedro da Silva Martins
 Interpretação; Deolinda.
                                         
                                         

21.6.11

GOVERNO VELHO. GOVERNO NOVO ?

 Gostaria de deixar aqui um ponto de vista  traduzido numa das muitas canções dos Xutos e Pontapés
 cuja letra,  por demasiado explícita, causou mal estar  no Governo. Consta-se que devido a isto o grupo sentiu a pressão incómoda da " democracia " daqueles senhores.

 De tal forma que a canção só raras vezes passava nas rádios.
   
A  LETRA, PARA QUE CONSTE, É A SEGUINTE.

                                       
         Anda tudo do avesso nesta rua que atravesso. Dão milhões a quem os tem, aos outros um passou bem.
     
Não consigo perceber quem é que nos quer tramar, enganar, despedir e ainda se ficam a rir.
     
Eu quero acreditar que esta merda vai mudar. Espero vir a ter uma vida bem melhor.
       
Mas, se eu nada fizer, isto nunca vai mudar.
     
Conseguir encontrar, mais força para lutar.
       
Senhor engº dê-me um pouco de atenção, há dez anos que estou preso, há trinta que sou ladrão...
     
Não tenho eira nem beira mas ainda consigo ver quem  anda na roubalheira e quem me anda a comer.
     
É difícil ser honesto, é difícil de engolir.
     
Quem não tem nada vai preso.
       
Quem tem muito fica a rir.
     
Ainda espero ver alguém  assumir que já andou a roubar, enganar o Povo que acreditou !!!!


         LETRA E INTERPRETAÇÃO - XUTOS E PONTAPÉS.
         ANO 2011                   

                                         

Xutos & Pontapés


 Os Xutos & Pontapés são uma banda portuguesa de rock formada no final do ano de 1978. 
Em dezembro de 1978, Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel formam a banda Delirium Tremens em Lisboa.
 Pouco depois, mudaram o nome da banda para "Beijinhos e Parabéns" e, finalmente, escolheram como nome definitivo "Xutos & Pontapés".
 Realizando o seu primeiro ensaio na Senófila, o seu primeiro concerto foi em 13 de Janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no Baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll.
 
  • Membros: Tim · Zé Leonel · Kalú · João Cabeleira · Francis · Tim · Tim · Zé Pedro · João Cabeleira · Kalu · Kalú · Gui · João Cabeleira
  • Prémios: MTV Europe Music Award para Melhor Artista Português (2009)
  • Nomeações: MTV Europe Music Award para Melhor Artista Português (2009)
                             

20.6.11

TERESA TAROUCA

TERESA TAROUCA  OU  TEREZA TAROUCA. UMA E A MESMA PESSOA.

                                                                         
        






                       


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Teresa Tarouca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
Teresa Tarouca
Informação geral
Nome completo Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva
Também conhecido(a) como Tereza Tarouca
Nascimento 4 de janeiro de 1942
Local de nascimento Lisboa
Portugal
Morte 11 de novembro de 2019 (77 anos)
Nacionalidade portuguesa
Ocupação(ões) cantora
Cônjuge Nuno Carlos Maria da Silva Salvação Barreto (u.f), António Risques Pereira Azinhais de Melo (?-?)
Filho(s) 2
Instrumento(s) Voz
Editora(s) RCA Victor, Edisom
Prémios Prémio Bordalo (1964) Fado
Teresa de Jesus Pinto-Coelho Teles da Silva, mais conhecida por Teresa Tarouca ComIH (Lisboa, 4 de janeiro de 1942 — Lisboa, 11 de novembro de 2019), foi uma fadista portuguesa. Recebeu o Prémio da Imprensa (1964) na categoria "Fado".

PRAIA DOS PESCADORES OU DA RIBEIRA

BAÍA DE CASCAIS JUNHO DE 2011 ( foto de J.P.L. )
                       Na manhã da passada terça feira era este o aspecto da Baía, aqui de Cascais.

IMAGEM QUE MAIS PARECE OBTIDA NO INVERNO ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 )
       
              Com um mar destes o mais natural é sentir um apelo ao passeio pelas suas margens.
                                                                 
PRAIA DOS PESCADORES OU DA RIBEIRA  ( Foto de J.P.L. Junho 2011 )
             
 
Ao longe os diversos utensílios a que os homens do mar recorrem para a sua faina.
Por enquanto ainda me posso  dar ao " luxo " de usufruir de tão tranquilizante recanto, que mais não seja por aqui residir.
 Muito mais tem esta linda terra para mostrar, felizmente. 
A Autarquia procura com zelo manter tudo muito limpo e bonito.  A Praia da Ribeira ou Pescadores está localizada no centro da Vila de Cascais em Portugal, é uma das mais conhecidas e visitadas pelos turistas e moradores locais.
 
Essa praia tem dois nomes, Ribeira e Pescadores, mas tem sua história e significado.
  • Ribeira porque ali desagua a Ribeira das Vinhas que nasce na serra de Sintra e desagua em Cascais;
  • Pescadores porque tem um cais de embarcações onde é descarregado os pescados para depois ser comercializados em lota (leilão).
Família Real na praia.

No ano de 1870 como era moda banho de mar, a Família Real escolheu Cascais para instalar sua casa de verão, precisamente no Palácio da Cidadela, e transformou essa vila na Rainha das Praias Portuguesas.
O Rei D. Luís e sua esposa D. Maria Pia e seus filhos D. Carlos e D. Afonso se encantaram com as belezas da Vila, e Cascais ficou conhecida em todo Portugal. 
Após a morte de seu pai, o Rei D. Carlos continuou aqui frequentar, e amar a Vila de Cascais.

O Banho de Mar da Realeza

 Quando o Rei descia do Palácio da Cidadela para seu banho de mar na Praia da Ribeira e dar braçadas na baía, a Bandeira Nacional era hasteada no mastro da praia, para anunciar a presença de um monarca ao mar.

O fato-de-banho às riscas que lhe cobria os ombros e chegava aos joelhos era vestido e despido na barraca real instalada na areia da praia de Cascais – Portugal.

Em 1889 a avenida que liga a Cidadela a Praia da Ribeira recebeu o nome de D. Carlos I, essa ligação atraiu muitos ricos que começaram a construir suas casas de férias.
Começa a impulsionar a modernização da Vila de Cascais – Portugal, e nesse momento muitos palacetes são construídos a beira mar.

Casas e Palacetes

 Podemos destacar a Casa onde morou a escritora e poetisa Maria Amália Vaz de Carvalho, que hoje é um restaurante que se destaca na orla. 

Também o Palácio Seixas, que anteriormente era residência da família Aires de Ornelas no antigo Forte de Santa Catarina. Henrique Maufroy de Seixas em 1920 adquiriu a propriedade dos herdeiros e construiu o Palácio, que hoje é propriedade da Marinha Portuguesa.
Como Chegar. 
 
A Praia da Ribeira está localizada no centro da Vila de Cascais e deve o seu nome ao facto de ali desaguar a Ribeira das Vinhas. Esta praia é tradicionalmente uma praia de pescadores que dispõe de um cais para embarcações onde é descarregado o pescado que depois é comercializado na Lota. É por este motivo que esta praia é também conhecida por Praia dos Pescadores ou Praia do Peixe. A Praia da Ribeira encontra-se envolvida pela Baixa de Cascais – zona de grande interesse urbano. Na sua envolvente podemos encontrar a Câmara Municipal de Cascais, o edifício da Capitania de Cascais – Palácio de Seixas, a Lota de Cascais, entre outros. Embora apresente uma boa qualidade da água que é monitorizada durante a época balnear, esta praia não está classificada como de uso balnear.

Estacionamento limitado e pago.
 
Acesso à Praia:
 
De automóvel - Centro de Cascais, estacionar em local apropriado e fazer o percurso a pé até à praia ou deslocar-se no BUSCAS. De comboio - Sair na estação de Cascais e fazer o percurso a pé ou deslocar-se no BUSCAS. De autocarro - Sair na estação de Cascais e fazer o percurso a pé ou deslocar-se no BUSCAS.
 Acesso ao areal por escadas e rampa.

19.6.11

57º ANIVERSÁRIO

Mais um ciclo de dias e meses.
 Tentarei fazer algo para alterar o rumo dos acontecimentos.
 Certo tenho, como todos nós, os dias e as noites.
 O tempo, esse, está dividido em convenções medidas pelo relógio.
A natureza por seu lado vai agindo com sabedoria, ou não, na elaboração do seu dia a dia para no final olhar-mos o seu trabalho lento, mas sem atrasos em relação ao " previsto ". 
Fantásticas lições de sabedoria que vou recolhendo aqui e ali naquelas suas obras. Sem horários nem pressas.
Quem me dera chegar aos calcanhares desta Mãe de tudo e todos.
 Dói a alma saber o que Lhe fazem por esse Globo inteiro.
 Até quando?
 Pergunto a mim próprio.
Seja como for já ultrapassei meio século de vida.
 Dei o meu contributo na " pégada ecológica " e continuarei a fazê-lo até ao derradeiro momento, simplesmente sei que vou tentar ser o menos negligente possível para com Ela sem querer constituir exemplo para quem quer que seja. Quero ser eu e mais nada.
 Não será fácil visto que conheço algumas das minhas limitações, aliás, quem me dera conhecer-me melhor.
Tenho notado ao longo da minha vida certas atitudes e reacções em mim que, depois, me levam a estados de espírito contraditórios.
 Ante a natureza, ante a sociedade e ante o destino, esse grande obreiro da incógnita, humildemente me reconheço como imperfeito.



 JUNHO DE 2011 ( foto de J.P.L. )
                                                       

17.6.11

FLOR DOS CAPUCHOS

UM DESTES DIAS PAREI  PARA  CONTEMPLAR UMA BELA FLOR.

                                              
       
A FLOR QUE MORA NO CRUZAMENTO DOS CAPUCHOS ( Foto de J.P.L. 2011 )


 O acesso a este cruzamento pode ser feito pela N 247-3, vindo da povoação do Pé da Serra, em direção a Sintra junto ao Convento dos Capuchos.









                                    
Mapa

Serra de Sintra

Mapa

 
 
 
A serra de Sintra, também conhecida como Monte da Lua, é uma serra nos concelhos de Sintra e Cascais, em Portugal. 
Situa-se no extremo ocidental do continente europeu.
 Está integrada no Parque Natural de Sintra-Cascais‎.
 Possui uma fauna riquíssima, sendo exemplo dela, a raposa, a gineta, a toupeira, a salamandra, o falcão peregrino, a víbora e diversas espécies de répteis escamados.
 O seu clima é temperado com bastantes influências oceânicas, apresentando por isso uma pluviosidade superior em relação à restante área da Grande Lisboa. 
Daí resulta também uma vegetação única.
 Cerca de novecentas espécies de flora são autóctones e 10% são endemismos.
 Algumas delas são o carvalho, sobreiro e pinheiro-manso.

14.6.11

A MULHER QUE NOS AMA

                                                                        




            Não há melhor amizade que a de uma mulher que nos ame !  

12.6.11

A DERRADEIRA ESPERANÇA.

 " Vindos da Corunha,a bordo do Oransa, foram presos ontem vinte e um emigrantes portugueses...

    Confessaram tudo e disseram sem evasivas que se ausentavam para se eximir ao serviço militar.

( Do Diário de Noticias - 31 - 1 - 1915. )

 ""   Enquadrando uma reprodução fotográfica, veem aqueles e outros dizeres explicativos, dos quais destaco esses períodos e as seguintes notas: - 
 Os vinte e um têm idades mediando os 17 e os 32 anos; dois são ferreiros, um empregado do comércio, os restantes pertencem à lavoura. 
Na ilustração da notícia que a grande informação lançou pelo país a dentro, veem-se amontoados os vinte e um desgraçados, de cada lado um guarda  da polícia e na frente uns montes de sacos de roupa, a minguada bagagem do emigrante.
Contemplei-os detalhadamente e desta grosseira reprodução, onde há homens tristes, de cabeças curvadas, veio-me toda a algida resignação dos míseros que não conseguiram realizar a derradeira esperança.
 Novos, fortes, saíram pela raia seca do norte, a exemplo de tantos outros milhares que escapam as estatísticas oficiais, e em terras de Espanha se entregaram, candidamente, aos embustes dos engajadores clandestinos; Por fim embarcaram e os bisonhos serranos olhavam atónitos a vastidão aterradora do mar; diziam-lhe que para nascente ficava a costa portuguesa e lá para dentro as terras só deles conhecidas, que talvez não mais tornassem a vêr; mas à entrada de Lisboa, os cúmplices dos engajadores amontoavam-nos sob as camas de uns beliches afastados, que torturas então passaram enquanto a denúncia fazia a sua obra. Descobertos e presos desembarcaram e quando interrogados - 
confessam tudo sem evasivas.
    Que lancinantes dias passaram esses míseros, desde os ardis para passarem a fronteira, até à hora sinistra em que entrados em águas do seu país, confessam tudo!
 E que mais poderiam eles fazer?
A negativa é ainda uma esperança, a não confissão presume ainda energia, e eles nem acalentam    a esperança, nem abrigam nas almas energia.
 São agora uns destroços, inertes, sem vontade e sem norte;vão para onde os impelirem, com
a indiferença amorfa de uma docilidade inconsciente.
    Sacrificando a ultima leira hipotecada, conseguiram juntar as libras que os engajadores exigiam e com os seus corpos vigorosos contavam, em terras distantes, conseguir juntar uns centos de mil reis para voltar e pagar a hipoteca e as demais dívidas, arredondar as hortas e bouças herdadas e dar melhor passadio às mulheres, aos pais ou aos filhos.
   E tudo se desvaneceu!
   Hoje são uns criminosos, a lei exige o seu castigo.
   Porquê ?
   Porque tinham de ficar, presos pelo serviço militar, que só os dispensaria em anos afastados, em idades em que já os seus braços nada poderiam, em que lá não os aceitariam, em que nada poderiam tentar, e então fugiram.
   Mas fugiram por cobardia dirá a lei.
   Cobardes eles e toda a legião enorme de desgraçados que da Europa vão para terras exóticas?
   Não.
   Os perigos que vão arrostar, ainda que os desconheçam por completo, contudo hão-de surgir com formas aterrantes nas suas rudimentares imaginações e nada os detem; se fossem cobardes ficariam.
   Não tem decerto a coragem retumbante, mas também não os manieta a cobardia. Cobardes, não. Desgraçados, sim.
   Mas, dirá ainda a lei, e a defesa da Pátria?
   Augusta é ela, e por isso mesmo dominante; mas poderá igualmente ser sentida em todos? não. A compreensão é diferente e vai desde a noção hipertrofiada, e como tal defeituosa do internacionalista, até
à limitada concepção dos que identificam a pátria com os horizontes que a conhecem. Esses que foram eram dos últimos, dos que sentem a pátria na leiva que lavram, na água que represam, nas árvores que plantaram e vértices dos montes circunvizinhos; o bem e o mal da pátria aferem-no pelo bem ou pelo mal que os rodeia. É uma noção bem restrita, mas não é inferior e talvez seja preferível à que alardeiam os leitores de brochuras e jornais dissolventes, em que a pátria é composta pelos membros de um club, tem por limites as paredes de uma casa e por ideal a imposição dos seus programas.
   Os pobres trabalhadores rurais sacrifícam-se pelo que lhes representa a pátria - a terra - os outros exigem que a sua pátria se sacrifique pelas suas vontades e pelas suas exigências. Ora tendo aqueles a noção da pátria, derramar o seu sangue por ela é tanto, como trocar anos de vida por ouro, e trazer um punhado de metal para benefício da terra da sua pátria.


OS MUROS POR VEZES QUEBRAM ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
                                         
    A outra, a grande, a apregoada Pátria das gazetas, só a conhecem sob as formas de eleição, do imposto, do oficial de diligências, etc., e essa digam-lhes os períodos mais bonitos que quiserem, essa não a podem amar, porque a eleição lhes mostrou a perfídia dos dirigentes, o imposto lhes desvendou a sua impiedosa coacção e o oficial de diligências lhes abriu os alçapões das leis.
    Eles, fugindo ao serviço militar, nem eram uns cobardes, nem renegaram a sua Pátria, mas sómente aquela que os dirigentes não se tinham esforçado por que eles a amassem.
    Homens do  poder em Portugal, homens de ontem, homens de hoje, homens de amanhã, os únicos culpados dos crimes desses vencidos foram, são e sereis vós.
   Fazei um Pátria acalentadora e boa, carinhosa e justa, para todos os seus filhos, arranjai uma Pátria, onde não se sinta a fome, nem a miséria, nem o vexame, nem a perseguição, nem o ódio, nem a ameaça, nem a tirania, nem a afronta, nem o embuste, a dominar e a dirigir, e não mais haverá quem deixe de servir a Pátria ou vertendo o sangue em campos de batalha, ou calejando as mãos nas ceifas das searas. ""

 Foram estas palavras transcritas de um texto publicado na "  Gazeta das Aldeias " sendo seu autor Júlio de Melo e Matos. 
 Estava-mos então em 7 de Fevereiro de 1915. Foi há 96 anos.
 Excluindo alguns detalhes, por demais óbvios, estas sábias palavras têm uma actualidade que em nada nos deve orgulhar.

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