Sob uma forte presença
policial que limitou o acesso dos familiares e da imprensa às ruas em
redor da representação diplomática da Malásia, cerca de 30 familiares
dos desaparecidos chegaram ao local onde se encontrava o cordão policial
mais próximo da embaixada.
Depois de uma espera de cerca de 20 minutos, algumas pessoas
receberam autorização da polícia para passar a vedação de segurança e
dirigir-se à delegação da Malásia. Até ao momento, não se sabe se foram
recebidos por funcionários da embaixada ou se protestaram junto ao
portão.
O restante grupo de cerca de 15 pessoas permaneceu fora do
cordão policial e começou a gritar palavras de ordem como: "Malásia,
devolve-me o meu familiar" e "Não aceitaremos a reconciliação enquanto
não virmos os nossos familiares", noticiou a agência Efe.
Cerca de 20 minutos depois, os representantes dos familiares que
tinham conseguido aceder à rua onde se situa a embaixada da Malásia
regressaram do outro lado do posto de controlo de segurança.
Alguns foram saudados com abraços pelo resto da multidão, após o que
abandonaram o local, guardado por mais de 50 polícias, tanto fardados
como à paisana, que impediram os jornalistas de se aproximarem das
vítimas.
Em novembro passado, um tribunal de Pequim abriu audiências para os
familiares chineses dos passageiros do voo MH370 para determinar se
podiam obter uma indemnização.
O desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines tem
sido explicado através de várias hipóteses não comprovadas, que vão
desde uma provável queda no oceano Índico devido a uma falha técnica até
um possível incidente induzido pelo piloto.
A investigação das autoridades malaias foi fortemente criticada na
China e, em aniversários anteriores do desaparecimento, familiares dos
chineses desaparecidos protestaram junto da embaixada da Malásia,
exigindo respostas sobre o que aconteceu.
A bordo estavam 153 chineses, 50 malaios (12 tripulantes), sete
indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três
norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos,
um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos.
O voo MH370 desapareceu 40 minutos depois de ter descolado de Kuala
Lumpur com destino a Pequim quando, ao sair do espaço aéreo malaio e
entrar no espaço aéreo vietnamita, o sinal se perdeu.
Pouco depois, o avião mudou de rota manualmente, não mecanicamente ou
em piloto automático, fazendo uma curva acentuada para a esquerda.
Voltou para sudoeste sobre a península da Malásia, virou de novo e saiu
da zona de radar.
De acordo com a investigação oficial, o avião voou durante mais cerca
de seis horas em direção ao oceano Índico até, alegadamente, ficar sem
combustível e cair na água.