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QUINTA DAS PATINHAS. O MONTE MAIS ALTO ( Foto de J.P.L. em Fevereiro de 2011 ) |
Quando o Sol declina no horizonte, de um qualquer entardecer deste Inverno, apetece olhar de perto a árvore contemplando a floresta. Estas, que aqui vos mostro, conheço-as desde criança.
Elas e os seus donos.
Quinta das Patinhas – Breve história da Quinta
Vista geral
A Quinta das Patinhas é uma propriedade
que evolui a partir da Quinta da Carambola ou Tarambola, assim citada no
séc. XIX em diversas fontes. Esta propriedade é de formação complexa
através da agregação, ao longo do séc. XIX e XX, de várias propriedades
da Ribeira do Marmeleiro, com destaque para a Quinta e Lagar de Azeite e
a Vinha das Patinhas.
A actividade de aquisição e arroteamento
de terras, atinge o seu expoente sob a governança de Armando Villar que
pode apelidar-se, com propriedade, como o criador da Quinta das
Patinhas na configuração, extensão e asseio que a tornaram conhecida em
Cascais.
Localizada geograficamente entre o mar e
a Serra de Sintra, a Quinta e a sua população sofreram as influências
de um centro urbano com dinâmica própria (Cascais) com dependências
funcionais entre a Vila o seu Termo criado em finais do séc. XIV. Embora
o território seja pouco extenso as condições para o assentamento e
subsistência de comunidades humanas são diversificadas o que
proporcionou uma diversidade etnológica invulgar.
Na verdade, podemos distinguir três
áreas geográficas com características bem vincadas: Montanha, Costa e
Várzea e outras tantas comunidades com distintas práticas culturais:
serranos, pescadores e agricultores. A estas junta-se, na vila, os
urbanos, consumidores de produtos, fornecedores de serviços ou
administradores de poderes.
A Quinta das Patinhas situa-se na zona definida como Várzea e ilustra
de forma inequívoca esta vocação agrária de abastecimento à vila.
Armando Villar e a Quinta das Patinhas
formaram uma interessante síntese das vocações, dependências e
cumplicidades que a história teceu entre a várzea e a vila, com
incursões patronais e filantrópicas pela pobreza rural e piscatória. *